Quando chegaram à gráfica, Taehyung passou uns bons segundos encarando o prédio de três andares, era bonito, com uma básica estética comercial. Jungkook não hesitou em entrar pelas portas de vidro, o lugar era seguro até certo nível. Ele empurrou o garoto para andar mais depressa assim que entraram no ambiente, na recepção, Soobin estava digitando alguma coisa no computador e apenas levantou os olhos rapidamente para vê-los entrar.
O pirralho pareceu confuso no primeiro momento ao notar o garoto Kim, mas logo colocou seu sorriso atencioso e ficou de pé.
ㅡ Chefe, chegou rápido! E aí? Cadê o Nam-hyung, faz um tempão que eu não consigo falar com ele!
Jungkook notou Taehyung ficar tenso ao seu lado, combinando isso à sua própria reação nervosa com a pergunta, ele amaldiçoou Jimin por ter deixado a tarefa de contar a verdade para o moleque nas suas mãos. Pensou se deveria mesmo contar agora, porque as coisas iriam ficar bem bagunçadas por um tempo até ele descobrir o que estava acontecendo para resumir toda a situação com o garoto Kim.
Soobin o encarou com expectativa antes de se dirigir a Taehyung.
ㅡ Ah, oi! Bom dia ㅡ cumprimentou, educado.
Foi exatamente por toda essa cordialidade dele que Namjoon o contratou para cuidar das atividades legais da gráfica, Soobin era um dos garotos que viveu no orfanato com eles quando eles estavam prestes a serem retirados do sistema de adoção pela maioridade, quando o caminho deles se cruzou novamente, Namjoon não hesitou em contratá-lo. Ele era bem mais novo, mas conseguia ser esperto e responsável o suficiente.
Jungkook até conseguia aturá-lo, mesmo que ele fosse meio irritante lidar com toda aquela atitude positiva, normalmente, Soobin sabia dar o espaço certo para cada pessoa se sentir confortável.
ㅡ Bom dia. ㅡ Taehyung respondeu, fitando-o também de forma curiosa.
ㅡ Vamo' conversar lá em cima. Mas eu vou ter que fazer uma coisa primeiro ㅡ disse Jungkook, deixando claro pelo tom de voz sombrio que o assunto era sério.
Ao chegar no andar superior, ele foi direto para seu computador, contendo a vontade de ir para seu quarto que não via a tanto tempo, as circunstâncias desfavoráveis de tempo o fizeram esquecer da própria vontade de se sentir em casa. Fazia dias que ele não poderia realmente estar seguro ao trabalhar pelo notebook, quando começou a digitar os códigos de execução quase sorriu ao invadir os arquivos que precisava com tanta facilidade. Aquele computador específico era seu só seu, e pouquíssimas pessoas seriam capazes de burlar seu sistema de bloqueio sem ter as próprias configurações atingidas agressivamente por alguns vírus criados especificamente por ele para se manter livre de interferências ao fazer o que quisesse. Jungkook demorou dois anos para aperfeiçoar tudo, mas tinha muito orgulho, sem contar o bloqueador de sinais que fazia dele quase irrastreável até então. Namjoon costumava chamá-lo de fantasminha. Emotivo por se lembrar do apelido do amigo, Namjoon traçou com o dedo o contorno de uma figura de fantasma colado acima de um dos monitores, pela primeira vez desde a explosão da sua caminhonete, Jungkook sentiu vontade de chorar.
Ele estava em casa pela primeira vez.
A casa que ele e Namjoon lutaram tanto para conquistar.
Respirando fundo, Jungkook jogou todos esses pensamentos para o fundo de sua mente, se concentrando outra vez no teclado e nos monitores, ocupando cada neurônio com códigos.
Atrás dele, conseguia perceber o quão impressionado Taehyung estava enquanto conversava com Soobin.
ㅡ Todas essas impressoras... Que tipo de trabalhos vocês fazem? ㅡ ele perguntou para Soobin.
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CHATTER | TAEKOOK
FanficHouve um massacre em uma boate e Kim Taehyung é o único sobrevivente. Seu namorado foi uma das vítimas. Após testemunhar a morte dele e de várias outras pessoas no local, o jovem fica preso em estado catatônico enquanto é salvo por Jeon Jungkook, um...