Dutra abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e enxado.
- Victor te bateu de novo? - Perguntei e ri pelo nariz.
- Não, não. Foi outra briga. - Ele disse simples. - E você só viu um briga minha e de Victor, em outras brigas que tivemos ele que apanhou.
- ah claro que sim, imagino. - falei sem colocar muita fé no que Dutra havia dito.
- Você está duvidando? - Ele arqueou apenas uma sobrancelha e percebi ele ficar irritado.
- Eu não. - Falei fazendo um movimento com minhas mãos.
- Ah bom. - Ele disse e sentou-se ao meu lado.
- Por que vocês não largam esse mundinho? Isso só proporciona desgraça... - por fim, falei. Estava entalado.
- Essa é minha vida agora, Pri. É uma chance de eu não ser mas um idiota invisível, de as pessoas me respeitarem...
- Idiota você continua sendo. - Falei, simples.
- Não da mais pra conversa com
você sem sentir vontade de te dar
um tiro. - Ele disse irritado.- Gabriel você é.... ERA uma das melhores pessoas que eu conheço ou conhecia, você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que é o melhor.
- Mas nós somos gângster não somos totalmente ruins. - Ele disse.
- Me dê um exemplo. - Falei.
- Ok, então..... se nós vermos, por exemplo, um homeme assaltando uma pobre velhinha, nós estouramos a cabeça dele. - Ele disse indiferente.
- E ai, vocês ficam com a bolsa dela né? - Fui sarcástica.
- Claro que não, Pri. - Ele disse. - Nós devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro. - Puta que pariu, eu não tinha ouvido isso. Não sabia se Dutra estava brincando ou falando sério. Ah, claro, segunda opção.
- Que horror, Gabriel. - Falei apavorada e ele riu. - Você caiu no meu conceito completamente agora.
- Pois é, pequena Pri. - Odiava que me chamassem assim. - Essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexo, assaltos, enfim, ser livre. - Se isso é ser livre, eu preferia estar em uma prisão perpétua. Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que eu nunca havia conhecido, nunca.
- Vá embora por favor e só volte quando o verdadeiro Dutra voltar. - Falei segurando o choro. Ele não falou nada, apenas levantou-se indo em direção ao portão, assim que ele saiu ele virou-se e disse: - Eu te amo, Priscilla. Eu sempre te amei, mas eu não mereço você, não mais.
Pronto, pedi toda linha de raciocínio. Fiquei sentada ali mais um tempo ainda sem acreditar no que eu acabei de ouvir, não ao quando o Gabriel disse que me amava, mas também em todas as merdas que ele falou. Eu tentava me acalmar, eu juro, mas estava sendo impossível.
Fiquei ali por uma hora, até esperei meu pai chegar, mas como ele não chegou e eu estava muito cansada pois havia sido um dia e tanto, eu resolvi entrar. Fui direto para o meu quarto e me joguei na cama, era dela quem eu realmente precisava, me perdi em meus pensamentos e acabei domindo.
O celular despertou e eu acordei super feliz, mentira, voltei a dormir, até o celular tocar de novo e eu acordar assustada tendo em minha mente que eu estava completamente atrasada. Levantei correndo, tropeçando em tudo quanto é coisa até chegar no banheiro, onde tomei o banho mais rapido da minha vida e me vesti com a primeira roupa que vi em minha frente, sendo que a parte de baixo era minha calça de pijama. Troquei, claro. Me atrasando ainda mais. Sem contar que tinha a parte de descer as escadas e eu não podia fazer isso correndo se não...
Sai de casa e dei de cara com a Julia que estava prestes a bater na porta.
- Vamos. - Falei ofegante. - Estamos atrasadas.
- Bom dia pra você também e.... você viu mesmo que horas são? - Ela perguntou e a responta era não, peguei meu celular para ver que horas realmente eram e nossa, como eu sou burra, eu não estava atrasada. Ri de mim mesma.
Eu falei que ia volta a posta no dia seguinte, mas acabei não postando.
Enfim, não me matem.
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possesive - vitinho 《ADAPTAÇÃO》
Fanfictioneu sei que a capa ta horrivel não precisa me lembrar🤡🔫