Capítulo 1: Início de um sonho

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(Vitor)

Senti o suor brotar na minha testa e tive que abrir e fechar a mão esquerda por que ela se recusava a parar de tremer. Ela está parada na minha frente parecendo um furacão de tão linda enquanto me encara de baixo. Os olhos se concentram em minha mão direita quando levantei um buque com 12 rosas brancas, o primeiro dinheiro que fui egoísta pra tirar de meus planos. Mas ela merecia.

Laura Senna merecia tudo, mas eu não tinha dinheiro pra dar muito a ela.

- E então....

Sua voz angelical (um tanto mais profunda que as de outras garotas) soou preguiçosa, as falas se arrastavam pelo meu cérebro feito um eco e eu senti meu corpo se despertando. Não! Não quero acordar, quero ficar aqui mais um pouco...

Eu limpei a garganta e estendi o buque na cara dela, as flores quase acertou seu rosto e eu tremi de vergonha. Me apressei a falar ou então, senti que ia passar mais do que uma única vergonha.

- Eu não tenho o dinheiro que seu pai tem, mas eu trabalho e estou juntando um dinheiro para a faculdade... daqui a 7 anos, 2 meses e 3 dias, eu estarei com dinheiro o suficiente para lhe dar uma vida digna e....

Senti as gotas de suor escorrendo no rosto até chegar a gola de meu terno alugado, escolhi o smoking, pois Laura uma vez disse que achava homens com ternos de três peças maduros e sexys.

Ela agora não parecia me achar nada sexy quando encarou o buque e o afastou com um dedo.

Mesmo assim tentei não me acovardar, afinal foi "ela" quem me chamou para ser seu par no baile de final de ano, todos viram quando ela fez o maior alarde me convidando a ser seu par, no pátio do colégio, e fomos o assunto das duas últimas semanas de aula. Claro! Eu sendo o: Coitado e ela a:Generosa, Benfeitora.

Mas não me importei com nada disso, afinal dançamos a noite inteira e ela até riu de algumas piadas que eu disse naquela noite, então eu estava feliz igual pinto na merda.

Até não estar mais...

Ela me encarou de cima abaixo e bufou com desdém.

- Hey Vitor, você não está fazendo o que eu acho que está, não é?

Não sabia o que dizer, olhei para os lados em busca do motivo dela estar rindo, e abaixei o buque ao notar que ela estava rindo "de mim".

- Não! Claro que não!...O que acha que eu estou fazendo...?

Perguntei acanhado, levei a mão esquerda até a armação do óculos que já escorregava no meu rosto.

- Bem, é que me pareceu que você estava me chamando pra sair...

Travei na hora.

Era exatamente isso que eu estava fazendo.

- E você aceitaria?...

Mesmo vendo os sinais de alerta, fiz a tentativa, minha voz vacilou quando meu olhar encontrou o dela que ainda estava rindo, ela parou de rir e disse simples e categórica.

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