XII: O Sumiço da Lua

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— Não! – Agarrei meus cabelos andando de um lado a outro, de olhos fechados

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— Não! – Agarrei meus cabelos andando de um lado a outro, de olhos fechados. — Isso... Isso não é possível!
Demorou alguns segundos para minha mente discernir a realidade naqueles fatos.

Bruxa. Lobisomens. Levaram Luara, pensei. Levaram Luara. Capturaram a minha amiga!

— Mas que droga! – Ouvi o estalo de minha mão contra a parede de gesso. Os meus dedos arderam como metal fervente. Evitei um gemido de dor. — Por que... Por que deixaram levar a minha amiga?

— Por que esse insolente está aqui dentro? – Atty retrucou. — Qual é o propósito?

Virei-me para eles. Os olhos de Hanks me fitaram cheios de tristeza. Dioniso sentado à sua mesa, parecia incomodado.

E então, observei meus amigos. Desde Dillan ao lado da janela, com os cabelos loiros brilhando como ouro graças à fresta de luz, até Kaique escorado próximo a prateleira de vinhos do deus.

Airam ao lado de Hanks. Minha amiga tinha os cabelos loiros avermelhados presos em um coque. O seu rosto não estava escondido sob as mechas onduladas. Não conseguia esconder, mesmo com toda a sabedoria que possuía, a angústia e raiva que lhe tomava.

— A-Airam... – Suspirei fundo. — E-Eles a levaram mesmo?

A filha de Atena abaixou a cabeça.

Depois olhei para Kaique. Apoiou a mão no ombro da amiga, num ato de conformidade e força. Mas até mesmo o rosto mais bonito do acampamento, estava cheio de decepção.

— Luka! – Exclamei o nome do filho de Zeus. Minha voz se misturou ao choro. — Diz que não é verdade!

Os seus olhos azuis se encheram de tristeza. O rosto pálido e largo, ficara tão nublado como o céu de uma tempestade.

— Mas que droga! – Puxei meus cabelos novamente. Inspirei. Expirei. O ar me escapava. — Perdemos a Luara. Perdemos ela...

Atty parecia reconhecer a minha dor naquele instante. A captura de Luara lhe abalava também. Mas logo lembrou-se do seu desprezo pelos garotos e me encarou furiosa.

— Isso não é da sua conta! – Retrucou, com seu punho cerrado. — É um assuto particular. Pertence a deusa Artemis, as caçadoras e a Guarda-heroi...

— E agora a mim! – Gritei. Dioniso me olhou assustado. — Mas que droga, ela é minha amiga! Ela não merece isso...

— Vamos encontrá-la, Yushami – Hanks respondeu, com a última gota de fé que preenchia sua voz calorosa.

— Como?1 – Respondi, choroso. — Como vamos salvar a única filha de Artemis, senhor? A minha melhor amiga, a minha irmã mais nova. Como vamos tirá-la da mão de um grupo de lobisomens e uma bruxa?!

— Vamos contatar a deusa! – Atty pronunciou, calma. — Ela nos guiará como a lua cheia guia-nos pelas florestas escuras.

Florestas escuras. Luara. lobisomens. Bruxa. O ar fugia de meus punhos, respirava fundo contando até dez. Maldição. Ares. Jake Heyes. Machucado. Monstro!
— E-Eu vou atrás dela! – Apontei à porta. — V-Vou achá-la. Vou matar a bruxa. Vou matar todos aqueles lobos!

Yushami Thunder e a Maldição de AresOnde histórias criam vida. Descubra agora