Vendida ao dono do morro

Capítulo um

Me chamo Nathalia mais conhecida como Nat, tenho 16 anos e moro com meus pais e minha irmãzinha de 4 anos. Lívia a minha irmã é um amor de criança, calma e amorosa com todos a sua volta. Voltando ao assunto eu sou ruiva natural, não tenho amigos já que todos na escola me chamam de pobre e me tratam mal por causa disso, não me importo e acredito que um dia tudo vai melhorar e vou ser feliz e dar uma vida boa pra minha irmã.

Acordei cedo e faço a minha higiene e me arrumo pra escola e dou um beijo na minha irmã e saio de casa antes que o traste do meu pai me veja e venha com as humilhações de novo, saio de fininho e vou andando até a escola que demora mais eu chego. Entro na sala e a professora entra e começa a aula, no intervalo vou até o refeitório e almoço lá e a merendeira que é uma vizinha e sabe tudo que passo me entrega um lanche que coloco na minha mochila pra dar pra minha pequena, eu nunca como e dou pra ela pq ela precisa mais que eu se alimentar direito. As aulas acabam e vou andando até a casa da dona Marta, uma senhora bem simpática na qual eu faço faxina duas vezes na semana e ganho 90 reais por dia pra deixar tudo limpo pra ela, sempre deixo comida pronta pra ela que por sua vez ela me dá um potinho com comida pra minha irmã. Assim que acabo tudo vou pra casa e entrego a comida pra Lívia que come tudo feliz já que nessa casa nunca tem nada de bom mesmo, vou pro meu quarto e guardo 25 reais no qual é pra eu e Lívia poder comer no final de semana já que não tem escola e não posso deixar ela com fome.

Tomo um banho gelado e coloco um short e uma camiseta e vou arrumar a casa já que minha mãe nunca faz isso aqui dizendo que está cansada e que essa é a min há obrigação, começo pelo meu quarto e da minha irmã que dormimos juntas, depois a cozinha, banheiro, sala e por ultimo o quarto dos meus pais.

Pai - sua vagabunda cadê o meu dinheiro ? - puxa o meu cabelo com força e minha mãe olha e não faz nada, entrego e ele me dá um tapa no meu rosto - isso não da pra nada sua piranha.

Nat - eu só consegui isso pai - já falo chorando - na sexta feira tem mais.

Pai - se na sexta feira tu vier com essa miséria eu te arrebento na porrada - olho pra minha mãe que não fala nada - maldita hora que tu nasceu, minha vida era perfeita mais vc estragou tudo e fez ela virar essa merda que é hoje.

sai de lá chorando e vou até o meu quarto e fico lá pensando o que eu fiz pra merecer isso na minha vida, nunca sou bem tratada por eles e nunca fiz nada de mal e sempre fui uma criança calma e nunca pedi nada pra eles.

não sai do quarto pra nada e por sorte eles saíram e minha irmã ficou comigo aqui até que dormiu nos meus braços. por ela que ainda estou viva e por ela eu dou até a minha vida mais não quero que ela passe por tudo que eu passo nunca, um a dia ainda vou dar tudo que ela merece e vou criar ela melhor que eles. Sai de fininho e faço o dever da escola e deito pra dormir pq amanhã tenho uma prova e graças a Deus eu sempre tiro uma boa nota na escola e por isso estudo em uma escola boa por mérito meu que ganhei uma bolsa de estudos na melhor escola do Rio de Janeiro.

Fico em meus pensamentos até que escuto meus pais chegando e pareciam estar brigando mais uma vez e eu nem me meto até pq a minha mãe que escolheu continuar nessa vida e aceita ser traída e sustentar um homem que não faz nada o dia todo e ainda pega o dinheiro dela pra gastar com bebidas, mulheres e drogas. Por isso que eu tomei a decisão de não ter homem na minha vida, só servem pra nos humilhar, nos trair e fazer filhos e largar tudo nas nossas costas. Muitas patricinhas da escola se acham mais sempre vejo os pais delas aqui perto da minha casa entrando no puteiro e fico quieta até pq elas acham que tem uma vida perfeita, mais isso não existe e nunca vai existir, romance pra vida toda, amor incondicional só existem em livros na verdade, não sou pessimista e sim realista até pq eu aprendi que nessa vida nada pode piorar mais do que já está.