Someone's Someone 𖥻 Jisung!Centric

04. minsung 🏫

L E N T O ,, minho + jisung
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Jisung gostava de Minho e sempre conseguiu lidar muito bem com isso. Contudo, após um longo período de quarentena, não tinha mais certeza de como reagiria ao ver Minho ao vivo e em cores novamente com o volta às aulas, ainda mais com o próprio lhe caçando pela escola inteira.

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O ano estava chegando ao fim, e apesar de amar o natal e todo o clima que a época trazia, Jisung nem conseguia se imaginar aproveitando uma gota da vida no momento. Quem teve a ideia louca de voltar às aulas logo agora? Logo faltando um mês para ser um homem livre?

Era injusto, ele dizia. "Ah, pelo menos você vai rever seus amigos", tá, mas para isso é necessário ter amigos estudando com você para início de conversa. Esse era outro ponto, as salas foram embaralhadas! Agora Hyunjin estava no 3°E, Chan no 3°G, Felix no A e ele na porra do 3°C. Parecia brincadeira, mas se fosse, seria uma de mau gosto refinado.

O engraçado era que a única pessoa no mundo que poderia, ou melhor, deveria cair numa sala diferente foi relocada para a mesma sala de Jisung. No caso, Lee Minho. A história por trás dessa vontade inegável do menino Han é longa e bem clichê, o que significa que é uma história da qual correria sem pensar duas vezes, mas lá estava ele sendo o protagonista dessa novela.

Jisung e Minho se conheceram no final do fundamental dois, mais especificamente no 9° ano, quando os olhinhos brilhantes de um Jisung nada satisfeito com sua obrigação de acordar de manhã para se prestar ao papel de estudante foram pegos, presos, amarrados, enfeitiçados... Enfim, vislumbraram o rostinho cansado de Minho pelos corredores lotados. Aquilo foi muito cena de dorama de romance, ainda mais pelo tropeço que Jisung deu e que o fez parar já dentro da sala.

Seus amigos jamais esqueceriam; na verdade, sempre faziam questão de lembrá-lo ou imitá-lo pelos cantos, o deixando parecer ainda mais idiota do que já sabia ser. Mas tudo bem, o que importa é que as amizades de procedência duvidosa que arrumou durante a vida lhe renderam o número de Minho e, consequentemente, um mini contato gentil com o cara que preferia fingir não conhecer no exato dia de hoje.

Não entendam mal, Jisung era tímido e toda a situação estava piorando o fato em níveis catastróficos. Rebobinando a fita, o que se passou na cabeça de Jisung na caminhada até a escola, além do medo de cair na terra e sujar a calça nova, interagir com a humanidade obrigatoriamente depois de quase dois anos vivendo confortavelmente isolado do mundo e ter que aturar as aulas sem os amigos, era a exata imagem do Minho que viu pela última vez no início da pandemia.

Um menino nem tão baixo nem tão alto, de cabelos negros e escorridos, olhos grandes e curiosos, que curtia umas músicas calminhas (que nem ele) e ler um livro ao invés de correr feito louco pela quadra durante os intervalos. Contudo, também um menino com uma aura muito confortável, que lhe dava um pânico fodido sem nem precisar se dar ao trabalho de abrir a boca.

Ao vê-lo passar pela porta da sala em que se encontrava, Jisung pôde constatar que Minho não havia mudado tanto assim. Tirando os novos centímetros de altura, um corte de cabelo novo que o deixava ainda mais lindo — se é que era possível — e uns músculos salientes o suficiente para chamarem atenção mesmo que cobertos pela camisa preta de Harry Potter, nada havia mudado.

Humor e piadas. Minho estava um homão da porra já, enquanto Jisung continuava um pitiquinho com cara de criança.

Isso não ajudou em nada o coração emocionado do menino, porque, sinceramente falando, quem tem pose perante a Lee Minho em pessoa? Ninguém! Por isso, também, quem era Jisung para passar por cima desse senso comum e dar as caras para o Crush? Ninguém de novo!