Capítulo 18 - Laços de sangue

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— Blair? Que surpresa ver você e os outros aqui. Como nos acharam? — questionou Serena.

— Na verdade, viemos aqui por acaso. Queríamos finalizar o plano. Mas acho que vocês dois já finalizaram juntos, não é? — disse Blair.

— Entraram no QG da Georgina? — perguntou Dan, curioso.

— Sim. Só achamos evidências antigas. Do tipo... Impressões de postagens de 2013, por exemplo. — respondeu Nate.

— Não acredito que foi um plano em vão. Não encontraram nada de especial? — indagou Kyle.

— Encontramos duas cartas. Uma delas é relacionada a você, Kyle. — disse Serena.

— O que falam as cartas? — questionou Blair.

— Melhor não falarmos disso neste lugar pessoal. — sugeriu Chuck.

— Vamos nos reunir em algum lugar. — sugeriu Serena.

— Sua casa de novo, Kyle? — perguntou Eric.

— Melhor não. A garota do blog já deve saber que estamos lá. É melhor sairmos daqui e pararmos em algum bar, lanchonete ou algo do tipo. — falou Blair.

— Milagre você sugerir isso. — comentou Dan, gargalhando.

— Temos de agir com discrição, Humphrey. — retrucou ela — Vamos.

— Estão esquecendo-se de uma coisa. — falou Chuck.

— O que? — questionou Serena.

— O carro é conversível. Só tem lugar pra quatro pessoas e somos sete. — informou.

— Vai eu, Dan, Eric e Blair. Voltaremos rápidos para pegar os demais. — disse Kyle.

O primeiro grupo entrou no quarto. Kyle deu partida dali, deixando Chuck, Nate e Serena. Ele sabia que teria de deixar os três juntos, para resolverem as suas diferenças. Ao saírem, o trio se olhou e ficou em silêncio.

— A Blair me disse que você já sabe de tudo, Serena. Só falta você, Nate. — começou Chuck.

— Na verdade... Eu também já sei. Agradeça a certa pessoa. — falou.

— Que certa pessoa? — questionou.

— Não podemos falar aqui. — retrucou Serena.

— Eu sei que você fez o que fez em nome da Blair. Sei que ela foi ameaçada de morte se não fizesse o que tinha de ser feito. — disse Nate.

— Obrigado por entender. — falou Chuck sério.

— Eu no início fiquei confuso por você não ter nos contado da ameaça, até eu entender.

— Sei que fui egoísta, mas... Precisava fazer aquilo. — disse.

— Eu preferia ser preso a fazer você viver com a consciência pesada com a morte da garota na qual ama. — desabafou Nate.

Chuck olhou pra Nate, sem jeito. Estava tão na cara mesmo o que Chuck sentia por Blair? Engoliu um seco, revirando os olhos até voltar a falar.

— Estamos de bem então? — perguntou Chuck, estendendo a palma da mão direita, aguardando o amigo apertá-la.

Nate gargalhou com o gesto do rapaz. Apenas se aproximou dele e deu um enorme abraço de velhos amigos nele. A amizade tinha voltado e a tentativa de separação da garota do blog, falhado.

— É bom te ver novamente! — exclamou Nate, enquanto abraçava o amigo.

Serena ficou quase comovida com a cena de reconciliação entre os amigos. Sorria ao ver aquele momento tão esperado entre os dois. Observou então um movimento nas folhagens da entrada do motel que lhe chamou a atenção.

Reputações - A arte do segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora