Katherine e Lorenzo

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Katherine Bellini




Quem sou eu?



Bom, eu sou aquela que todos temem quando veem passar, sou conhecida por ser a Dama da Rosa Vermelha. Por quê? Porque adoro rosas! Não, porque sempre que concluo um trabalho deixo uma rosa como minha marca registrada e isso me tornou conhecida no meio da máfia. Sem dizer que sou a filha do chefe da máfia, ou melhor dizendo, somos três irmãs e eu sou a mais velha e também a herdeira de tudo.



Foi por nós que meu pai mudou as regras mais antigas da máfia. E quais eram? Uma delas era que uma mulher não poderia ser chefe e a outra tratava sobre a mulher ter que se casar virgem com alguém da máfia para fortalecer laços.



Meu pai mudou tudo e enfrentou tudo e todos por nós três, e agora eu serei a nova chefe. Não vou dizer que não penso em fortalecer os laços, mas não estou pronta pra isso no momento. Na verdade, não acredito em amor como minhas irmãs.



Sou Katherine Bellini, a filha mais velha do senhor Donatello Bellini. Perdi minha mãe muito cedo e, desde então, meu pai move montanhas por mim e pelas minhas irmãs. Hoje nós três somos as melhores em combate porque desde muito novas treinamos junto com os soldados do meu pai e, para falar a verdade, amamos essa vida que levamos. Adoro ver quando minha vítima pede clemência. E hoje, com meus vinte seis anos, já matei mais que meu próprio pai. Agora estou aqui em meu quarto me preparando para ser apresentada como a nova chefe da máfia da Itália.



Primeiramente, serei apresentada apenas aos aliados mais importantes, que são a família Bianchi, Rossi e a família Fiori, e apesar de ser amiga dos Bianchi e dos Rossi, ainda não conheci o herdeiro da família Fiore. Estou muito curiosa para conhecê-lo, pois meu pai disse que a família Fiori não teria um herdeiro e a pouco menos de um ano apareceu o tal Lorenzo, um homem misterioso que ainda ninguém viu. Mas já avisei que se ele for contra a me obedecer, irei matar sem dó até não sobrar nenhum Fiore para contar história.



Só eu e minhas irmãs sabemos o que passamos para chegar até aqui, pois mesmo meu pai sendo um chefe temido e cruel, tivemos que matar muito homem babaca e machista.



Escuto alguém batendo na porta do meu quarto me tirando dos meus pensamentos.



- Katherine, teu pai te aguarda na sala de reunião - um dos nossos soldados fala do lado de fora do meu quarto.



Me levanto rapidamente e vou até meu pai que, ultimamente, anda muito doente devido ao um câncer no estômago.



- Pai... - entro em sua sala ainda vazia e encontro ele em sua cadeira com um olhar triste.



- Pode chegar aqui, filha - vou até ele e seguro em sua mão fina. Ele está tão diferente do homem que eu costumava admirar, apesar da idade, sempre foi um homem forte, durante toda a minha vida achei meu pai impenetrável, até esse câncer se alojar em seu corpo.



- Kathe, a partir de hoje deixarei tudo em suas mãos. Quero que você e suas irmãs administrem tudo como eu ensinei, e outra coisa: ache um amor para vocês - assim que ele fala, minhas irmãs entram na sala.



- Pai, está tudo bem? - minha irmã mais nova fala, agachando-se à sua frente.



- Não ando muito bem e não ficarei muito tempo ao lado de vocês, minhas filhas - minha irmã do meio começa a chorar e eu me levanto para abraçá-la.



- Valentina, seja forte, papai não gosta de nos ver chorando, você sabe que isso é sinal de fraqueza - ela concorda balançando a cabeça, vai até ele deixando um beijo em sua testa, e meu pai continua.

A Dama de Vermelho "Degustação"Onde histórias criam vida. Descubra agora