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I - Precisam da Ladybug… De novo.

↳ P.O.V. Marinette Dupain-Cheng

Sinceramente, passo meu dia inteiro completamente estressada, temo até que meus cabelos comecem a cair! Como sempre vi, assisti, e presenciei em muitos lugares e ocasiões, ser mãe solteira não é uma tarefa fácil, acordar, arrumar, dar banho, cozinhar, limpar e trabalhar, tudo ao mesmo tempo é totalmente desgastante!

Às vezes até sinto um pouquinho de falta dele, mas só um pouquinho mesmo. Meu marido? Ele não morreu, não. Infelizmente... Bem que eu queria que quando ele fosse atravessar a rua uma Kombi cheia de hippies chapados atropelasse ele. Tá, não é para tanto.

Meu único momento de paz no dia é quando vou dormir, e isso só depois que meus filhos estão dormindo, e adolescentes vão dormir por volta das uma e pouco da manhã, é por volta desse horário que eu costumo dormir, para acordar às seis! Toda noite eu tenho só cinco horas para descansar, nenhum dos meus três filhos se atrevem a me incomodar durante o meu sono, não importa se estão tendo pesadelos ou coisas do gênero, nem se aproximam da porta. Porque no dia seguinte quem irá sofrer com meu mau humor, serão eles.

Porém, às quatro da manhã, tem alguém tocando minha campainha. Levanto do meu ninho quentinho na força do ódio.

Desço as escadas até o primeiro andar pisando fundo. Nem olho pelo olho mágico, só abro a porta com força dando de cara com ninguém mais ninguém menos que Alya, minha melhor amiga e vizinha.

— O que cargas-d'água você está fazendo aqui a essa hora?! — Indago perplexa, e furiosa.

A morena me olha com tédio, arruma seus óculos e simplesmente sai entrando na minha casa.

— Tá ficando mesmo velha, Mari. — Debochou sentando no meu sofá. — Usando esse termo de gente pré-histórica… O divórcio te fez mal, hein. — Provocou sorrindo de lado. Não é possível que ela tenha vindo só para falar disso.

— Aly, tenho três filhos. Me dá um tempo! — Retruco me jogando ao seu lado. Notei que ela estava usando o pijama que lhe dei em seu aniversário passado. Sorri.

— Na hora de fazer não reclamou. — Provocou mais uma vez.

— Agora você que está falando como uma tiazinha. — Dei o troco sorrindo. — Detalhe, uma tiazinha crente. — Completei e fui atingida por uma almofada. — Aí! — Grunhi rindo.

Ambas rimos por bastante tempo. Parei minha risada e só observei Alya, que parecia nervosa, mexia em suas mãos freneticamente, estressada, suponho.

— O que aconteceu, amiga? — Pergunto colocando minha mão sobre as dela.

— A prefeita entrou em contato comigo. — A olhei curiosa. — Tem umas coisas rolando, Mari. E Paris precisa da Ladybug. — Revelou me deixando preocupada.

— Como assim? — Ri desacreditada. — A polícia pode cuidar disso.

— Não, a polícia não pode. — A cada frase eu ficava mais assustada. — Tem terroristas, Mari. Terroristas com jóias mágicas! — Contou se levantando, agora me olhava firmemente nos olhos.

Parecia que estava me repreendendo. Me encolhi no sofá.

— Já deu! Não pode mais negar seu destino, o que você nasceu para ser! — Quase berrou, mas se controlou. Afinal, as crianças estão dormindo.

— Não disse que não faria… — Abracei minhas pernas. — Mas… como? A caixa está completa, e bem guardada. Todos os miraculous documentados pelo mestre Su-Han tem portadores confiáveis. — Tagarelei tentando me convencer. — A não ser, que… — A olhei de olhos arregalados.

Preciso de você... De novo.Onde histórias criam vida. Descubra agora