Conspiração Em Porto Real

1K 78 1
                                    

Ele tinha que admitir que estava com um pouco de pânico

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ele tinha que admitir que estava com um pouco de pânico.
Aquele louco teria matado Rickard e Brandon se ele e Elia não tivessem agido a tempo.
O que ele poderia fazer consigo?
O que ele queria?
Seja lá o que for, ele sabia que poderia dar tudo errado.
–Com licença. Sou Robert Baratheon, o rei Aerys me convocou.
–Oh, pode entrar meu Lord.
Robert foi guiado até a sala do trono e se curvou.
–Você está diante de Aerys da Casa Targaryen, Rei Dos Sete Reinos, Protetor Da Fé Dos Sete e Guardião De Westeros.
–Meu rei. -disse Robert, sentindo um suor frio descendo pelas costas.
–Então rapaz. Me explique que história é essa do meu filho fugindo com a sua noiva.
Robert juntou todo o autocontrole que tinha e procurou o tom de voz certo.
–É a verdade sim, meu rei. Eu vi.
Aerys levantou a sobrancelha.
–Conte mais.
–Eu recebi uma carta. Essa carta era da própria Lyanna, enviada para Rhaegar, falando sobre a fuga. Para comprovar a história eu e alguns homens de confiança ficamos escondidos no lugar combinado. Eu vi quando seu filho apareceu com o cavalo e Lyanna, com um sorriso no rosto, subiu na garupa dele e ambos fugiram juntos, acompanhados de três guardas.
–Espera, aqueles três idiotas são cúmplices?
–Se o meu rei se refere a Sir Gerold Hightower, Sir Oswell Whent e Sir Arthur Dayne, sim senhor, eles são cúmplices de Rhaegar sim.
–AQUELES IMBECIS! -gritou Aerys, jogando uma taça contra a parede.
Robert esperou até que Aerys parasse de esbravejar.
O rei olhou para Robert desconfiado.
–E devo presumir que você, com a fama que tem, não fez nada? Você ficou parado assistindo sua noiva fugir com meu filho e deixou por isso mesmo? Eu duvido muito que isso tenho acontecido pelo que ouço falar do seu temperamento.
–Oh, mas eu não fiquei parado meu senhor, eu me vinguei.
Aerys o olhou interessado.
–Como?
–Eu convoquei meus aliados e tivemos uma conversa séria. Eu rompi meu contrato de noivado com a Casa Stark e fiz Rickard Stark deserdar sua filha prostituta. Lyanna agora é uma filha desgraçada, sem nenhum direito no Norte. Não vai haver apoio de nenhum nortenho a Rhaegar e Lyanna.
–Só isso? -Aerys parecia quase decepcionado.
–O resto meu rei, é de sua inteira responsabilidade.
–Minha? -ele ergueu a sobrancelha desafiadoramente.
–A minha aliança de noivado era com a Casa Stark e não com a Casa Targaryen. Da minha parte, tudo está esclarecido e resolvido. Eu não irei mais me casar com aquela mulher. Já a dor de cabeça creio que fica agora com o senhor. Pois as casas Baratheon e Stark estão lavando as mãos e se retirando em relação a eles. Agora só há uma pessoa que pode lhes dar algum apoio. Você, Vossa Graça. Não há ninguém mais por eles. Como líder da Casa Targaryen Rhaegar e Lyanna são agora sua responsabilidade. Eles são seus para fazer o que quiser. Se o senhor decidir os apoiar, apoie.
–Você aceitaria isso? Eu apoiando Rhaegar e Lyanna?
–Meu rei, sinto que devo ao seu filho. Ele me salvou de um desastre. Imagina se eu me caso com aquela mulher sem saber que ela é uma vadia? Eu só peço que tome cuidado com eles Vossa Graça. Sabe-se lá que tipo de traição pessoas como seu filho e a amante dele são capazes de cometer.
Aerys ficou pensativo por um instante olhando para Robert.
Robert esperou, se mantendo firme e controlando a expressão para não denunciar seus pensamentos.
–Diga-me rapaz. Quanto era o dote de Lyanna Stark?
–10.000 moedas de ouro, meu rei.
–Só isso? -Aerys disse, perplexo.
–Sim.
–Que aliança merda você foi arrumar, hein menino!
–Não posso discordar, meu rei.
–Ei você aí. Busque 20.000 moedas de ouro. Agora!
O rapaz saiu correndo.
Em instantes o homem voltou com o baú cheio de ouro.
–Tome aqui. Leve o preço de duas Lyannas e não quero ouvir reclamações sobre aquele idiota do Rhaegar.
–É muita generosidade de sua parte, Vossa Graça.
–Certo. Pegue seu dinheiro e suma da minha frente. Quanto a aquele imbecil e a cadela, eu vou lidar com eles.
Robert saiu do castelo satisfeito.
Arrumou suas coisas e estava indo embora da cidade quando um homem o abordou.
–Ei, quero falar contigo!
O homem puxou Robert para um lugar mais escondido.
–O que seria?
–Eu sou Lucerys Velaryon. De Derivamarca.
–Ah, sim. Entendo. Pois que assunto o senhor deseja falar comigo?
–Eu sei o que estão planejando.
Robert quase gritou um "O que?" mas se controlou a tempo.
–Varys não é o único com uma teia.
–O que o senhor quer?
–Basicamente? Eu quero ser rei!
O Baratheon o olhou como se fosse louco.
–Quando chegar a hora de destronar os Targaryen, pois sei que vão fazer isso, vocês me apoiam. Eu serei o rei das Terras Da Corôa. Assinarei com todos vocês um pacto de não agressão e livre comércio. Em troca, minha marinha será sua quando chegar a hora.
–Você está falando sério?
–Sim. Você acha que eu não estou me cansando de Aerys também?
–Mas está disposto mesmo a lutar contra ele?
–Eu tenho olhos. Aerys fez de tudo para perder o apoio do Tywin. Elia pegou os filhos e foi para Dorne. Os Tyrell só precisam de um pequeno estímulo para abandonar o barco também. A dinastia dos dragões está afundando por culpa de Aerys e Rhaegar e o resto ou foge para outro navio ou afunda junto. Eu escolhi o outro navio. Topa?
Robert estendeu a mão.
–Bem-vindo ao redil, futuro rei Lucerys.

A Vingança De Robert Baratheon Onde histórias criam vida. Descubra agora