Grandes ondas de energia cósmica batem nas bordas do caldeirão, uma grande parede criada por seres tão antigos quanto a existência de tudo, dentro desta enorme panela chamada por eles de "o farol" milhões de multiversos, que apesar de estarem juntos não se colidem.Além disso, muito além do caldeirão cósmico a um vasto vazio, um vazio sem fim e sem início, onde pequenas fagulhas de energia criam uma curta movimentação em seu interior.
Onde os anciãos temem em se aproximar, o vazio e um lugar desconhecido, e através dos bilhões de anos de história nunca conseguiu ser hostil em atrair um ancião para explorar toda sua majestade, mas sempre, sempre tem uma criatura rebelde um ser curioso o suficiente para se arriscar, ele é conhecido por todos como "o Despertador" pois ele sempre consegue despertar qualquer coisa que esteja adormecida, e convenhamos isso não é bom para um explorador, não é?
Deixando para trás seu amor e sua família ele foi de encontro ao desconhecido, aquilo que tanto o incomodava, e o fazia ter ansiedade em conhecer.
Ao pisar no vazio, o jovem ancião sentiu a profundeza da sua tolice, pequenos e grandes tentáculos o puxaram para o meio de tudo, e ele logo sentiu algo perfurar o seu peito, uma coisa afiada o suficiente para o atravessar.
Um fino grito de dor se desprende de sua garganta, e toda sua energia começa a transbordar pelo seu corpo, formando uma bolha em volta de si, os tentáculos o estimulam a produzir e emanar mais e mais energia de criação.
Ele não podia conter toda aquela explosão dentro de si, ele teria que deixar ir, e sabia que era arriscado o suficiente, mas era necessário sucumbir, era necessário morrer.
Uma imensa explosão se formou no meio do vazio, Lux (o Despertador) outrora tomado por sua curiosidade, agora tomado por sua agonia e poder, seu corpo se desfaz lentamente enquanto o mesmo assiste sua mente se sucumbir a doce sensação de paz, ele sentia algo dentro de si, que aquilo era só o começo, que tudo aquilo era para algo maior.
Seu sangue e restos cósmicos flutuam dentro da bolha, se separando em duas massas, uma completamente escura porém dentro de si repleta de matéria e morte, enquanto seu oposto a repele, sendo ele feito de luz e energia abundante.
Matéria e energia inconsciente, presos para a própria evolução.
Milênios se passam e ambas forças continuam a se repelir, aos poucos escuridão assume sua consciência e compartilha impulsos para seu complementar, pequenas partículas de sua essência ao se encontrar com pequenas partículas da luz se auto destroem, assim ficando cada vez mais difícil o despertar do consciente da força cósmica existente.
A bolha se aquece, cada vez mais, agitando Kaar a escuridão e matéria, agora se tornando um ser superior capaz de se expandir e evoluir sozinha.
Alun, luz e energia, outrora conseguindo assumir sua consciência e vitalidade, se mantém distante, repelindo Kaar.
Com o passar do tempo os dois resolveram se olharem, se aproximarem, não para se destruírem mas para se entenderem, capazes de pensar porém incapazes de se comunicar.
Poder além da própria compreensão, Kaar quer e anseia conhecer Alun, mas ambos não sabem como começar.
Alun não consegue se conter, e começa a emitir som e luz, o que faz Kaar emitir ondas maciças de matéria e radiação.
Quando pequenas fagulhas de matéria se juntaram com as partículas vitais de luz e energia, ambas se uniram formando uma esfera de matéria e luz, uma estrela, ambos entenderam seu propósito, criar vida , dar vida e evoluir.
Porém o maior medo dos dois era (e se me machucar) "devo me arriscar?" como chegariam a um acordo?
Kaar já estava exausta, logo emitiu uma imensa quantidade de matéria escura juntamente com todo seu poder, fazendo a bolha se tornar apertada, irritando Alun, o fazendo crescer e juntos com toda aquela quantia de energia e massa expandir a bolha.
Assim, pequenos planetas e estrelas se tornaram maiores formando imensas constelações, e enormes massas de poeira cósmica. Alun e Kaar assumiram formas físicas, ambos conseguiam controlar seus poderes, ambos sabiam o que fazer, estavam ao ápice da consciência.
Ambos se aproximam, levam suas mãos ao encontro um do outro, quando se encostam uma imensa onda dimensional emana de dentro da bolha formando camadas.
Kaar e Alun estavam prontos, prontos para criar mais, ter mais, ser algo a mais.
Kaar estendeu suas mãos formando uma esfera de massa, em seguida Alun a vitaliza fazendo se aquecer, e logo foi se solidificando e resfriando.
Alun e Kaar pensaram juntos em algo maior: a vida, uma criatura que pudesse gerar vida dentro de si, uma entidade que tem de combustível a luz solar e a energia lunar.
Kaar a chamou de Gaya, a mãe terra.
O planeta solitário, Kaar sabia bem o que ele precisava, um sistema no qual ele possa se interligar com as energias naturais do cosmos, fazendo a vida se conectar com o universo.
Gaya desperta, e se cobre com água, terra e gelo, na terra ela espalha uma vasta vegetação, no mar algas e logo a vida teve seu início.
Logo o planeta se uniu com um sistema solar, onde uma imensa estrela aquece os oito planetas.
Alun e Kaar alteram seu tamanho, indo até o planeta experimental, onde ambos descansam de milhões de anos de trabalho.
Os dois se sentaram à beira de um lago com águas cristalinas e calmas.
Kaar pode olhar nos olhos de Alun, sua pele clara seus olhos de íris douradas, cabelos negros como a noite.
Alun observa Kaar com a mesma intensidade, olhos negros cintilantes, balançando os cachos ao vento com sua mão, pele negra e macia.
Alun se aproxima encostando sua mão no rosto de Kaar, a leve energia emana do seu toque reagindo com a pele da mesma.
Seus lábios se aproximam e se unem em um beijo suave.
Kaar, após alguns messes de romance com Alun, sentiu algo se mexer em seu interior ela sentiu pequenos corações bombando poder dentro de sua barriga.
Ela sorri, e corre para o seu grande amor, contar a novidade.
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Satus - TBU
FantasíaSATUS🔥 O Início de um universo que se construiu através de dor e sofrimento, encarretando em diversos mistérios, aonde o vilão é o próprio destino. #TBU o Início ⚠️PLÁGIO É CRIME⚠️ Este livro não pode ser editado por terceiros, somente pelo própri...