-À muito tempo atrás-
O sol iluminou o quarto e eu despertei. Olhei para o lado e vi minha maravilhosa esposa. Adorava como essa palavra soava. Esposa. Minha esposa.
Mary e eu tínhamos acabado de nos casar e tinha duas semanas que passamos a viver juntos.
Nossas famílias eram muito amigas e também muito ricas. Desde pequeno eu já conhecia Mary e nossos pais viram que eu e ela tínhamos futuro., Desde então, eles sonhavam nos ver casados um dia.
Eu tinha 16 anos e esperei Mary completar 15, para em seu baile de aniversário, pedi-la em casamento. Foi uma festa ótima. Tinha música, comida, os conhecidos. Então, quando foram fazer um brinde para Mary, eu quis dizer algumas palavras. No final do meu discurso, eu me ajoelhei e tirei uma aliança de um dos meus bolsos. Coloquei em sua delicada mão e subi meu olhar para seu rosto. Ela estava emocionada, com um lindo sorriso no rosto e algumas lágrimas caiam. Levantei-me e falei em seu ouvido para que só ela pudesse ouvir.
--Case-se comigo e me faça o homem mais feliz desse mundo, minha doce Mary.
Ela só acenou com a cabeça. Sequei suas lágrimas e abracei-a. Levei-a para nossa primeira dança, e o resto do salão nos deu espaço, formando um círculo em volta. Começou a música e, para mim, não existia nada além de nós dois. Tudo em volta perdia o foco quando estava com meu amor, e, naquela dança, tive certeza que nada no mundo podia nos separar. Ou quase nada.
Dois anos depois nós nos casamos. Nossas famílias ficaram nos pressionando para nos casarmos logo, mas não queria obrigar Mary a fazer algo que ela não queria. Então curtimos o nosso noivado por um tempo. Quando tivemos certeza que era a hora, marcamos o casamento e, diante de Deus, nossas família, amigos e conhecidos, selamos o nosso amor. Eu me senti completamente realizado e, embora o casamento tenha, em parte, sido arranjado, eu tinha certeza que o eu sentia por Mary era amor.
Levantei-me e fui preparar um café para mim e minha esposa. Nós tínhamos uma copeira que me ajudou a preparar tudo. Assim que a mesa estava posta, fui acordar Mary. Cheguei no quarto e encontrei a cama vazia. Ela não estava no quarto. Fui procurar no resto da enorme casa, mas não precisei ir muito longe. Ela estava descendo as escadas. Corri e alcancei-a, virando pra que ficasse de frente pra mim e depositei um beijo casto em sua boca carnuda.
--Bom dia, meu amor. -Ela disse sorrindo.
--Bom dia. Venha. -Disse, pegando sua mão e levando-a para a mesa. Sentamos um de frente pro outro e começamos a comer em silêncio. De repente, Mary levanta-se e corre pro banheiro, começando a vomitar. Sem saber o que fazer, chamei Lucy, a copeira. Assim que chegou e viu Mary naquele estado, ela corre pra ajuda-la.
--Lucy, o que ela tem? O que posso fazer pra ajuda-la?-Eu perguntei aflito.
--Eu não sei, senhor Mason, mas o senhor não pode fazer nada agora.
Saber que eu não podia fazer nada me irritava. Não gostava de me sentir inútil.
Assim que Mary parou de vomitar, ela se sentou. Estava pálida.
--Lucy, vá buscar um copo de água pra Mary. -Eu pedi indo para perto de Mary.
--Sim, senhor. -Lucy levantou-se rapidamente.
Eu abracei Mary e afaguei suas costas e seus cabelos.
--Você está melhor? -Perguntei olhando em seus olhos. Ela acenou afirmativamente.
Logo Lucy chegou no banheiro com o copo de água e Mary foi voltando á cor.
O resto da semana foi assim, Mary passando mal e eu cada vez mais preocupado.
Não aguentando mais, falei tudo isso pra Lucy.
--Senhor, será que eu poderia falar com a senhora Mary?-Lucy perguntou-me.
--Claro, se ela quiser falar.
Então ela se retirou. Lucy era uma senhora viúva, baixinha e rechonchuda de meia idade. Ela tinha dois filhos, e quando seu marido morreu, não tendo do que se sustentar, ela começou a trabalhar pra minha família. Seus filhos cresceram e começaram a trabalhar, formaram família e agora são totalmente independentes. Eu tinha mais dois irmãos pequenos muito arteiros, que não paravam de aprontar, então, quando eu e Mary nos casamos nós decidimos traze-la para morar conosco, já que teria menos trabalho.
Lucy e Mary ficaram conversando por mais ou menos uma hora. Quando saíram, Mary sentou-se ao meu lado no sofá e Lucy ficou á minha frente.
--O que foi?-Perguntei achando estranho.
--Senhor,--Lucy falou-- a sua esposa pode estar grávida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Sol
ParanormalPLÁGIO É CRIME! NÃO CAIA NESSA! PENA DE TRÊS MESES ATÉ UM ANO OU MULTA! Alguns contos adicionais com os personagens que tanto amamos. Livro bônus de A Lua. Espero que gostem. Bjuux *-* da Veve