Game Over!

4: Um presente inesperado

(No mesmo dia)

—Você fez o que!? - Dizia Jaynie, com uma tesoura escolar na mão ameaçando me matar.

— Calma! Eu só fiz o que qualquer pessoa faria. Até você gravaria, né?

—Não! Você come merda? Pelo amor de Deus, Elizabeth! Qualquer pessoa em sã consciência teria seguido o próprio caminho e não se importaria com isso!

—Fique calma mulher!– Eu dizia, dando um copo de água com açúcar para ela.– Ele não me viu, mas...

—"Mas"!? Tem um "mas"!?

Eu contei para ela tudo o que tinha acontecido. Ela se "acalmou" um pouco, e depois dela insistir muito, eu liguei pra minha mãe avisando que  eu ia dormir lá.  Nós também ligamos para o Jackson. Não que ele fosse nos proteger nem nada do tipo, mas a gente sempre precisa de um escudo humano.

Depois de uns 30 ou 40 minutos, ouvimos a campainha tocar.— e quando eu digo campainha, eu quero dizer o cachorro desgraçado da Jaynie—Olhamos pela janela e não era só o Jackson. Tinham mais duas pessoas com ele, e as duas estavam carregando sacolas.

Fiquei com medo de alguma coisa ruim acontecer, então peguei a tesoura de Jaynie e coloquei por dentro da minha calça.

Eu e Jaynie estávamos no sótão. Descemos as escadas correndo e eu abri a porta tão forte que quase quebrei a maçaneta.

Jack estava com uma cara estranha, aquela cara que ele faz sempre que vai fazer merda. Olhei para trás dele e vi Marcus; obviamente eu quis arranhar a cara dele.

Tinha uma mulher junto deles. Ela pareceria ter quase uns 30 anos, por ai. Ela tinha cabelos pretos, lisos e olheiras enormes.

—E aí meninas! Estão prontas para uma noite de diversão? –Jack dizia completamente animado, enquanto Marcus estava levemente corado e a mulher estava com uma cara de brava.

—Obviamente não. Entrem logo e nos mostrem o que tem na sacola. – Jaynie falou fazendo pouco caso do que eles haviam trago.

—Acho que é melhor a gente não abrir dentro da sua casa...–Marcus abriu sua boca pela primeira vez e disse alguma frase que “prestava”.

Eu e Jaynie, obviamente, ficamos intrigadas e curiosas, então fomos até a garagem.

— Jackson!!! O que você fez!?–Eu e Jaynie dissemos juntas, já que entramos em colapso.

— É para proteção – Marcus estava sentado no velho sofá, com cara de que aquela não era a primeira vez.

— Uma arma? Sério!? Esse problema não é tão grande para precisarmos de uma arma como “proteção” ou qualquer merda que você fale que é.

—E outra, –Eu estava tão irritada que nem liguei para o fato dele estar ali– o que esse troço do Marcus tá fazendo aqui? Como você trás para a casa da sua melhor amiga um cara que você conheceu a 10 horas atrás!? E com uma arma!

Onde Jackson estava com a cabeça quando decidiu comprar uma arma ilegal? Sério, o cigarro deve ter queimado o cérebro desse garoto.

E não era só eu que estava irritada. A mulher que estava com eles se irritou conosco e começou a gritar com o Marcus. Sim, aquele garoto que tinha comprado a arma. Tivemos que prometer que iríamos ficar calados sobre a tal compra.

Jaynie estava nervosa demais. A pressão dela havia caído e ela estava no sofá, quase desmaiando.

Perguntei para a mulher se poderíamos devolver, mas ela disse que a arma já estava coberta com as digitais nossas. Então, apenas mandei ela e Marcus irem embora e disse que eu ficaria com a arma, já que eu sempre sou a mais responsável.