Morada

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– Karla.

– Oi!

Abracei e ela me apertou tanto e me disse:

– Senti sua falta.

– Eu também.

– Vou cumprimentar os outros da casa e volto pra ficar com você, ok?

– Claro. Vai lá.

Enquanto Anita estava socializando, senti alguém sentando do meu lado.

– Cunhadinha, meu amor. – Paty chegou divertida do meu lado.

– O que, Paty?

– Ela está mais linda do que nunca.

– Sério?

– Seríssimo. Vestido vermelho cabelos soltos, é hoje!

– Para! Não me deixa mais nervosa.

– Vou ali que o Edson quer falar comigo.

– Tá bom

Depois de muito esperar, Anita voltou para o meu lado.

– Então, como você está?

– Bem.

– Você está linda.

– Você também, a Paty me disse.

– Ela é minha fã?

– Acho que sim.

– Posso me sentar aqui com vocês? – Escutei a voz do meu pai.

– Claro. – Disse Anita.

– Então, minha filha está muito bem acompanhada!

– O senhor é muito gentil.

– Sou sincero. Anita, fiquei sabendo como você conheceu a Karla. Obrigado por ajudá-la

– Imagina, não agradeça. Afinal, eu ganhei uma boa companhia desde então!

– Claro, você e eu precisamos conversar em particular, depois... Vou lhe contar os melhores micos da minha filha! – Os dois começaram a rir.

– Papai!! Claro que não... O senhor sossegue!

Anita não parava de rir, e disse que estava muito animada para uma conversa particular com meu pai. Nós três ficamos conversando por um bom tempo, meu pai, como todo pai, levantou a vida inteirinha da Anita. E ele parecia estar encantado com Anita, ou seja... Mais um fã.

As horas se passaram e a ceia foi incrível, nosso apartamento parecia um enxame de abelhas, muitas pessoas falando ao mesmo tempo. Meu pai contou as velhas piadas (aquelas que ele conta em todo o natal). E que mesmo assim sempre tinha alguém novato na ceia pra ouvir atentamente.

Eu e Anita não tivemos muitos momentos sozinhas, mas sentia ela sempre perto. Aos poucos, pela madrugada a fora as pessoas foram indo embora e eu aproveitei e levei Anita para meu quarto.

– Fica à vontade, Anita.

– Sendo bem sincera, eu estou bem nervosa para me acalmar.

– Por que?

– Você some, me evita e eu nem sei o que eu fiz!

– Mas ficar nervosa agora? A gente está conversando não está?

– Sim, mas enfim eu ainda estou nervosa.

– Ok. – Segurei suas mãos. Gostou da ceia? Do pessoal?

Dá a mão para mimOnde histórias criam vida. Descubra agora