Sexual Appetite ↬ ZARRY

εννέα

A verdade é que eu permaneci fora do quarto tempo suficiente para ter certeza de que Zayn estivesse dormindo quando eu voltasse.

Talvez eu tenha provocado a fera e agora estou com medo. É, eu tenho medo, sim. Medo porque não conheço totalmente a natureza desses filhos de Himeros e não sei se eles são adeptos à vingança. Imagine se um semideus grandalhão daquele resolve se vingar da minha provocação?

Não que eu assumisse ser mais fraco que ele, o que é totalmente uma mentira. Eu sou muito mais forte, mas nunca sabemos o que um meio-sangue motivado pela vontade de transar é capaz de fazer.

Então, procuro fugir de Zayn pelo resto do passeio.

Por onde ele passa, eu procuro não me aproximar. As artes que ele observa, eu risco da minha lista. As pessoas com quem ele fala, eu corto as possibilidades de conversa. Tudo para me manter longe dele.

Eu estou indo muito bem em minha missão de ser rápido em escapar do mesmo ambiente onde Zayn está.

Até um moreno de beleza inexplicável me puxar pelo braço, sorrindo daquela forma que faz meu corpo derreter e me impedindo de continuar caminhando apressado.

— Para onde pensa que vai, gatinho? — pergunta ele, apertando meu pulso.

— Eu vou... é... — Limpo a garganta, olhando em volta a procura de uma desculpa. — Ao banheiro.

— Você parece estar fugindo de alguém.

Arqueio as sobrancelhas. É tão perceptível assim? Está tão na cara que eu estou parecendo um fugitivo de novela que está tentando escapar de um policial que está na minha cola?

— É, estou fugindo — assumo.

— Ah, então mistério resolvido.

Torço o nariz.

— Como assim mistério resolvido?

Louis solta uma risada que faz meu coração se aquecer.

— Zayn está procurando alguém e você está fugindo de alguém. Ligando os pontos, você é quem ele está a procura e é dele que você está fugindo. — Ele sorri sem mostrar os dentes, pondo um dedo no queixo. — Só não entendo, por que você está fugindo dele?

— São problemas meus. Agora pode me soltar? Estou muito apertado.

Ele abre a boca para dizer algo, mas parece desistir, sorrindo e piscando para mim antes de me soltar e sair.

Quando penso que estou livre para seguir um grupo de alunos e me camuflar durante o passeio, sou impedido mais uma vez de continuar a andar. Dessa vez, sou empurrado contra uma parede e há um par de olhos âmbares me encarando.

Que droga.

Tudo culpa de Louis que me atrasou.

— Ah, achei você. — Zayn sorri maligno.

— Infelizmente — respondo, torcendo o nariz.

— Você acha que pode me provocar daquele jeito e sair impune, não é?

Abro a boca para responder, mas ele põe o dedo em meus lábios para me silenciar.

— Não é assim que as coisas funcionam, solzinho. Você não pode me provocar e achar que eu não vou me vingar. — Ele segura o meu maxilar e aperta, me fazendo resmungar de dor. — Achou que fugindo poderia se livrar de mim, não é? Pois está enganado, bebê. Você nunca vai se ver livre de mim. Eu sei que você só finge que não me quer por perto. Todo mundo já percebeu, acho que até mesmo você percebeu, que essa sua resistência não vai durar muito tempo. Eu posso ver que cada vez menos você consegue resistir. Sabe por quê? Porque você é fraco, Harry. — Ele aperta mais meu maxilar. — Você é fraco e não consegue lutar contra essa vontade que eu sei que existe de ser fodido por mim. E quando eu te foder, porque sei que vou te foder e está tão perto de acontecer, vou te fazer se arrepender de ter me negado esse tempo todo. Você vai se arrepender de um dia ter dito que não me deseja ou que nunca me deixaria te foder. Eu vou te foder tão forte que você nunca vai se esquecer da sensação de ter meu pau dentro de você. Vou foder sua bunda tão gostoso que você vai perder a vontade de ter outro alguém te comendo. Vou te fazer gemer e gritar tanto o meu nome que ele nunca mais vai sair da sua boca e da sua cabeça, e quando você estiver se tocando, é ele que você vai gemer. Você vai sempre pensar em mim, em como eu te comi tão bem e te fiz gozar só metendo em você. Quando eu te jogar na cama e te fazer meu, você nunca vai querer se entregar para mais ninguém. E eu não vou ter dó com você. Oh, não, não vou. Eu vou te empurrar contra a parede, assim como eu estou fazendo com você agora, e te comer até que eu esteja satisfeito. Vou te amarrar e te foder como eu sempre quis. Vou tocar, beijar, lamber, chupar, morder cada parte do seu corpo, do jeito que eu quero, e você não vai poder reclamar, porque você vai gostar. E você vai pedir para gozar, vai pedir para eu deixar você ter seu orgasmo e eu vou negar. Sabe por quê, solzinho? Porque você não merece. Você é um merdinha e não merece que eu te faça gozar. Você vai implorar, vai chorar de tesão enquanto eu te fodo e só vai gozar quando eu quiser, sem se tocar e tendo meu pau bem fundo dentro de você. E no final vai agradecer por eu ser tão bom para você e por te dar o melhor orgasmo da sua vida. — Ele desce e fecha a mão no meu pescoço, me impedindo de respirar por um momento. — É assim, solzinho, que as coisas funcionam.