Revanche

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Ergueu seu rosto ao céu ao sentir as primeiras gotas de chuva daquele dia nublado, jogou o restante do seu cigarro no chão pisando em cima dele para que acabasse de apagá-lo, encarando a sepultura a sua frente por um momento... Já haviam se passado dez anos. Ainda se sentia como aquela criança perdida e mal compreendida que tinha vontade de se esconder e esperar que um dos seus país voltasse ao seu socorro e derrepente tudo teria voltado ao normal... Seria amado, pertenceria novamente a uma família.

Fechou seus punhos com força, se forçando a esquecer cada um daqueles pensamentos e falsas esperanças, olhou para seus amigos que não estavam tão longe dali e lhe esperavam para que pudessem ir embora. Pertencia a algo, não era oque sua mente de criança esperava um final realista de si mesmo aonde havia acabado como nada mais, nada menos que a escória daquela cidade um ladrão... Um morimbundo.

Levou seu olhar ao topo do morro, a mansão dos assassinos de seu pai, os donos da maldita cidade aonde moravam ainda acabaria com eles e os faria pagar por terem tirado a vida de seu pai e por ter que ficar anos naquele orfanato. Aonde tentaram lhe convencer que seu pai havia se suicidado, sabia que não era verdade nunca se esqueceria daquele dia e do que havia sentido ao ver o corpo do seu pai ensanguentado pelo chão.

Fechou seus olhos com força afastando a memória daquele dia e se afastou por fim da sepultura indo até onde seus amigos estavam sentados, e sentiu a mão de Rin sobre seu ombro e suspirou, forçando um sorriso para a mesma.

— Nós temos uma boa notícia pra você. - Obito diz animado - Isso vai te deixar mais animado.

— Vamos beber até o amanhecer? - riu fraco - Não sei se estou muito afim de roubar algo hoje.

— Na verdade... Nós meio que roubamos algo pra você. - a morena coloca sobre as minhas mãos um envelope - Parece que os ricos vão dar uma festa de "caridade" - ela faz aspas com as mãos - Já faz um tempo que nós estamos preparando isso. - ela olha para Obito que assente - Temos um plano para conseguir entrar na festa... Você vai conseguir vingar o seu pai e talvez nós conseguimos sair de lá com algumas coisas bem caras.

— Como conseguiram esses convites? - disse abrindo o envolope e viu que um deles tinha o seu nome - E porque um tem o meu nome?

— Bom... Eles estão recolhendo fundos para o orfanato que nós crescemos e decidiram convidar algumas das crianças que cresceram lá... Então poderíamos sei lá nós aproveitar disso.

— Se eles estão convidando pessoas como nós pode ter certeza que a segurança vai estar três vezes mais rígida. É uma ideia estúpida, vamos ser pegos e presos.

Se levantou para que fossem embora dali.

— Não vamos ser pegos - sentiu o braço de Obito em seus ombros - E mesmo que nós não vamos pra roubar nada ainda podemos zoar alguns almofadinhas.

— Eu vou pensar.

Viu os dois comemorarem atrás de si e riu, subindo em sua moto.

— Vejo vocês em casa.

Não demorou até que chegasse no prédio abandonado que chamavam de casa, moravam alí desde de que haviam deixado o orfanato não conseguiu nem mesmo voltar para sua casa quando conseguiu finalmente sair daquele inferno, o terreno havia sido demolido e o lugar que chamou de casa era apenas uma memória antiga. Pegou uma cerveja na geladeira e foi até o seu quarto aonde se sentou na janela, e seus olhos foram guiados até a mansão no topo do morro, extremamente destacada por estar no alto e pela arquitetura moderna e bem alinhada, era a casa daquelas pessoas, tomou um pouco da sua cerveja.

Quando teria uma chance como aquela? Ainda que tudo desse errado era pegar ou largar. Conseguiu ouvir as risadas do lado de fora de seu quarto, provavelmente Obito e Rin haviam chegado. Saíu de seu quarto para falar com os dois.

Se eu matasse alguém por você, Você me Amaria mais? [Kakairu] KakashixIruka ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora