Alfonso Herrera
Um mês havia se passado, mas para mim nada tinha mudado. Eu conseguia apenas sentir dor e mais dor. Ainda era inacreditável que eu havia perdido a minha Anahi, a mulher que eu amei de verdade, a mulher que eu me entreguei por completo, a mulher que me fazia ser feliz. Eu a perdi e a perdi para todo o sempre, pois ela estava morta.
Já tinha lidado com a morte antes, mas o que eu sentia agora era um bilhão de vezes pior. Já se fazia um mês, um mês sem olhar aqueles olhos azuis que brilhava sempre, um mês sem sentir seu cheiro, um mês sem ouvir sua voz, um mês sem o amor da minha vida...
Observei a foto em minhas mãos e com um dedo toquei seu lindo rosto sorridente, seu cabelo, seu nariz, sua boca e seu sorriso. A fisgada, agora comum, no meu coração voltou com tudo mais uma vez.
Levei a garrafa até minha boca acabando com a última gota de whisky antes de arremessa-la com força junto com as outras garrafas quebradas ao chão. Meus joelhos fraquejaram me fazendo cair no chão em cima dos cacos de vidro e não, pela primeira vez, gritei ao ver em cima do armário o vaso com as cinzas do amor da minha vida.
As lágrimas voltaram a cair desesperadamente, meu coração dilacerado agora estava sendo esmagado e era tanta dor que eu não conseguia respirar ao meio do choro.
Meu corpo tremia de dor.
— Por que? por que meu Deus?- Gritei em pleno pulmões.
Solucei caindo completamente ao chão. A dor que os cacos de vidro proporcionavam em contato com a minha pele, não chegava a um terço da dor que sentia em meu coração e na alma.
Ela sei foi. Ela se foi para sempre.
O telefone voltou a tocar pelo apartamento me trazendo de volta ao inferno da realidade. De joelhos engatinhei até o aparelho e com um único puxão o arremessei para o outro lado parando com o barulho.
Olhei mais uma vez o vaso com as cinzas do amor da minha vida antes de voltar para ao redor das inúmeras garrafas de álcool em círculos. Ao meio deles, encarei todas as nossas fotos também ao redor e puxei de cima da mesa de centro dois pacotinhos brancos de cocaína.
Abri a embalagens com as mãos trêmulas e em segundos, jogava os plásticos agora vazios ao chão. Peguei uma foto dela e levei ao coração, fechei os olhos e esperei a droga fazer efeito depois de aspira-las.
E mais uma vez revivia o inferno.
1 mês atrás...
Tinha chegado a Los Angels quase as cinco horas da manhã. A primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem para minha noiva. Em seguida fui para o hotel, fiz o check-in e como estava cansado pela viagem, acabei dormindo por algumas horas.
Quando acordei, já atrasado, corri para um almoço de negócios que aconteceria no restaurante do hotel e com a pressa, esqueci o celular no quarto. Horas depois, voltei para o quarto e peguei meu celular percebendo que tinha esquecido de carrega-lo e por isso estava descarregado a horas. Deveria ter várias chamadas, incluindo da minha noiva.
Assim que ele carregou o bastante, voltei a liga-lo e como esperava, havia várias ligações e mensagens. A primeira coisa que fiz foi retornar a chamada de Anahi, mas estava desligado.
Estranhei.
Mas deveria ter acabado a bateria também.
Ela deve estar a caminho agora e em questão de horas ela estaria aqui.
💠
Passava das onze horas da noite e eu estava no hall do hotel tentando localizar o avião que deveria ter pousado no máximo às dez horas, mas ao contrário disso, ele tinha sumido ao meio do plano de vôo. Segundo a empresa de aviões, responsável pelos meus vôos particulares, o avião nem ao menos chegou a sobrevoar os Estados Unidos.
Aflito andava de um lado para o outro sentindo um gosto amargo na boca.
— O piloto não se comunicou com vocês? Ele não falou nada sobre o que poderia estar acontecendo? Como vocês podem não saber de nada? - Gritei nervoso.
Ignorava os olhares de algumas pessoas em volta, principalmente dos funcionários da recepção. A única coisa que eu queria era encontrar a Anahi.
— Senhor Herrera, desde que tomamos conhecimento sobre o sumiço do avião, estamos tentando localiza-lo e...
— Tentando? vocês estão só...
— Senhor Herrera? - Um homem falou atrás de mim me interrompendo.
Virei olhando para o gerente do hotel e três policiais atrás dele.
— O quê? - Ainda tinha o celular ao ouvido.
— Esses policiais querem falar com o senhor... - Avisou.
Um deles deu um passo a frente.
— Somos da Polícia Internacional e temos uma notícia para lhe dar.
Meu coração acelerou.
— Na tarde de hoje foi registrado um barco em chamas chegando ao porto da capital de Nicarágua, o localizamos e analisamos quem estava no barco, sinto em lhe informar, mas um dos passageiros era a sua noiva Anahi Portilla, ela está entre as vítimas fatais.
Prendi a respiração ao mesmo tempo que meu coração parava de bater.
Meu celular caiu da minha mão e já não ouvia mais nada ao meu redor.
Minhas pernas fraquejaram e eu caí ao chão vendo tudo girar.
A Anahi não... Não a minha Anahi... E em segundos, tudo ficou escuro.
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É segunda temporada que vocês querem? É segunda temporada que vocês terão.
Como todos já sabem e se não sabem vão saber agora, só sairá este capítulo até o final de “o amor mora ao lado” fiz de propósito só para vocês terem o gostinho de como a coisa tá kkkkkkkk. Preparem o coração e não me matem, até logo❤
-Babi😞
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Almas mais que Opostas
RomanceCom a suposta morte de Anahi, a vida de Alfonso vira de ponta a cabeça, completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás dos responsáveis qu...