2. Na torre

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Harry James Evans-Potter POV

Estar no mesmo local que a pessoa que você deveria odiar não era o que eu planejava para esta noite.

Vamos lá:

Eu filho de James Potter e criado junto com meu padrinho Sirius Lupin, as antigas pessoas que infernizaram a vida dos professores, deveria continuar o legado dos Marotos.

Sempre amei a festa de boas vindas porque era a única festa que se fazia na sala do subsolo.

E nunca tinha problema já que as paredes eram encantadas para abafar o som de cada corredor que se conectava.

Os que ficam de ressaca até amanhecer agradecem.

Voltando para a questão de Draco Malfoy que sei que estão ansiosos.

É eu sei que vocês leitores existem, mas vamos deixar essa questão para depois.

Conversar com ele como um velho amigo é meio estranho. Nós meus cálculos podemos estar a quase uma hora sentados na beira da torre só sentindo a brisa.

Se meu pai tivesse num túmulo com toda certeza ele estaria se remexendo.

Malfoy e Potter não eram sobrenomes que se misturam, mesmo sendo dois nomes famosos no mundo bruxo.

E quando eu o conheci pela primeira vez não foi aos 11 anos em Hogwarts, isso era uma lembrança que eu não deixaria de esquecer.

Só que definitiva para nós dois não sermos amigos foi quando ele destratou meu melhor amigo.

Ron não era inferior só por sua condição financeira.

E isso me infureceu na hora e a partir dali não dei brechas para uma futura amizade.

Ao olhar ele agora não parece ser aquele menino chato com o cabelo cheio de gel.

Como um instinto o loiro vira a cabeça em minha direção também.

Já se passava do horário para voltar ao dormitório e eu deveria já que está frio aqui em cima.

A uma brisa batendo no meu rosto e eu me sinto meio... voando.

Tomei muito daquela vodca que os Gêmeos trouxeram.

– Isso é errado pra você? – Ele pergunta.

– O quê? Seja específico.

– Está aqui com alguém que você odeia, no caso eu.

Como eu poderia explicar que eu não odeio ele e só odeio o que ele representa?

Os Malfoy's não tem a fama de serem amigáveis e legais. Draco deixou isso claro nos seus primeiros três anos.

Mas mudanças acontecem.

E ele mudou... Eu acho.

– Eu não te odeio – falei sem rodeios.

Acabar com uma intriga de 6 anos em uma noite com as duas pessoas aparentemente bêbadas me parece bom.

– Nem eu – responde.

– Não aconteceu nada, isso é novidade em meio há isso tudo.

– O que quer dizer?

– Pensei que no dia quando um Malfoy e um Potter não se odiassem mais o mundo acabava.

– Odiota – Revira os olhos e se vira para o outro lado evitando o contato visual.

Sorri com o final da conversa sem sentido de ódio recíproco.

++

Quando o cansaço me tomou em juntei forças para levantar de lá.

E observei que Draco ainda estava lá comigo e não estava acordado.

Já estava no mundo dos sonhos.

Não vou deixar ele aqui enquanto pode ser pego por aquela gata X9.

Talvez eu me arrependa, mas isso ninguém vai saber mesmo.

Me abaixei pegando ele no colo e ele cruzou as pernas na minha cintura como automático.

Tentei ser o mais discreto possível durante a caminhada com um loiro pesado nos braços e uma capa da invisibilidade por cima.

Agora era só entrar nos corredores do subsolo e ir para a comunal da sonserina.

Tirei a minha capa e conseguia ouvir apenas a respiração calma do loiro.

Nenhum de nós tinha total consciência do que estávamos fazendo e provavelmente eu esqueceria isso ao acordar para as aulas.

Minha mãe estaria feliz se soube que a minha rivalidade com o malfoy teria acabado.

Provavelmente minha família irá mandar cartas amanhã de manhã, então vou aproveitar e contar a ela.

E todos vão saber depois.

Lilian Potter é uma Maria fifi, mas quando se trata de mim ela só ri e diz que não vai contar a ninguém.

Consegui entrar na direção certa e agora a pergunta.

Como caralhos eu vou entrar na comunal das cobras sem a senha?

Me parece uma boa opção deixar ele aqui na porta... ou não.

O silêncio acabou quando ouvir passos se aproximando.

Encurralado era como eu estava.

– Nem nos meus piores pesadelos eu imaginaria ver Harry Potter carregando o meu melhor amigo – anuncia Pansy quando se aproxima.

– Você poderia me ajudar levando ele para a comunal, que tal?

– Sua sorte é que eu não bebi por causa da Mione se não eu tava pior que ele – Falou rindo.

Depois de dito isso ela vai ao quadro e sussura a senha para que eu não possa ouvir.

Com um aceno na mão ela me chamou para entrar.

Entrando eu percebi que tinha pouca movimentação lá. Das duas uma, ou ainda tinha gente na festa ou estavam em seus dormitórios.

Durante o caminho ao dormitório masculino não se teve qualquer tipo de conversa entre nós.

Duas pessoas em silêncio e uma dormindo que nem uma pedra.

Pansy abriu a porta me ajudando a colocar o Draco em alguma posição confortável.

Ele pareceu perece que mudou o local que estava e se remexendo na cama, o que me fez sorri pela cena.

– Ele é manhoso, ignore – A de cabelos pretos me puxa para sair do quarto – Obrigada.

– De nada, eu vou indo agora – dei tchau e fui para minha comunal.

Tá tudo muito estranho em meu corpo agora.

Agora são 3 da manhã e eu não vou conseguir tirar Draco Malfoy da minha cabeça.

Essa noite foi estranha.

Isso tudo é estranho.

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Olá minhas borboletinhas,

Eu voltei e com tudo.

Obg por sempre estarem cmg e eu sempre estarei por vcs

Mas enfim, gostaram do Harry sendo fofo?

Olha que isso vai ser bem raro...

EveVerso ama vcs e eu tbm

Bjs da Eve Black
Até a prox Att

Querido diario, || ᵈʳᵃʳʳʸOnde histórias criam vida. Descubra agora