Passeio

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 Mais um dia de ressaca no sofá para Gabriel, essa estava tão forte que a luz incomodava ele, um simples barulho da instalações da casa era motivo pra surtar.


— Desgraça de casa barulhenta!


—Senhor Agreste! - uma empregada se aproximou lhe assustando

— Fala baixo Mulher! - a empregada que falava quase sussurrando ficou um pouco sem reação.

— Chegou estar carta para o senhor, um advogado veio entregar, de um Juizado de menor. - sussurrou

— O que?


 Ao abrir a carta Gabriel leu não querendo acreditar, com o que havia escrito na carta, releu mais uma vez, para ter certeza de que não era efeito da cachaça ainda.

 A carta dizia que, segundo, a escola já fazia uns meses em que o Adrien não frequentava a escola, e se continuasse assim, uma investigação séria aberta e dependendo do resultado a guarda do garoto seria da tia Amelie, ou  seria levado para um orfanato.

 Naquele momento ele recebeu um choque de realidade, não se tratava apenas de perder a guarda do filho e sim o quão mal ele estava, para não ir a escola durante meses.

 O Adrien era apaixonado pela escola não perdia um dia de aula, ele costumava brincar dizendo que Adrien não era filho dele, visto que, odiava sua época de escola.

 Estava morrendo de dor de cabeça, mas tinha que fazer seu filho resistir a isso, afinal era jovem e tinha muito pra viver.

 Lembrou-se que o garoto amava o zoológico de Paris, talvez o animasse um pouco, levar ele lá poderia ser uma boa ideia.

Suas divagações lembraram quando Emilie Agreste pedirá para ele ser mais presente na vida do filho, pois seu filho o amava muito e queria estar com ele por mais tedioso que seja.


"Gabriel, devíamos passear mais! A vida não se resume a trabalho! ""Vamos ao zoológico, não? "


- Poderia ser uma Boa ideia para mim, já que estou prestes a perder tudo... - pensava Gabriel enquanto guardava bem os papéis e tomava algumas aspirinas para aliviar as dores de cabeça.


- Bem,avisa ao Gustave que pretendo sair! - se aproximou da moça que trabalhava na casa


- Pois não. - a dama sai rapidamente dali, cumprindo suas funções.


 Ele sobe, troca o vestuário por algo mais confortável, uma calça jeans e uma blusa não era lá muito confortável, mas era melhor do que um terno no zoológico. E assim seguiu para o quarto do filho, a porta estava entreaberta e vê lendo romances polícias, deitado na cama de pijama com as cortinas todas fechadas.

- Filho... - falou chamando sua atenção


- Pai, Juro que estava estudando... - se levanta rapidamente escondendo o livro que lia


- Não é por isso que vim! - se senta a beira da cama 


- Então pra que era? - perguntou confuso

- Decidi que vamos fazer passeio no zoológico, creio que tanto você, como eu precisamos desse passeio para regular novamente a nossa mente.

o Garoto estava surpreso com a iniciativa que o pai havia tomado, visto que, até ontem ele se embriagava chorando pela sua mãe.

 - Obrigado pai.- respondeu ele com voz fofa e sorrindo

 -Mas ande logo. - retribui o carinho do filho lhe abraçando

 O zoológico era enorme com doze metros quadrados e vários bichos exóticos. Macacos, onças, tucanos, capivaras, flamingos, zebras, infinidades de animais de todos hábitats prováveis.

 O jovem rapaz ficará boquiaberto com tudo ali, era seu lugar favorito de infância, ia muitas vezes com sua mãe. Já Gabriel no entanto, apenas fugia do Sol, sua ressaca implorava pra ele se deitar sobre o frízer de picolé que uma moça vendia no local

 - Olha pai....um pavão adorável! - aponta para um uma pavoa, um pouco depenada no canto da jaula, encolhida visivelmente ela sofria maus tratos- Pai, ela está sofrendo!

 - Mas ela tem dono. Droga de Sol! Onde está a sombra. - fala olhando ao seu redor em busca de uma sombra para sentar e descansar 

- O pavão custa trezentos! - um cara chega por trás assustando o loiro alto

 - Não estou interessado! Obrigada!

 - Pai, leva ela...olha para aquela pata machucada! - aponta o garoto agoniado

 — Adrien um animal desse, precisa de espaço, tratador e... - Gabriel olhou para o lado e viu o "tratador" chutando a ave que gritava de dor e tentava se defender com bicadas 

 — Para esta machucando... - Adrien empurrou o homem que caiu e bateu a cabeça

 — Hora seu muleque... - tentou chegar perto do garoto mas Gabriel pegou no seu gogo antes

 — Eu posso estar na pior ressaca da minha vida, mas se você encosta um dedo no meu filho, te garanto que os leões desse zoológico vão dormi de barriga cheia hoje. - o olhar que Gabriel lançava o fez se arrepiar a espinha inteira

 Adrien entrou na pequena jaula e conseguiu pegar a ave que no cantinho da jaula imunda, ainda gritava de dor.

 — Toma aqui essa merda desse dinheiro! - jogou um maço de dinheiro na cara dele e saiu com o filho e a ave

Meu Adoravel PavãoOnde histórias criam vida. Descubra agora