CAP 14

206 25 6
                                    

Juliette chegou ao hospital e já correu pro centro cirúrgico,se lavou na salinha e pois a roupa necessária pra entrar.

- Como ele tá ?

- Mal,o cérebro tá inchando muito. Respondeu Débora

- Ok,vamos abrir o cérebro. Temos que saber o que houve,ele não se queixou de dor ou algum desconforto ?

- Não Dra,ele tava normal. Derrepente ele começou a entortar a boca e babar,tudo indica que foi um derrame. Respondeu Débora

- Certo Débora,crânio aberto. Vamos ver se seu diagnóstico tá certo.

Ju analisou minuciosamente o cérebro do homem constatando o derrame e também um pequeno AVC,se ele sobrevivesse viraria um vegetal. Elas limparam tudo e fecharam a cabeça do senhor,Juliette tava visivelmente abalada e a equipe percebeu. Mas não podia salva-lo ele já tinha tido morte cerebral assim que teve os ataques,agora ela teria que dar a notícia a família.

...

- Licença!

- Dra Freire,como está meu pai ? Perguntou Raul

- Raul eu sinto muito,fizemos tudo que estava ao nosso alcance mas seu pai teve morte cerebral após sofrer um derrame seguido de um AVC. Sabíamos que o estado dele era muito grave,eu também lhe avisei que isso poderia acontecer por conta do avanço da doença. Eu sinto muito mesmo! Ju falou e um nó se formou em sua garganta

- Obrigado por ter tentado Dra,a senhorita foi um anjo em nossas vidas. Sei que está se culpando pela partida dele,mas não se culpe. Você ainda nos deu uma semana pra ficarmos juntos,obrigado por tudo que fez. O rapaz falou e abraçou Juliette

- Não precisa agradecer,meus pêsames Raul. Se precisar de algo é só falar! Julie falou se afastando do abraço

- Eu resolverei tudo Dra,fique tranquila.

Juliette se despediu do rapaz e saiu em direção a seu consultório,era o primeiro paciente que ela havia perdido. Um senhor de 59 anos,esse homem ficaria marcado na memória da morena. Sentia muito por não ter podido fazer mais por ele,porém com a doença no estágio que chegou ao hospital ele precisaria de um verdadeiro milagre pra poder salva-lo.

 Sentia muito por não ter podido fazer mais por ele,porém com a doença no estágio que chegou ao hospital ele precisaria de um verdadeiro milagre pra poder salva-lo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que a médica encerrou a conversa com Carla ela pegou suas coisas e foi pra casa,precisava de um banho e um descanso. Ju chegou e logo subiu pro quarto,trancou a porta e foi direto pro banheiro tomar um banho de banheira. Passou umas meia hora jogada dentro da banheira,se permitiu mais uma vez chorar pra aviliviar a sensação de impotência. Logo após esses longos minutos ela saiu,passou no box e tirou a espuma dos sais minerais que usou no banho e foi pro closet. Pegou uma lingerie e uma calça moletom vestiu e se jogou na cama,estava extremamente cansada.

Carla Diaz

Tadinha da Ju,imagino o quão deva ser difícil perder um paciente e como ela deve tá mal com isso. Mas fico feliz em saber que ela se sente a vontade pra se abrir comigo,aquela morena meche tanto comigo e de tantas formas que muitas vezes nem sei como agir.

- Filha ?

- Entra mãe. Chegou a hora de me explicar

- Vamos conversar ?

- Claro mãe!

- Tá acontecendo algo entre você e Juliette ?

- Bem que eu queria mãe,mas não podemos ainda. Ela é minha médica,isso é antiético!

- Você gosta dela ?

- Eu sei que pode parecer loucura o que vou te falar agora mãe,mas estou apaixonada pela Ju.

- Não é estranho filha,a Juliette é uma mulher linda e encantadora. Mas confesso que pensei que você fosse hétero!

- Mãe,diante de uma mulher como Juliette não existe mulher hétero. Aquela mulher e a cura da heterossexualidade! Carla falou arrancando uma gargalhada de Mara

- Só você mesmo filha,mas se gosta dela por que não tenta ?

- Quero tá mais recuperada antes de tentar mãe,mas eu vou tentar sim. Quero aquela mulher e saber que ela também me quer me deixa mais tranquila

- Ela te disse isso ?

- Não exatamente,ela pensou que eu já tivesse dormindo e então ela começou a falar o quanto se sentia atraída por mim. Que sentia minha falta sempre que nos afastavamos,pelo menos o sentimento é recíproco.

- Que bom filha,eu apoio esse relacionamento. Quero te ver feliz e só de ver esse brilho no teu olho e o sorriso bobo que você carrega aí,eu já tô feliz.

- Obrigado por me apoiar mãe,será que o papai não vai ser contra eu me assumir Bissexual ? Carla perguntou um pouco preocupada

- Não meu amor,assim como eu seu pai te ama. Ele só quer te ver feliz,seu pai é meio cabeça dura mas nunca teve esse tipo de preconceito. Eu vou falar com ele tá,não se preocupe!

- Obrigado mamãe!

Juliette Freire

Acordei meio atordoada,olhei pela janela e constatei que já era noite. Acho que dormi demais,levantei e fui ao banheiro. Escovei os dentes e resolvi descer pra ver por onde anda o povo dessa casa,encontrei todos na sala conversando.

- Olha a bela adormecida acordou,como tá se sentindo ? Indagou João

- Me sinto um pouco melhor,porém atordoada por ter dormido tanto. Acho que meu pai contou a todos sobre o ocorrido

- Que bom que tá melhor filha,dormir faz bem numa hora dessas. Você precisava recarregar as energias,mas vamos falar de coisa boa. Como anda a recuperação da menina Diaz ? Perguntou meu pai

- Tá indo bem papai,ela é muito esforçada e tá realmente querendo melhorar rápido. Isso ajuda muito na recuperação!

- Que bom filha!

- Seus olhos brilham quando fala dessa moça filha. Afirmou minha mãe

- Eu gosto muito dela mamãe,ela se tornou alguém especial em pouco tempo.

- Por esse sorriso bobo eu já até imagino o quão especial ela se tornou,filha não esconda da gente você gosta da Carla muito mais que como amiga não é ? Meu pai foi direto

- Sim papai,eu gosto. A Carla é encantadora e linda,mas não sei se ela sente o mesmo. Sem falar que ela é hétero,não sei se faço o tipo dela.

- Será mesmo que ela não sente nada Ju ? Desconfio que ela sinta algo sim,a forma como ela te olha é diferente. Eu notei! Comentou Camilla

- Não sei Cami,mas eu vou arriscar saber quando tiver mais perto de liberar ela da fisio. Eu não vou deixar escapar sem ao menos tentar né.

- É assim que se fala gata! Exclamou João

- Tô morrendo de fome,vocês já jantaram ?

- Não,estávamos esperando você meu amor. Minha mãe respondeu

- Que bom,vamos então ?

- Sim vamos! Respondeu meu pai

Juliette conversou bastante com a família durante o jantar,assim que terminaram eles foram pra sala de cinema da mansão e juntos escolheram um filme de ação pra assistirem até o horário de todos irem dormir.




Continua....

Suddenly love (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora