XXXIII

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POV REGINA
(Flashback on)
Emma se jogou da ponte caindo direto em um rio que ficava em baixo.
Desci correndo já ligando para o hospital enquanto eu descia até o rio, dei o endereço e pulei para puxar ela, eu não estava encontrando por que estava de noite e pouco iluminado, me desesperei e mergulhei mais fundo várias e várias vezes e nada, vi algumas bolhas saindo da água e tentei ir a essa direção, mas não conseguia encontrar, eu fiquei naquele pedaço até encontrar ela, eu achei que nunca mais iria ter que usar minha outra profissão pra tentar salvar alguém, eu puxei ela até a beira do rio e fiz respiração boca a boca.
Até o corpo dela expulsar metade da água.
A ambulância chegou mais ou menos uns 30 minutos depois.

Chegamos ao hospital e eu não conseguia fazer mais nada além de chorar.
Zelena e Ruby chegaram depois e eu expliquei com muito custo o que tinha acontecido.
Estávamos na sala de espera quando Addison  chegou com uma cara péssima.
Addison: Regina... ela está em coma, quebrou a perna em dois lugares e tem um ferimento grave na coluna, ela está com hipóxia o que prejudicou muitos órgãos, vai ser muito difícil de ela voltar a andar... isso se ela acordar.

Eu não consegui ouvir mais nada depois daquilo.
Eu entrei em estado de choque, aquilo tinha que ser mentira.
O pai dela chegou depois e conversou com os médicos, depois de algumas horas ele chegou perto de mim.
David: Vá embora, se afaste da minha filha, a culpa é sua, se eu ver você aqui, eu vou chamar a polícia.
Zelena: Ai, levanta a voz assim pra ela de novo que vai ter que chamar pra mim.
David: A culpa é dela, Mary Margaret me ligou agora pouco dizendo que essa... professora se é que eu posso chamar ela disso, estava tendo um caso com minha filha ainda de menor, você tem sorte de eu não chamar a polícia pra voce.
Zelena: Essa puta ainda consegue falar?
Ruby: Eu não acredito, você é um cuzão, largou ela com a Mary e foi embora morar com outra mulher, e agora quer vir falar que é pai? Você não tem direito de falar o que ninguém aqui tem que fazer, nós somos a família dela, você não é nada.
David: Eu vou pedir uma medida protetiva contra vocês todas enquanto ela estiver em coma.

Ouvir aquilo me destruiu, eu não seria capaz de ficar sem ver ela, alguns dias se passaram e as chances de Emma acordar era cada vez menor.
Depois alguns dias david me ligou dizendo para ir até o hospital me despedir dela, pois eles iriam desligar os aparelhos daqui há uns dias, eu não entendi muito bem, ele depois de tudo que falou para mim... me ligar desse jeito.
Eu cheguei lá mais o mais rápido que pude.
Quando entrei no quarto e a vi deitada... ela estava tão branca que realmente parecia que ela não estava lá, me lembrei de como seu rosto ficava rosa quando ela me via, toquei em sua mão agora tão gelada que eu quase não reconheci, eram tantos aparelhos que se não chegasse perto, quase não dava pra ver.
Regina: Me desculpe... eu não consegui te ajudar, eu queria ter chegado antes, te ver cair, foi a cena mais aterrorizante que eu vi em toda minha vida, me perdoe por não ter conseguido, me perdoe por ter sido fraca, eu te amo tanto menina...

Olhei pra ela chorando muito e ajoelhei.
Regina: Eu passei a vida toda dizendo não acreditar em Deus, mas se você realmente existe por favor... não tira ela de mim, por favor não tira ela de mim.

Eu apoiei minha cabeça em sua barriga e abracei onde dava, e fiquei deitada por um tempo ate me tirarem de lá.
David: Os aparelhos serão desligados na semana que vem.

Eu mais do que qualquer outra pessoa sabia como era, e não tinha mais nada a se fazer...
Eu fui pra casa sem esperança nenhuma.
Eles não desligaram os aparelhos mas não tinha mais nada o que fazer, estavam esperando alguém precisar dos órgãos dela para poder doar. 
Quatro meses se passaram.
(FLASHBACK OFF)

Cheguei na porta da escola Ruby e Zelena já tinham ido para o hospital, e eu peguei meu carro tendo pouca ou nenhuma noção de direção, eu consegui chegar lá e quando entrei eu parei na porta no quarto.
Depois de meses seus olhos finalmente abriram.
Ruby ainda estava na sala e ela ainda não tinha me visto.
Depois que Ruby saiu eu entrei mais rápido do que um raio.
E toquei as mãos dela.
Regina: Oi menina...

Eu disse chorando muito e ela fechou os olhos tentando segurar suas lágrimas.
Emma : Eu te ouvi...
Regina: Me ouviu?
Emma : Te ouvi, fazendo promessas pra um Deus que você não acredita...
Regina: Parece que deu certo...
Emma : Parece que sim.

Ela disse baixo e eu sorri pra ela...
Regina: Achei que tivesse te perdido.
Emma : Me desculpa... por aquilo, eu fui fraca.
Regina: Está tudo bem, promete não fazer isso de novo? Por favor me promete.
Emma : Eu prometo.

Eu abracei ela forte.
Emma :Aí...
Regina: Desculpa.

Nós sorrimos e eu respirei aliviada, Addison me chamou para o corredor.
Addison: Ela pode não andar mais... bem, há uma pequena chance.
Regina: O que?
Addison: O ferimento em sua coluna foi muito grave, ela precisa se esforçar pra isso acontecer, isso exige tempo, e muito... muito dinheiro.
Regina: Isso não é o problema.
Addison: Quando eu disse isso para o pai dela, ele disse que não tinha dinheiro e acabou de ir embora.
Regina: Por isso ele me chamou... mas enfim, dinheiro não é o problema.
Addison: Então vamos passar tudo para o seu nome.
Regina: Quando tudo estiver pronto me chame para assinar os papéis.
Addison: Está bem.

Emma ficaria no hospital por mais alguns dias até ir para minha casa, eu fui pra casa bem mais aliviada e eu poderia gritar aos quatro cantos do planeta o quão eu estava feliz.
Zelena: Eu não via esse sorriso lindo a tanto tempo...
Regina: Eu to muito feliz sis! Ela tá acordada, não sei o que fazer, não vou conseguir dormir.
Zelena: Tô feliz por você, vem cá... da um abraço.
Ruby: A gente pode conversar lá fora?
Zelena: Sim.

Elas saíram e eu me joguei no sofá, fiquei pensando em como vai ser quando ela se mudar pra cá, eu estava sonhando acordada, estava elétrica, parecia que eu tinha tomado 1000 litros de café, eu fui até o shopping e comprei um telefone novo para ela, por que o dela havia desaparecido, cheguei em casa e configurei o telefone para ela não ter trabalho.
Eu tomei banho, comi algo, coloquei meus filhos para dormir, fiquei conversando por muito tempo com Zelena e Ruby e sai para o hospital de novo.
Addison: Regina? O que está fazendo aqui? São 3:00 a.m.
Regina: Posso ver ela de novo? Posso só chegar na porta? Ela está dormindo? Eu posso ficar sentada na porta do quarto? Eu queria tanto...
Addison: Cala a boca, você nunca falou tanto igual agora.
Regina: Me desculpe.
Addison: Não, você não pode, vá pra casa.
Regina: Está bem.
Addison: É sério, vá pra casa, maluca.

Esperei ela sair e entrei pela saída de emergência e fui até o andar de Emma.
Ela estava vendo tv e eu bati na porta.
Emma : Regina?
Regina: Não posso demorar, toma... comprei pra você, eu te amo, tenho que ir.
Emma : Ah, obrigada... eu também amo você...me da um beijo.

Ainda de costas eu me virei e dei alguns passos, e cheguei perto dela, me curvei e dei um beijo selinho, que saudade eu estava dela, nossos olhos não desviaram nem por um segundo, coloquei minhas mãos em cada lado de seu rosto afastando seus cabelos, aos poucos fui me aproximando ate encostar a ponta do meu nariz ao redor do dela, antes de, finalmente chocar meus lábios nos dela, abri levemente minha boca dando passagem para a língua dela entrar, senti suas mãos se envolverem no meu pescoço, eu estava flutuando, O fôlego estava acabando mas nossos lábios pareciam não querer desgrudar, fui diminuindo o ritmo o do beijo, e mordi seu labio, eu estava ofegante só pelo beijo que demos, fui afastando nossas bocas e colei nossas testas.
Emma : Caralho... que delícia de beijo Regina Mills.

Eu sorri olhando como ela estava linda até com a roupa do hospital.
Regina: Preciso ir...
Emma : Fica... por favor...
Regina: Você não colabora loirinha, eu entrei escondida aqui, mas não vou nem dormir esperando dar a hora de vir ver você novamente, agora eu realmente preciso ir... eu amo muuuuuuito você.

Eu disse fazendo um sinal de algo grande com as mãos.
Emma : Eu também te amo muuuuitooo.

Ela sorriu e eu sai tentando fazer o mínimo de barulho, mas voltei pra dar o último beijo.

The best of me - Swanqueen Onde histórias criam vida. Descubra agora