XVIII

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POV EMMA
Depois de ela ter me acalmado e conversado comigo, eu entendi o que ela quis dizer... na verdade eu sempre entendi, sei que ela pode me machucar e que vai doer pra caralho, mas eu não estou nem um pouco interessada em me afastar dela, sei que posso conquistar ela, e sei que vai ser difícil, mas temos muito tempo pra isso.
Eu pensei enquanto Regina me levava pra casa, estava um silêncio constrangedor no carro.
Emma: A gente pode sair esse final de semana?
Regina: Não posso.
Emma: Porque?
Regina: Tenho que buscar Alice e Henry na casa da avó.
Emma: Eles podem ir com a gente...
Regina: Está bem, falando nisso, essa semana nós veremos pouco, preciso corrigir as provas dessa semana, suas notas estão horríveis, vá estudar.
Emma: Está bem, professora... o que é isso?
Regina: É uma estrela do mar.
Emma : Tão linda né? Pena que tá quebrada.
Regina: Essa espécie de estrela do mar... quando não tem uma companhia pra vida, ela solta um dos braços, esse outro braço forma uma outra estrela.
Emma: Ela nunca vai ficar sozinha...
Regina: Pode pegar... é sua.
Emma : Sério?
Regina: Sim.
Emma: Obrigada.

Ela parou o carro um pouco distante da minha rua, sorriu e pegou minha mão dando um beijo.
Regina: Se cuida meu anjo, até mais... adoro você.
Emma: Eu te amo.

Ela sorriu e destravou a porta, quando sai do carro ela me mandou um beijo, e eu fui pra casa pulando igual um cabrito de tanta felicidade.
Nem parecia que tivemos aquela briga, estava tudo as mil maravilhas, até eu entrar em casa e ver minha mãe, ela estava sentada e provavelmente me esperando.
Mary: Onde você estava?
Emma: Desde quando você se importa?
Eu olhei para ela confusa e tentando entender o por que ela estava me esperando.
Mary: Onde você estava?
Emma: Com uns amigos.
Mary: Com uns amigos?
Emma: Sim, por que?
Mary: Por que você é menor, e eu sou sua mãe.
Emma: Se tivesse como mudar de mãe ...
Eu disse baixo mas alto o suficiente para ela ouvir.
Mary: O que você disse?

Ela chegou perto o suficiente de mim.

Emma: Exatamente o que você ouviu, você nunca esteve aqui, dependi de um cara que não é meu pai para me dar comida, me levar ao médico e ir em tudo relacionado a minha escola, se eu fosse ele já tinha me abandonado, por que nem pra ele você da satisfação, então você não pode chegar aqui falando que é minha mãe, mãe é quem cuida, quem da educação, atenção e amor, minha mãe era a Granny, você só me deu essa vida ruim.
Mary: Não fale assim comigo.
Emma: Vai se fuder.

Quando ela ouviu aquilo ela me deu um tapa na cara, coloquei a mão onde ela havia batido e sentia quente, meus olhos se encheram de lágrimas e meu semblante passou de susto para ódio.
Mary: Você não merece a mãe que tem.
Ela entrou para o quarto e eu não consegui segurar minha raiva.
Emma: Eu te odeio, eu te odeio tá me ouvindo?
Eu chutei a porta do quarto dela.
Ela abriu e começou a gritar comigo, falando que ela deveria ter me abortado, que nunca foi uma vontade dela ter filhos, que não se importaria se eu sumisse da vida dela, eu escutei tudo calada.
E subi pensando em tudo que ela disse, peguei minha mochila e fui correndo para casa de Ruby.
Mensagem
Emma : Ruby?
Emma : Vou para sua casa.
Emma : Ruby?

Ela estava sem internet, tentei ligar mas deu fora de área.
Mensagem
Emma : Regina?
Ela me respondeu mais que rápido.
Regina: Oi, como está?
Emma : A gente pode se ver?
Regina: Agora?
Emma : Sim, por favor...
Regina: Você está bem?
Emma : Não.
Regina: Onde você está?
Emma: Estou voltando da casa de Ruby.
Regina: Por que está aí sozinha? Está chovendo demais.
Emma: Te espero no café perto da casa dela.
Regina: Estou indo.

POV REGINA
Ela me mandou um áudio chorando de dizendo que havia brigado com sua mãe e as coisas que a mãe havia dito para ela, então ela disse que saiu de casa, peguei as chaves da porta e avisei a Zelena que estava saindo.
Mas quando cheguei no quarto ela estava dormindo, eu acordei ela e avisei, desci as escadas correndo e percebi que a chave do meu carro não estava comigo, foi o tempo de eu subir e procurar no quarto.
Tirei o carro da garagem e fui até ela, quando cheguei Emma não estava lá, a mochila que antes estava com ela, estava bem perto da rua, e a estrela que dei a ela mais cedo também.
Eu sai do carro e peguei a mochila e tudo que estava no chão.
Regina: Emma?
Eu olhei para todos os cantos e a rua estava completamente deserta.
Regina: Emma, não tem graça!
Eu me escorei no carro e esperei por uns 10 minutos até ela se cansar e parar de se esconder.
Regina: Vamos Srta Swan... está chovendo.
Joguei a mochila dela em meu carro, e fui procurar por ela, olhei nas esquinas, em algumas lojas ali por trás, algumas vielas.
Telefone
Regina: Alô? Zelena?
Zelena: O que foi porra?
Regina: Ruby está onde?
Zelena: Está no banho.
Regina: Manda ela sair agora, e vir para casa dela, e venha também.
Zelena: O que aconteceu?
Regina: Anda logo porra.

Depois de um tempo elas chegaram e eu expliquei que Emma tinha me ligado chorando, mostrei o áudio e fomos em alguns lugares para procurar, na casa dela, na casa de Ruby, voltamos para o lugar onde a mochila dela estava, então ligamos para a polícia, depois de um tempo, o padrasto dela chegou na delegacia chorando desesperado, e eu estava tentando deixar ele mais tranquilo mas eu estava mais assustada que ele, eles fizeram tudo, equipe de buscas já estavam procurando ela, eu resolvi pedir ajuda ao meu pai, por mais que eu e Zelena e nossa mãe tivéssemos aquele trabalho, nós temos um trabalho por que gostamos de trabalhar, meu pai tem muito dinheiro, depois de sair da delegacia eu sabia que a polícia não resolveria nada, fui até meu pai e pedi para ele o número de alguns amigos que trabalham em investigações, e assim terminou a noite.

2 dia do sumiço de Emma, a polícia não tinha respostas e nem os amigos do meu pai, Ruby não parava de chorar e eu estava tentando ter bons pensamentos, eu estava na escola quando a polícia chegou, eu estava pensando positivo mas só consegui imaginar o pior, Pediram para me chamar.
Eles estavam lá para avisar que eu era uma das suspeitas do que tinha acontecido.
Além de mim, Jasmine e Ruby também estavam.

The best of me - Swanqueen Onde histórias criam vida. Descubra agora