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Depois nós fomos para o quarto do meu pai. Ele não queria que eu fosse, porém eu fui mesmo assim.

- Todas aquelas mulheres são mesmo suas... - Carl começa depois que entramos no quarto, porém meu pai o corta.

- Esposas? São. - meu pai responde - eu sempre quis trepar com um monte de mulheres diferentes, por que se contentar só com uma? Por que seguir as regras antigas? Por que não tornar a vida melhor? - meu pai diz e eu o olho com cara feia de nojo, eu odeio esse negócio que ele faz. - falando nisso... Sentem-se.

- Vamos começar. - meu pai diz.

- começar o que? - respondi por Carl, que abriu a boca para falar porém eu sou mais rápida, e meu pai revira os olhos.

- Nós queremos te conhecer um pouco melhor Carl. - meu pai diz e eu fecho a cara novamente por ele me incluir nessa frase.

- Por quê? - Carl pergunta e eu senti bem eu seu lado no sofá.

- Ah, você sabe. É esperto, de fato eu vou te dizer o quanto é esperto, caso você não saiba. - meu pai diz.

- Veja, eu achei que um garoto da sua idade ficaria andando por aí deprimido, sem fazer alguma coisa, exceto reclamar que perdeu o baile da escola. - meu pai da uma pausa e repara que Carl está com a mão na minha coxa,  faz uma expressão brava bem rápido e mas volta para sua carinha idiota. -

- Mas você... Você deve ser esperto o suficiente para saber que eu não viu deixar isso passar. - dá uma pausa e olha que Carl ainda está com a mão na minha coxa fazendo carinha na mesma,  eu vejo que ele está bravo, então tento provoca-lo chegando ainda mais perto de Carl e segurando sua mão. Sei que ela não vai fazer nada comigo, nem com Carl, e foda-se se ele descobrir sobre eu e Carl, não ligo.

- ah não dá. Eu não posso deixar. - ele da outra pausa e eu encosto a cabeça no ombro de Carl fazendo ele ficar mais bravo  - é como falar com um presente de aniversário. Você precisa tirar essa porcaria da cara, eu tenho que ver o que a vovó me deu! - ele fiz e eu arrumo minha postura olhando ainda mais feio para o mesmo que retribui com um olhar estilo draco malfoy levantando a sombrancelha  -sim, esse olhar- . Eu sei que essa é a maior insegurança de Carl, e deu para perceber a insegurança dele.

- Não. - Carl diz.

- Dois homens! Você veio até aqui, matou dois homens, coloca a merda da sua mão na perna da MINHA filha! Você tem sorte de ainda ter essa mão garoto. - ele diz e eu explodo por dentro, minha vontade era de voar para cima dele. - Punição. Você quer mesmo me imputecer?

Carl faz um expressão de choro e eu seguro a sua mão bem forte e sussurro só para que ele poça ouvir: "você não precisa Carl... Não deve nada a ele." E Carl responde: "tá tudo bem..." Eu sei que não está... Carl tira o chapéu da cabeça e coloca na minha, Carl começa a tirar a faixa e eu olho para o chão fazendo carinho nas costas dele como forme de apoio, nesse momento eu só quero estar apenas eu e ele, sem a merda do meu pai, Apenas Carl e eu.

- Tira o cabelo do rosto, deixa eu ver - escuto meu pai dizendo, porém não tiro o olhar do chão, e escuto o choro fraco de Carl, no momento eu não posso fazer nada...

- Meu pai! Isso é repunsivo! Você viu já? Quer um espelho? Quer dizer, você já se olhou no espelho?! Filha você já viu isso? É muito nojento cara! - meu pai da um risada de fumante - quero tocar! Eu posso tocar!? - ele diz e eu não aguento mais, eu me levanto e começo a gritar com meu pai.

- Olha aqui seu filho da puta não percebeu que ele está desconfortável?! Você é tão idiota Negan. - ele me olha triste pois nunca o chamei pelo nome. Logo depois entra um cara e entrega Lucille para meu pai, e logo depois sai correndo ao perceber eu estamos brigando - Pega esse seu bastão idiota e enfia no meu do seu cu seu imbecil! Eu tenho vergonha de ser sua filha! Você brinca com os outros como se isso não machucasse as pessoas também. Naquele noite... na estrada, se eu não tivesse te impedido você teria feito uma criança crescer sem um pai! Você destrói a vida de todo mundo, Eu te odeio! - eu não me arrependo de nada que eu disse, aquilo foi um pouco de raiva acumulada... Não era só por Carl, e sim por tudo que esse idiota fez. Depois de dizer isso eu me sento de volta e abraço Carl e sussurro: "Tá tudo bem cowboy, eu tô aqui... Eu tô aqui, tá tudo bem..." e ele chora um pouco.

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