53 - "Cheque"

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POV ANY

(2 de novembro) 

Ninguém esperava o ataque do Jogo. A polícia demorou um tempo para chegar, a casa já estava praticamente toda queimada. 

Era madrugada, eles disseram, aproximadamente 4 da manhã quando nos encontraram. Nesse exato momento, o Sol começava a raiar. 

E agora, cá estamos na sala de espera da delegacia. Sujos, cheios de mochilas, com medo e tristes. 

Estamos em um enorme sofá, mas ainda sim Bailey, Heyoon, Pepe, Josh e James estão no chão. Sina está em pé rodando de um lado para o outro. 

Resumindo bem: desolados. Estamos desolados. 

Joalin: Sina, pelo amor de Deus, senta. – ela fala. 

Sina apenas a ignora. 

Policial: Ela tem razão, precisa se acalmar. – a policial que estava na recepção diz. 

Sina: Me acalmar? É sério?! Eu vi meus melhores amigos não voltarem de dentro de uma casa em chamas e vi minha irmã morrer! – ela grita. – E agora eu preciso saber com que cara eu vou falar isso para minha mãe! Então, se não puder ajudar, apenas não peça para eu me acalmar. 

Ninguém interfere, ninguém tem forças para isso. Nem mesmo Noah. 

O tenente Troyan sai de uma das salas para checar o que está acontecendo, pelo que eu sei, ele estudou com nossos pais.

Troyan: Sei que estão em choque, eufóricos e tudo mais. Esperem apenas mais um pouco, vamos chamar vocês para recolher o depoimento e poderão voltar para casa. 

Sina: Eu não quero voltar para casa, eu só quero saber o que está acontecendo! Vocês ficam apenas assistindo a gente sofrer de aflição, em vez de nos dar qualquer notícia logo! – ela e o tenente entram em uma conversa, ele tenta acalmar Deinert. 

Enquanto isso, observo Shivani levantar de fininho e ir pegar um copo de água, enquanto seu olhar estava fixo na rua. 

Olho para a mesma direção que ela e vejo três ambulâncias a caminho de algum lugar, nós chamamos três ambulâncias também quando estávamos no meio do nada. Mas, o mais estranho, era que a sirene estava desligada e as três estavam paradas no sinal vermelho. 

Ambulâncias são para emergências, no entanto, essas não pareciam estar carregando alguém que precisa ser salvo, parecia estranhamente... sem vida. 

O tenente também percebe o olhar de Shivani, que começava a se movimentar lentamente. 

Troyan: Senhorita Paliwal... – ele chama, mas é ignorado. – Shivani! – noto certa urgência na voz dele. A Indiana o encara, como se o desafiasse. – SHIVANI! 

Ele gritou tarde demais, a garota já correu para fora da delegacia e todos entramos em estado de alerta. 

Dois policiais lá fora, a pegaram pelo braço e ela se debateu sem sucesso. 

Shivani: HINA! KRYS! – esses gritos eram carregados de dor, apertou os nossos corações. – Por favor, me deixa ver eles, me deixa ir até eles... 

Víamos o rosto dela completamente encharcado pelas lágrimas. 

Na hora certa, nossos pais chegam. O senhor Paliwal logo correu até a filha e a abraçou fortemente. 

Ela ainda gritou de dor, não pela força do abraço, a dor dela não era física. Era na alma. 

*Quebra de tempo*

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