Capítulo 6 - Fazendo trabalho em grupo.

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Aí está mais um capítulo. Lembrando que essa história eu postei no Nyah em 2012. E agora estou trazendo para cá. A minha ideia é deixar essa história apenas por aqui. Vou postar igualzinho fiz por lá. Devo colocar até o capítulo 10 hoje. 

Capítulo 6 - Fazendo trabalho em grupo.

Eles chegaram na sala de aula e Quinn já conseguiu arrumar um lugar ao lado dela para Rachel sentar. Enquanto Santana fez o mesmo com Brit e Puck sentou atrás de Quinn. Para as irmãs Fabrays isso era uma tortura deliciosa do qual elas não trocavam por nada neste mundo e repetiria por toda a eternidade se elas pudessem dizer algo a respeito.

Rachel ficou observando todos os detalhes da sala, desde a decoração das paredes aos alunos e foi vendo quem era considerado nerd, o excluído e o mais popular na sala. Ela sabia que saber analisar, e Observar e estudar era importante em sua carreira tanto como atriz quanto cantora, pois ela teria que saber escolher os personagens e as letras das músicas.

"Oh está com rosto sério e distante. Mas ela não está triste, então deve ser alguma lembrança. Será que se eu mexer com ela, ela vai achar ruim. Ah, como é duro ser inexperiente no amor e suas formas de amar. Ela pode pensar que sou maníaca, doente, louca, obcecada por ela, já que nos conhecemos ontem à noite? Como dizer a ela que não é cedo porque somos eternamente ligadas e que por isso temos essa conexão inexplicável? Que sempre ficamos juntas desde o início dos tempos? Que dividimos a mesma alma?". Quinn pensou enquanto olhava para frente.

Puck e Santana iam tirar sarro de Quinn quando o professor chegou. Depois de cumprimentar os alunos e colocar a pasta em cima da mesa, ele viu que tinha alunas novas. Ele pediu para Brit e Rachel se apresentarem e dizerem de onde elas eram. Elas disseram que eram de Nova York e quase toda a sala ficou admirada e surpresa.

"Eu tinha pensado que a nova aluna gostosa fosse inteligente, mas quem ia trocar uma cidade grande por essa cidade? Mas para mim não precisa ser inteligente mesmo. Eu só quero uma mulher para cuidar da casa, de mim, e que me dê muitos filhos". Finn disse olhando para Rachel.

Rachel até tinha achado o rapaz bonito, atraente, mas esse comentário foi horrível e totalmente sem razão de existir. Ela chegou inclusive a torcer a cara por esse comentário. Esse gesto foi visto pelos irmãos Fabrays que estavam adorando ver Finn sendo o velho babaca de sempre e arruinando qualquer chance de ter algo a mais que amizade com Rachel.

Santana achou melhor intervir. Ela não era muito boa em ajudar as pessoas, mas agora era necessário, já que Finn estava mexendo com a cunhada dela. E Satã nunca ia permitir isso, ainda mais na frente de vários outros colegas. O seu lado lobo estava exigindo uma providência, uma vingança.

Santana por não ser alguém que levava desaforo para casa, e estava adorando as ideias que seu lobo estava dando a ela, mas ela sabia que aquele tipo de vingança era melhor a sós: só ela e o babaca.

Santana tentou controlar um pouco a sua ira para não assustar nem a cunhada dela, nem a mulher dela e falou em um tom que qualquer um que a conhecesse percebesse que estaria em sérios problemas com ela se revidasse falando qualquer outra coisa. "Quem é você para insinuar que Rachel é burra ou qualquer outra coisa? Que eu saiba você a conheceu hoje, então não a julgue sem saber os motivos que a fizeram vir de Nova York para cá".

"E mesmo se você a conhecesse a vida toda... O que ela fez ou deixa de fazer com a vida dela não lhe diz respeito. Ela não lhe deve satisfação do que tem que fazer ou não". Quinn disse extremamente séria e olhou fundo nos olhos de Finn que deu com os ombros.

"O que? Para mim tanto faz". Finn disse e ouviu as meninas suspirarem no fundo da sala e algumas soltando frases do tipo: "Sortuda, quem me dera ser a mãe dos filhos dele", ou "Ele é tão lindo" e ainda "Casa comigo que te dou tudo isso e muito mais".

Quinn, Puck, Santana, Rachel e Brit reviraram os olhos, mas não falaram nada. Rachel agradeceu primeiramente Santana e depois Quinn por ter defendido alguns minutos atrás.

