41| Same Dinner

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Acho que nunca vi Billie tão nervosa.

Ela mexia nervosamente nas mãos, e arrumava as pessoas de sua roupa a cada minuto.

Minha namorada está até usando uma roupa social, para mostrar ao meus pais que ela podia ser uma pessoa séria. Palavras delas.

A primeira coisa que perguntei quando a vi com os cabelos presos, a roupa formal e uma garrafa de vinho tinto nas mãos foi: Por quê?

Não quero que seus pais pensem que eu sou imatura. Quero mostrar que posso ser uma pessoa séria. Eu só não pintei o cabelo porque não tive tempo — foi sua resposta.

E ela completou dizendo que o pintaria todo de preto assim que possível.

Eu tentava explicar para ela cada vez que via que ela ia surtar — O que ocorria com frequência — que aquilo não era um jantar de noivado, e ela não iria pedir minha mão em casamento.

Mas a garota não me ouvia, e parecia que a quanto mais nos aproximavamos da minha casa, mais nervosa ela ficava.

Eu dirigia o carro que eu dividia com Hanna, olhando para ela a cada segundo. Preocupada que ela fosse a qualquer momento passar mão de tanta ansiedade.

Odeio dirigir, mas prometi que a buscaria. E vi que Billie estava nervosa demais para isso.

— Bem... Carro legal — ela murmurou, olhando para a paisagem, provavelmente tentando mudar de assunto.

— Obrigada, Bil — agradeci.

Não demorou muito para que eu estivesse estacionando o carro na garagem da minha casa.

— Vamos lá, não precisa ficar nervosa. Eu te disse, meus pais não vão te matar — a encorajei, enquanto andávamos para dentro de casa.

— Eles podem cortar meu pau, caso não gostem de mim — reviro os olhos com seus pensamentos.

— Meus pais não são tão mau, Bil. Eles não fariam isso... Eu acho — murmurei — Brincadeira, amor. Eles não fariam isso — vi Billie olhar rápido para mim, abrindo um sorriso enorme — O quê? —

— Você me chamou de amor — ela sorri sem graça. E seu rosto atingiu um tom avermelhado.

Era um bebê adolescente mesmo.

Um bebê que já tenta fazer bebês.

— Bem... — limpei a garganta — Se não gostou, eu posso... —

— Eu amei! — Billie me interrompeu — Amei demais — nossa conversa felizmente não continuou.

Porque eu estava com tanta vergonha.

A palavra saiu da maneira mais natural, sem que eu ao menos percebesse.

Meus pais na cozinha, fazendo o jantar de maneira animada, nos fez pausar com a conversar.

— Hanna, você prometeu que nos ajudaria — Kev diz, colocando algo na geladeira.

Assim que ele se vira, da um sorriso, vindo em nossa direção.

— Boa noite, Billie — ele foi o primeiro a cumprimenta-la. Ele já estava acostumado com ela, pelos corredores da escola — É bom te rever —

— É bom te rever também, senhor Black — ela apertou sua mão, forçando um sorriso.

— Boa noite, senhorita. Já nos conhecemos, então vamos cortar nossas formalidades — Ray veio depois.

Meu pai tinha essa voz severa por natureza, e às vezes ele nem fazia por querer, mas acabava intimidando todos com quem falava com ele.

Another Life •Billie Eilish•  |G!p| ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora