Casamento às cegas

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Definitivamente essa era a maior loucura da vida de Camila Cabello. A jovem de vinte e cinco anos não sabia onde estava com a mente quando aceitou a estapafúrdia ideia de sua melhor amiga de lhe inscrever em um programa de relacionamento, ainda mais às cegas, Camila acreditava muito na ideia do programa para outras pessoas, mas achava que aquilo dificilmente daria certo com ela. A mulher andava pelos corredores nervosamente, os músculos estavam tensionados e a garganta seca. O único pensamento na sua mente era que ela iria matar Lucy por tê-la colocado naquela situação absurdamente constrangedora. Ela não deveria se surpreender com as atitudes da melhor amiga, mas daquela vez a filha do casal Vives havia ultrapassado todos os limites do aceitável. Mesmo que o sonho da primogênita da família Cabello fosse se casar, ela fugia dos relacionamentos o máximo possível pois tinha alguns traumas. A mulher parou em frente a porta do lounge suspirando. Ela passou alguns bons segundos ali pensando se havia como fugir, percebeu que não e resignada entrou no espaço que continha uma mesa de sinuca, um sofá com muitos lugares, bancos, entre milhares de outras coisas. Quando Camila entrou, deu de cara com duas mulheres que já estavam ali.
— Oi, eu sou a Aline Mineiro, prazer – Disse uma mulher abraçando Camila.
— Eu sou Bianca Andrade, prazer em te conhecer – Disse a segunda mulher apertando a mão de Camila.
As três conversavam amenidades quando chegou a quarta e penúltima participante que era um furacão em forma humana chamada Gizelly, mas conhecida por todos como Gigi, e por último chegou aquela que seria o doce do programa, uma paraibana chamada Juliette Freire.
— Prazer em conhecê-las – Disse Gizelly timidamente.
— É um prazer conhecer vocês. Isso aqui vai ser pau – Disse Juliette com um sorriso gigante.
As cinco conversavam animadamente quando viram duas mulheres entrando no espaço. Elas abriram as bocas estupefatas ao verem que em sua frente estava um dos casais LGBTQIA+ mais respeitados e queridos do momento: as atrizes Normani Kordei e Dinah Jane Hansen.
— Caramba, eu não acredito que estou vendo vocês na minha frente suas pestes – Disse Juliette emocionada.
— Espero que ser peste seja algo bom – Disse Dinah sorridente.
— É claro que é. Vocês são maravilhosas – Disse Gizelly suspirando.
— Eu sou Normani Kordei – A mulher disse nitidamente empolgada.
— Eu sou a esposa desse espetáculo de pessoa, e me chamo Dinah Jane Hansen. E nós estamos muito felizes em conhecer todas vocês – A mulher disse segurando a mão da esposa carinhosamente.
— Aqui vocês viverão a experiência mais louca e transformadora da vida de vocês – Normani disse sorrindo gentilmente antes de continuar falando. — Aqui vocês descobrirão se todo bom quadro tem uma boa moldura também...
— Existem pesquisas que comprovam que o que mantém um casal junto não é atração física, mas sim a conexão emocional. E é essa conexão profunda como a minha e da Normani que vocês poderão encontrar aqui. Mas aqui nós temos regras...
— Primeiro: Aqui não tem a espiadinha. Vocês ficarão sem celular e fora das redes sociais. Segundo: vocês podem desistir na hora que quiserem; inclusive no altar se acharem que a outra noiva não é o match perfeito... Vocês estão aqui para o experimento mais louco já feito, cuja pergunta principal é: o amor é mesmo cego? – Normani disse animadamente.
— Vocês podem ir, as cabines estão abertas... Encontro às cegas da casamento? Nós esperamos que sim! – O casal Kordei Hansen disse em uníssono.