Senti uma água em meu rosto, abri os olhos vendo a claridade do dia e percebi que a jangada não se movimentava mais, levantei um pouco o rosto vendo que estávamos na beira de uma praia.
Meu Deus!
Olhei ao redor vendo que tínhamos parado numa ilha. A jangada nos trouxe direto para a beira da praia, colidindo com a areia branca. Balancei Velasco que dormia ao meu lado.
— Velasco acorda... Manuel acorda... Por Deus, acorde, estamos à salvo. - Sorri olhando a ilha.
— O quê? - Abriu os olhos e levantou a cabeça - Não acredito!
— Sim. Estamos à salvo! - Levantei tirando o colete.
— Não tinha essa ilha quando dormi... - Também levantou tirando o colete.
Encarei o céu sorrindo.
Obrigada Deus! Muito obrigada!
— Isso é um milagre! - Sorri - Posso ver árvores frutíferas daqui.
Colocamos nossos pés na areia e andamos pela praia.
— Frutas, ou seja comida, mas ainda falta à água - Olhou ao redor - Precisamos de um local que tenha bastante correnteza, se bebermos água do mar vamos morrer por desidratação e se bebermos outra água que não seja de uma correnteza, e não ferve-la antes, morreremos por intoxicação.
— Talvez lá para dentro tenha algum rio com correnteza. - Apontei para dentro da ilha. Onde tinha milhares de árvores e matos ao redor.
Mas assim que começamos a andar em direção à ela, paralisamos vendo alguns indígenas saindo de trás dos matos com lanças e flechas se aproximando. Eram seis deles, pintados de vermelho e preto no rosto e quase pelados, a única coisa que os cobria era uma espécie de saia.
Engoli em seco.
Velasco ficou na minha frente me empurrando para trás.
— Fique atrás de mim Anahi e não esboce nenhuma reação. - Murmurou.
Os indígenas não tinha cara muito boas, e se aproximaram fazendo um círculo em nossa volta apontando as lanças e as flechas em nossa direção.
Um deles falou algo olhando para nós dois, mas não conseguimos entender. Era uma língua estranha, a própria língua deles.
Então, uma mulher loira de olhos azuis gritou na mesma língua deles enquanto saia da mesma direção que eles saíram e andava em nossa direção. Ao lado dela estava um homem alto, loiro e de olhos azuis, eles estavam vestidos, a mulher com short jens e camiseta branca, e o homem de bermuda e camiseta preta.
O mesmo indígena que tinha falado com a gente, respondeu à mulher. Os dois se aproximaram entrando no círculo e nos encarando.
— Quem são vocês? - Falaram em inglês.
— Sofremos um acidente de barco e apenas nós dois sobrevivemos, graças à aquela jangada - Apontou para a nossa jangada na beira do mar - Estamos um dia e meio à deriva, e hoje chegamos aqui.
A mulher voltou a falar na língua dos indígenas e na mesma hora eles abaixaram as armas.
Suspirei aliviada.
— Vocês devem estar morrendo de fome e cede - Falou preocupada - Aqui vocês estão à salvos e seguros.
O homem ao lado dela apenas observava.
— Quem são vocês? - Velasco ainda me protegia e eu estava completamente agarrada a ele.
Quando ela abriu a boca para responder, o homem ao lado dela se apressou e falou pela primeira vez me olhando.
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Almas mais que Opostas
RomanceCom a suposta morte de Anahi, a vida de Alfonso vira de ponta a cabeça, completamente abalado pela perda do amor de sua vida, ele acaba cometendo erros que trará consequências no futuro, além disso, ele está incansavelmente atrás dos responsáveis qu...