Os dias se transformam em semanas, e suas doações pouco contribuem para seus próprios ganhos.
A matéria do jornal, no entanto, acaba se tornando o assunto de Londres. Malfoy recebe solicitações atrás de solicitações de entrevistas e aparições públicas. Reuniões de investimento são enviadas para a agenda dele em vez da dela, agora que o ouro dele não é mais considerado contaminado. Embora ele pareça estar analisando-as cuidadosamente, Hermione não consegue deixar de se sentir soterrada pelo seu ciúme crescente.
Ela precisa fazer progressos com o Conselho de Governadores. O dinheiro só pode levá-la até certo ponto, e agora eles estão praticamente recusando suas corujas.
Quando outro pedido de comparecimento à reunião de verão é negado, ela pega fogo. Malfoy chega em segundos, entrando em seu escritório com a varinha erguida.
Ela dá um pulo com a aparição repentina dele, quase derrubando a cadeira. — Merlin, de onde você veio?
Os ombros dele se desincham ao ver o envelope em ruínas e fumegante sobre a mesa dela.
— Eu estava no final do corredor. Eu tenho proteções preparadas para o caso de você colocar fogo em algo novamente. Achei que você estava com raiva.
— Você - você colocou proteções em mim? — Como ele ousa-
— Para impedir que você incendeie minha casa novamente, sim. Não acho que seja uma precaução ridícula a ser tomada considerando seu histórico — ele diz a ela com um revirar de olhos.
— Eu discordo.
Ele usa a varinha para apontar para a pilha crescente de cinzas à frente dela. — Seu temperamento me faz discordar.
— Cale a boca e saia daqui — ela exige, já bastante irritada. — Não preciso disso ou de sua atitude hoje.
A vida com ele se estabeleceu em uma rotina estranha. Pouco mais do que colegas de quarto, eles mal interagiam. Para o mundo exterior, o relacionamento deles é perfeito, mas dentro das paredes da mansão, ele é inexistente. E quanto mais isso se prolonga, mais desconfortável fica. Ela preferiria brigar a ficar em um silêncio interminável.
Em vez de ouvir, Malfoy se aproxima. Apoiando as duas mãos no lado oposto da escrivaninha, ele a encara com um olhar desafiador. — E eu não quero que me digam o que fazer em minha própria casa.
— Não quero que você seja babá do meu comportamento — retruca Hermione.
— Não quero que você fique irritada comigo por algo que não é culpa minha.
— Poderia ser.
— Não é.
— Como você saberia?
— Porque eu estaria gostando mais, Granger.
O sorriso dele a cala.
— Apenas me diga o que há de errado para que eu possa voltar aos meus afazeres sem me preocupar com o que você pode incendiar em seguida.
Hermione faz uma careta. — Serão suas vestes se não tomar cuidado.
Malfoy tem a audácia de rir, imperturbável com suas ameaças. — Pelo que ouvi, não seria sua primeira vez.
Quando ela solta um ruído de frustração, a risada dele fica mais alta. A irritação se transforma em raiva, e o livro na mesa dela voa em direção a ele antes que ela possa pensar duas vezes. Embora ele tenha se esquivado facilmente, a diversão se dissipa de suas feições em um instante.
— Eu ia ajudar, mas se você quiser...
Com um suspiro, ela abaixa a cabeça para as mãos. — Estou apenas... muito frustrada. Não consigo fazer nenhum progresso com o Conselho de Governadores, e agora eles estão se recusando a me ver...
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Love A Lie | Dramione
FanfictionA mão de Malfoy é implacável contra a dela, apertando com força suficiente para doer. Hermione crava as unhas, sabendo que a extensão sensível de sua pele pálida ficará marcada por horas. Uma troca justa, considerando o pesado anel de diamante em se...