5: Sana e Dahyun.

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— A-ah.— gaguejou, pensando no que dizer.— Só um minuto.

— Ok. Sem pressa.

Dahyun correu até o banheiro. Lavando o rosto, tentado parecer que não estava aos prantos. Seus olhos estavam inchados e levemente avermelhados, mas ela poderia usar a famosa desculpa de irritação nos olhos. Sempre funciona com as outras pessoas, deve funcionar com Dahyun também.

— Dahyun? — Sana falou um pouco mais alto para que a mais nova pudesse a escutar.— Olha, se você não quiser conversar eu posso-

A porta se abriu.

— Sinto muito pela demora, eu tinha...— pensa em algo, pensa em algo.— deixado a banheira enchendo.

— Ah, está tudo bem. Acontece.— ela adentrou o apartamento com um sorriso nos lábios.— Eu preciso conversar com você.

— Fique a vontade, quer alguma coisa? Água, suco ou refrigerante? — perguntou nervosa. Não sabia o que estava acontecendo, mas ela parecia estar muito mais nervosa que o normal.

— Não, obrigada.

— Quer algo para comer? Tem salgadinhos no armário.

— Dahyun.

— Quer assistir um filme? Ou-

Dahyunie! Você está bem? — a garota viu as mãos trêmulas de Dahyun, e as apertou com força.— Olha pra mim. Dahyunie, eu tô aqui.

O peito de Dahyun subia e descia sem ritmo. A respiração desregulada, as mãos geladas e trêmulas, os lábios secos. O que estava acontecendo?

Sanie. Eu tô morrendo?

O coração de Sana parou por um instante, só de pensar nisso tudo parecia perder o sentido. Ela soltou uma risada nervosa, e então os olhos de Dahyun de encheram de lágrimas.

— Não. Não, Dahyun, você não está morrendo. Está tudo bem, ok? Vai ficar tudo bem.— ela abraçou a menor, deixando com que ela chorasse sem medo.— Eu tô aqui, meu amor. Eu sempre vou estar aqui.

As duas permaneceram abraçadas até que Dahyun conseguisse se acalmar.

Foi ali que Sana percebeu o quê queria. Queria ficar assim por mais tempo, queria ficar com Dahyun, para sempre se fosse possível. Ela queria poder sentir a pele macia e quente da garota; ela queria sentir a respiração de Dahyun; ela queria poder cuidar dela, sempre que ela precisasse.

Sanie.

— Sim?

Você sente algo por mim?

BORBOLETAS NO ESTÔMAGO | Saida. TwiceOnde histórias criam vida. Descubra agora