Voltando Para Casa

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Tronco:

          Poppy fez questão de dormir comigo essa noite, ela estava com medo de eu tentar pegar as pílulas ou me cortar. Me senti envergonhado então fiquei de costas pra ela. Era meia-noite e eu ainda estava acordado. Pensei que Poppy já estivesse dormindo mas então a ouvi me chamar:

Poppy: Tronco?

Tronco: Sim?

Poppy: Ah... Só queria ter certeza de que estava vivo.

Tronco: Poppy!

Poppy: Eu estou preocupada com você! Não me culpe!

Tronco: Não vou culpar... A culpa é minha.

Poppy: Não, não é! É do Creek, vou terminar com ele assim que acordar e então finalmente poderei encher você de beijos...

          Corei. Poppy puxou o cobertor. Me virei para ela e a vi cobrindo a cabeça. Sorri ao vê-la assim e puxei o cobertor para tentar ver seu rosto.

Poppy: Acho que avancei muito de novo, certo?

Tronco: Se quiser não precisamos esperar tanto...

           Acariciei seu rosto e toquei seus lábios. Eu queria beijá-los mas... Afastei minhas mãos e cobri meu rosto. Poppy riu.

Tronco: Acho melhor dormimos logo!

Poppy: É...

          Permanecemos em silêncio até dormir. No dia seguinte, Poppy acordou primeiro que eu e havia feito o café. Quando me levantei, senti o cheiro, fui para a cozinha e encontrei Poppy cortando uma fatia de bolo.

Poppy: Bom dia!

          Sorri para ela.

Tronco: Bom dia. Quantos quilos de açúcar colocou no café?

          Impliquei. A garota apenas me entregou uma caneca de café. Bebi e fiquei surpreso, ela não colocou açúcar.

Poppy: Eu ainda me lembro como você gosta do seu café!

Tronco: Percebi. Isso aqui está uma delícia!

Poppy: Que bom que gostou. Agora venha comer.

          Comi torradas e um pedaço do bolo da Poppy. Me lembrei das vezes em que combinávamos de testar receitas malucas que ela via na internet, quase nunca acertávamos. Essa lembrança me alegrou, será que vamos voltar a fazer essas coisas? Eu esperava que sim. Poppy terminou de comer e estava tentando ligar para alguém. Ela afastou o telefone do ouvido e se irritou, aparentemente a pessoa nao atendeu.

Tronco: Pra quem quer ligar?

Poppy: Creek. Quero terminar com ele.

         Sorri ao ouvir isso.

Poppy: Ainda não acredito que aceitei ficar com ele!

Tronco: Pois é, nem eu.

          Poppy riu. Ela se levantou, me puxou para o sofá e ficou de frente para mim.

Poppy: Tire a camisa.

          Levantei uma sobrancelha.

Tronco: De novo?

Poppy: De novo!

          Dei de ombros.

Tronco: Ok.

          Tirei e deixei ao meu lado no sofá. Poppy olhou os curativos, tirou os que precisavam trocar, passou uma pomada e refez o curativo. Depois de vestir a camisa de volta, senti os lábios de Poppy em minha bochecha. Ela se afastou e sorriu.

Meu Melhor Amigo | Troppy HumanosOnde histórias criam vida. Descubra agora