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Os mugiwaras ancoraram numa ilha conhecidíssima pela celebração do dia dos namorados

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Os mugiwaras ancoraram numa ilha conhecidíssima pela celebração do dia dos namorados. Por incrível que pareça, no dia em que ancoraram, os cidadãos do Reino Heart celebravam a data festiva. As casas de tijolos com janelas de madeiras eram cobertas de flores, principalmente rosas, a ponto de existir um jardim, que não havia ali. Na verdade, a cidade era toda coberta de flores nessa época do ano e Chopper não conseguia sentir outro cheiro, senão o doce daquele perfume. Por conta disso, preferiu ficar no navio junto de Usopp e Nami, que já haviam passeado pela manhã e se divertiram horrores. O passeio foi mais para saber se a ilha era segura e também para encontrar o capitão, que se lançou ilha adentro atrás de aventuras. Mas, sem os dois perceberem, andavam de mãos dadas e trocavam sorrisos. Nami chegou no navio com uma flor nos seus cabelos alaranjados e Robin perguntou intrigada se ela havia ganhado a flor de alguém, fazendo a ruiva corar e inflar as bochechas logo em seguida. Porém, correu em direção a Robin para dar um abraço bem apertado, sentia muita vergonha e a outra notou como estava vermelha. Compreendendo tudo, Robin alisava o topo da cabeça ruiva, dizendo que se não quisesse falar, estaria tudo bem. Mas era fofo vê-la sem graça, que não conseguia deixar de provocá-la.

O sol se pôs e Luffy ainda estava desaparecido. Portanto, Franky, Robin, Zoro e Sanji resolveram dar uma olhada e talvez trombar com alguma confusão que o capitão estaria com certeza envolvido. Brook ficou no navio com o resto, isso foi decidido no último segundo. Usopp disse que alguém forte precisaria ficar no Sunny e Franky concordou veemente, mas ele planejava passear com Robin e, para quebrar esse galho, Brook se ofereceu a ficar, embora quisesse conhecer a música alta que saia da cidade e, quem sabe, algumas mulheres.

Portanto, os quatro que sobraram caminhavam juntos e se desviavam toda hora de uma pessoa, muitas vezes bêbada e com o rosto marcado de batom. Sanji notou algumas mulheres bonitas, mas ele não podia sair de perto de Zoro, porque iria se perder como já havia acontecido com Franky e Robin. Os dois sumiram do nada e quando Sanji percebeu, estava com aquele maltrapilho ao seu lado. Ainda bem que havia flores por todo canto, porque tinha certeza que o marimo não tomava banho há 4 dias.

— Como você pode dizer com tanta precisão que não tomo banho há 4 dias? - Zoro resmungou depois de ver seu companheiro de bando dando mais um piripaque. Sanji olhava por todos os lados esperando ver sua Robin-chawn naquela muvuca, mas não a encontrava, nem Franky e, muito menos, Luffy. Zoro notou aquele semblante preocupado, que volta e meia aparecia, surgir no rosto do cozinheiro. - Eles estão bem, cozinheiro. - Colocou uma mão em seu ombro e o empurrou para um banco que havia acabado de ser desocupado.

Sanji respirava fundo, quando Zoro se sentou ao seu lado, tentava se acalmar. Os dois ficaram quietos e passaram a observar a folia. Casais dançavam uma dança estranha com o acordeão tocado de uma forma que não estavam acostumados a ouvir. As pessoas falavam alto e bebiam demais. Em um momento, Zoro conseguiu roubar uma garrafa da bebida local de um cara que passava à sua frente. O idiota estava bêbado demais e não notou. Mas as pessoas também comiam muito e Sanji se perguntou se Luffy poderia estar numa dispusta. Lá no alto, a lua brilhava e era lindo vê-la juntamente aos jovens que apenas andavam de mãos dadas e olhavam o outro pelos cantos de seus olhos, só para acreditarem que seu companheiro era real e estava ali.

— Cozinheiro.

Sanji levou um susto com a voz grave de Zoro, estava tão hipnotizado com a felicidade das pessoas, que havia esquecido do marimo. - O quê?! - Disse no seu tom rabugento.

— Seu casamento foi assim? - Voltou a bebericar aquela bebida estranha, mas gostosa.

Sanji fez questão de limpar os ouvidos para ter certeza se não ouvira coisas. - O que disse?!

— Se o seu casamento foi assim!!!

— Por que essa pergunta agora, marimo?!

— Sei lá, eu só pensei que tudo isso se parece com um casamento e pensei se o seu poderia ter sido assim. - De alguma forma, o rosto do marimo estava corado, mas Sanji acreditou que fosse a bebida.

— Bem... - Resolveu responder. - Era pra ser assim, mas... no final todo mundo podia morrer.

Zoro gargalhou. - Sua noiva, qual era o nome dela?

— Era Pudding!!! - Sanji falou com o seu sorriso gentil e com sua voz suave. Zoro sentiu um incomodo, mas pensou que não havia mal se ele estivesse bem.

— Ela é legal?

— Sim, me ajudou a fazer o bolo e a salvar nosso capitão.

Sanji passou a fitar o céu ainda com o sorriso gentil e Zoro tomou o último gole da bebida. - Saquê é melhor do que isso.

O outro piscou os olhos azuis e nostálgicos, voltando para a realidade. - O que disse?

Assim que Sanji virou o rosto para o marimo, ele sentiu um toque úmido em seus lábios. Zoro estava lhe beijando e de alguma forma o cozinheiro não o empurrou e nem fugiu. Na verdade, deu passagem para a língua quente e voraz de Zoro dominar a sua.

— Saquê é mais gostoso, não é mesmo? - Zoro perguntou assim que se separou do companheiro, enxugando a boca com o antebraço, que levou alguns segundos para entender.

Sanji riu com a ironia, ele achava que sentiria o gosto de saquê quando o beijasse pela primeira vez.

— Sim, saquê é melhor.

— Talvez eu deva te dar outro, então.

— Com saquê dessa vez.

— Sim.

Gosto de SaquêOnde histórias criam vida. Descubra agora