EP20 Ciclo

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[38 págs. 9040 palavras]

- PORSCHE -

Passamos o terceiro dia na floresta vagando. Felizmente, o sol está brilhando hoje e não está tão nublado quanto nos últimos dois dias. Continuei andando pelo caminho, ja que estou liderando hoje, sem ouvir a objeção selvagem de Kinn, que está seguindo atrás de mim.

Eu não vou ser tolo e deixar ele guiar novamente. Se o deixar no comando, não vamos sair daqui nesta vida.

"Acho que é pela esquerda." Kinn apontou para a esquerda. Eu balancei a cabeça e imediatamente virei à direita. Não dou mais a mínima para as especulações dele, não vou mais ser vítima disso.

"Por que você não acredita em mim?" Ele disse em resignação, mas ainda continuou a seguir atrás de mim.

"O sol está quente." Mesmo na floresta onde é fresco o tempo todo, caminhar com toda a sua energia e usar seu cérebro em sua capacidade total pode fazer a pessoa suar muito.

"Vamos fazer uma pausa, ok?" Kinn diminuiu a velocidade e puxou a bainha da minha camisa antes de cair e se sentar em um tronco sob uma grande árvore. Eu suspiro antes de parar e ficar olhando para ele.

Eu também posso sentir o cansaço subindo pelo meu corpo, mas descansar agora não vai nos levar a lugar nenhum. Em mais algumas horas, o céu ficará escuro novamente.

"Venha sentar aqui." Kinn bateu em suas coxas gentilmente como se tentasse me converncer a sentar em seu colo, então eu rapidamente levantei minha perna.

"Você quer meu pé?"

"Hui, por que você está ficando tímido por sentar no meu colo? Ontem à noite você dormiu comigo até de manhã." Ele sorriu maliciosamente me fazendo levantar meu dedo do meio para ele. Se não fosse o frio e meu medo de fantasmas, isso nunca aconteceria.

"Venha aqui.. na..na.." Ele simplesmente não iria desistir, não é?

Ele rapidamente estendeu a mão e puxou meu pulso para me fazer sentar em seu colo e conseguiu. Sentei-me de costas quando ele passou os braços em volta da minha cintura e enfiou o rosto nas minhas costas. Tentei me levantar, mas quanto mais eu lutava, mais ele me segurava.

"Me solta!"

"Fique quieto, eu preciso recarregar." Do que diabos ele está falando?

"Me solte! Maldito Kinn!"

"Ai!" Eu posso ter lutado um pouco fazendo Kinn cair do tronco onde ele está sentado. Mas é bom que seja um tronco baixo pois quando ele tropeça, ele me puxa junto com seu braço enroscado fortemente em mim e caio rolando por cima dele. Aterrissei com o rosto em seu peito e envergonhado, me levantei apressadamente e me recompus.

"O que está fazendo idiota?" Eu gritei xingando Kinn que está deitado em seu braço torcido.

"Meu braço dói!" Ele disse e gritou. Eu só fiquei ali parado rindo sem saber o que fazer.

"Huh." Olhei para ele com as duas mãos na cintura.

"Está doendo, meu braço raspou em um galho." Ele parecia um porco moribundo, então eu me agachei para dar uma olhada em seu ferimento.

O guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora