Como as águas do outono🍁

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B

y: blahblah035
Escrito dia 20/11/2021
Não revisado

- Você o que? - Ele parou de beber sua caneca bruscamente, a batendo na mesa fazendo o líquido saltar e sujar a mesa, ficando com um bigode de cerveja, e falou fazendo eu parar de dar continuidade a minha fala, o cortei para que ele não falasse mais.

-Convocarei Yennifer. - Disse calmamente iria perder a paciência se Jaskier começasse a dar um chilique.

- Minha filha quase sendo morta, e você convoca ela para fuder?

- Não idiota - Bufei, as vezes ficava surpreso com a lerdeza e burrice de Jaskier. - A chamei pois não temos tempo para conseguir os itens para ampliar a minha energia para matar sabe-se lá quantos vampiros de uma vez. Ela pode se teletransportar o mais rápido possível. - Ele ponderou minhas palavras.

- Um-um vampiro? - Balancei minha cabeça em concordância. Ele respirou fundo, ele sabia da gravidade de enfrentar um. - Geralt, não se distraia com ela, lembre-se para que veio, não perdoarei você se você se distrair com ela e ser tarde demais depois.

- Hum, fique tranquilo - Fiquei quieto, sabia muito bem que nem um soco de Jaskier faria algum estrago em mim. - Não irei.

- Tomare que não, você não me trairia por um rabo de feiticeira, as vezes penso que ela te enfeitiçou. - Ri, nunca precisou de feitiço. Nós sempre nos esbarrariamos por ai por conta do que eu pedi a um gênio a anos atrás.

- Não vai me apresentar a mãe dela? - Mudei de assunto, e ele percebeu, mas relevou.

- No bordel, ela sempre está lá, a antiga dona morreu de um doença ai ela assumiu o lugar.

- Sua filha morava lá? - ele me encarou, mais pelo morava do que pelo fato da sua filha morar em bordel, pobre criança.

- Não mais. Morou na infância, aos 11 foi morar com avó a Mada na Taverna, ela já estava crescendo e começando a virar mulher e ter corpo, não estava sendo mais um lugar seguro.

- Nunca foi, nem pra ela nem pra mãe. - Era triste pensar em uma criança crescendo em um bordel, o futuro seria o da mãe, mas eu não poderia falar nada, cresci sendo treinado para ser um assassino, não me lembro do que é ter uma infância.

- A mãe dela não queria que ela convivesse naquele lugar, com as pessoas que a frequentam, enquanto ao futuro dela, seria trabalhar com a Mada, o que a filha não quis. - Era estranho pensar que alguém escolheria essa carreira, muitas que conheci estavam lá porque não tinham outra opção, e ficavam até conseguirem mudar de vida.

- Acha que ela teria um futuro melhor se você fosse presente antes? - Não imagino ele sendo um pai, nem tendo paciência com uma criança.

- Sinceramente, não sei, eu a teria ensinado a tocar e a cantar pelo menos, imagine um barda, mas o bom é que já a conheci adulta. - ele disse com brilho nos olhos, ele riu e eu ri também, o mundo não estaria preparado para isso.

- Ah não, já é o suficiente ter um Jaskier no mundo. - ele riu. Saimos e fomos até o bordel botando o papo em dia. Chegamos no bordel e entramos, sempre lotado, infiéis, solteiros, até alguns monstros pude notar. Principalmente a ruiva que veio até nós, pude sentir sua energia. Sua beleza era radiante, mal parecia aparentar a idade que poderia ter, como sua mãe, Mada.

Não me sentia enfeiçado, parecia ser realmente uma beleza verdadeira, provável fazia parte da raça da criatura, será que era uma sereia?, tinha pouca chance, estávamos muito longe da costa.

Coloquei uma mão no bolso da minha calça e coloquei um anel de prata, ela iria nos cumprimentar, não duvidaria muito que Jaskier não soubesse que ela é uma criatura.