Eu tinha 12 anos quando minha mãe morreu de câncer.
Meus tios me levaram para morar junto deles e me disseram que receberíamos uma boa quantia em dinheiro do seguro de vida da minha mãe e com isso moldariam o meu futuro.
Fui roubado por eles. Levaram quase tudo e só me restou o que consegui sacar antes, uns 10 mil dólares.
Consegui manter essa grana toda até entrar na faculdade, trabalhando em bicos por ai, mas tudo acabou. Estou sem nada. Estou vivendo de moedas que consigo quando vendo latinhas amassadas ou algumas garrafas pet's.
Hoje eu faço 20 anos, ou seja, entrei na vida adulta. Consegui comprar um pão e uma caixa de fósforos, dessa vez vai ter bolo.
"Seria melhor eu nunca ter nascido..." eu pensei, mas...
"Parabéns pra mim..." (lagrimas caem enquanto o vento frio da janela apaga o fósforo/vela que estava no pão.)
TOC, TOC, TOC.
"Quem é? Já é meia noite." Respondi enquanto abria a porta.
Duas lindas mulheres me reverenciaram subitamente.
"Feliz Aniversário, Senhor Cesarini!"
"Quem? Aqui não tem nenhum Cesarini, só um Reed."
As duas moças sorriram e me entregaram o que parecia ser um iPad dourado. Assim que toquei na tela uma filmagem de um homem velho apareceu.
"Se esta vendo isso então significa que já é seu aniversario. Parabéns, Marcus. Estou te dando um presente bem humilde. Uma empresinha que veio de geração em geração. Não é muito, mas espero que com isso você possa parar de catar latinhas e garrafas por ai. Boa Sorte, Filho."
"Que? É alguma pegadinha?" falei confuso demais pra entender o que estava acontecendo.
"Esse era seu pai, nosso antigo patriarca. Ele nos ordenou a vir aqui informar que assumirá a chefia da família e da empresa e que nós, a partir desse momento, somos suas secretarias pessoais." A mulher de cabelos vermelhos como fogo disse, sem hesitar.
"Peço perdão pelo horário, mas nós devíamos vir no instante em que entrasse na vida adulta." Disse a mulher de cabelos negros como a noite.
"Certo. Caleb mandou vocês aqui? Já esta meio tarde pra pegadinhas, não acham?"
Eu já estava cansado das pegadinhas de Caleb. Ser o líder do dormitório não te faz superior aos outros.
"Caleb, senhor patriarca? O líder do dormitório? No momento ele está numa festinha numa casa de praia ao leste daqui."
"É, eu sei. O dormitório esta vazio por causa disso e eu já pedi pra parar com essa pegadinha. Patriarca? Senhor? Não sou criança. Sei bem que isso não passa de alguma idiotice." Falei com raiva.
"Peço perdão por isso, senhor patriarca. Isso não é uma pegadinha ou algo assim. Iremos nos apresentar ao senhor."
"Eu me chamo Alice Crammer." Disse a mulher de cabelos vermelhos enquanto me reverenciava.
"Eu me chamo Anna Monroe." Disse a mulher de cabelos negros enquanto me reverenciava.
"Eu não entendi nada disso. Não era uma pegadinha? Devo procurar câmeras? E esse velho, quem é?" me inundei de perguntas e não fazia ideia do que fazer ou de como reagir.
"Posso lhe contar sobre sua família, senhor patriarca?" disse Anna.
"Ok, fala ai. Vamos ver onde isso vai dar. Já nem me importo mais, vou ser caçoado de qualquer forma mesmo." Falei enquanto suspirava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Sucessor
Historical FictionMarcus, um universitário, passa o dia catando lixo nas ruas para trocar por moedas enquanto é humilhado por todos a sua volta. Um dia ele descobre que deve assumir um império que detém 2/3 da riqueza mundial. Como alguém como Marcus vai lidar com is...