O professor achou melhor intervir antes que acabasse alguém machucado e pediu para a sala fazer dupla com o colega do lado. Mais uma vez, Quinn ficou feliz naquele dia, porque ela iria fazer dupla com a parceira dela. E o lado lobo dela também estava feliz. Quinn percebeu que Santana já tinha inclusive arrumado a cadeira e a mesa ao lado de Brit e ela estava fazendo isso no lado de Rachel, quando Finn apareceu por lá.

"Ei garota. Você quer ser a minha parceira e ter o privilégio de fazer o trabalho todo por mim?". Ele perguntou fazendo a pose que ele sabia que as meninas deliravam, mas essa garota parecia não ter caído no jogo de sedução dele e ele ficou confuso. Ela deveria ser burra ou idiota ou perdedora.

"Desculpa. É Finn, não é? Bem, eu já tenho uma colega de grupo, mas quem sabe em uma próxima oportunidade". Rachel disse educadamente, mas por dentro ela estava rindo da estupidez do rapaz.

"Bem o azar é seu. Eu vou procurar outra garota. Tchau". Ele disse e foi atrás de alguma fã dele.

Quinn tentou disfarçar a sua felicidade, mas não conseguiu por muito tempo. A menina dela tinha escolhido fazer o trabalho com ela. Bem talvez para outras pessoas essa vitória não fosse nada, mas para ela dizia e muito. O lobo dentro dela estava uivando de alegria. Puck e Santana deram os parabéns pela primeira vitória dela sobre o babaca que ela esperava que fosse apenas a primeira de muitas.

Quinn colocou a mesa e a cadeira bem perto da de Rachel e sentindo como se um grande peso tivesse sido tirado das costas dela. "Por um momento eu pensei que você fosse escolher fazer o trabalho com ele". A loira disse para quebrar o clima sério que ficou entre elas.

"Você quer dizer fazer o trabalho para ele não? Muito obrigada, eu prefiro fazer as coisas em conjunto ou sozinha a ter que fazer tudo para outra pessoa se aproveitar. Eu posso ser nova por aqui, mas não estou desesperada a esse ponto a fazer trabalho para alguém que não me conhece, não me respeita e que ainda se acha a perfeição do Universo. Ele pode até ser atraente, mas não. Rachel Berry não será uma típica dona de casa. Eu tenho muitos sonhos e não vou me prender a capricho de homem algum". Rachel disse bufando.

Quinn estava com vários sentimentos naquele momento: tristeza e dor por saber que sua companheira achava Finn atraente, mas também tinha um pouco de esperança já que Rachel tinha dito que queria alguém que a respeitasse e que não a sufocasse. Ou pelo menos tinha sido isso que ela tinha entendido.

"Eu não o acho atraente. Ele é um cara tão babaca que eu não vejo nada demais nele". Quinn disse séria.

"Ele até pode ser atraente, mas eu quero alguém que me ame de verdade, pela pessoa que eu sou. Eu quero alguém que me aceite, me respeite, não me sufoque. E de preferência que seja meu amigo, amante, parceiro e que eu tenha uma verdadeira conexão com esse alguém. E eu não senti isso com ele". Rachel disse pensativa.

"Eu também quero isso Rachel. Eu quero amar e ser amada e não importa se for homem ou mulher. E sim o que essa pessoa sente por mim". Quinn sabia que estava se arriscando, mas ela precisava contar a verdade para a menina dela.

"Eu também penso isso Quinn. O que importa para mim é o amor. Se é puro e verdadeiro não importa se é de homem ou mulher. O importante é eu sentir algo quando essa pessoa me toca, um frio na espinha, na barriga entre outra coisas. E não dá para ser preconceituosa com os meus pais sendo gays e minha irmã preferindo mulheres. Eu só quero ser amada". Rachel disse pensativa.

"Eu também não sou uma pessoa preconceituosa. Eu penso o mesmo que você". Quinn disse e deu um sorriso encantador. A loira estava irradiante. Rachel podia sentir Finn atraente, mas era só isso. Ela não sentia mais nada por ele. E ela não era alguém preconceituosa e queria ser amada e isso ela já era sem saber, mas ela não era uma Fabray se não fizesse Rachel Berry se apaixonar por ela assim como ela era pela morena, nem que fosse a última coisa que ela fizesse.

E assim elas continuaram a fazer o trabalho sem se preocupar com mais nada além do trabalho e uma da outra.

Eternamente Ligadas - FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora