𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 4|𝙼𝚒𝚛𝚎 𝚎 𝚊𝚝𝚒𝚛𝚎.

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*=Língua de sinais.
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Boa leitura!

  Termino de riscar a parede colocando a caneta sobre a mesa de madeira, chego para trás apenas para poder observar melhor o desenho feito

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  Termino de riscar a parede colocando a caneta sobre a mesa de madeira, chego para trás apenas para poder observar melhor o desenho feito. Abro as cortinas permitindo com que o sol entre clareando todo o quarto. Vendo todos os traços que fiz arrisco a dizer que melhorei muito desde o último. Sorrio e vou até minha cama onde me sento e pego o porta retrato, a foto nele estava um pouco velha, mas eu fazia de tudo para conserva-la, era o único registro que tinha de Emma e mamãe.

Hoje completam exatos setecentos e quarenta e cinco dias. Dois anos e quinze dias desde que todo os EUA desmoronou.

Dois anos desde a morte de Emma.

Dois anos que perdi aquela me deu a vida.

Dois anos em que o medo nos acompanha a cada instante, que as memórias me perturbam, as vezes parece que posso sentir a mão de Emy tocando em meu rosto pela última vez, eu ainda posso sentir a pânico daquele dia. Me lembro perfeitamente de minha mãe dizendo seu último "eu te amo".

Dói todos os dias.

É uma dor tão intensa que parece me consumir a cada instante.

Durante muito tempo eu pensei que alguém iria aparecer para nos ajudar, afinal ainda existia o resto do mundo, mas não aconteceu, absolutamente ninguém veio atrás de nós. Não sei dizer como as coisas estão mundo a fora, espero que melhor que aqui.

Com o passar dos dias fomos criando uma severa rotina, pois quanto mais entendíamos sobre as criaturas que nos assombravam, mais entendíamos que as coisas eram muito mais perigosas.

— Uau! — escutei a voz de Joalin, levantei meu olhar vendo ela parada no batente da porta observando minha arte  — está incrível Any, só não entendo por que esse tipo de desenho.

— Para assim que eu acordar poder amaldiçoar o dia em que essas coisas apareceram — respondi analisando o híbrido em minha parede.

— Eu não preciso de um desenho pra isso — falou rindo e a acompanhei — precisamos ir, está pronta? —  Assenti e fomos para a sala, Heyoon e Hina jogavam dominó quando chegamos ao cômodo. Elas pararam o que estava fazendo e mantiveram a atenção em nós.

— Já vão? — questionou Heyoon e acenei com a cabeça.

— Posso ir? — Hina pediu e Joalin olhou para mim.

— Já conversamos sobre isso Hina, é perigoso demais. Sabe que Sofya está doente, precisa cuidar dela, ok? — ela assentiu e se levantou para me abraçar.

— Por favor volta — a abracei com toda força que podia.

— Eu vou, eu prometo – beijei sua testa e ela se afastou.

— Aqui está — Yoon me entregou o casaco azul e o coloquei, peguei a bandana vermelha e a amarrei no pescoço — já passaram protetor?

— Sim mamãe — Joalin respondeu debochando e Yoon já foi lhe dar uma dura.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐈𝐃𝐀 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋 | 𝙳𝚎𝚙𝚘𝚒𝚜 𝚍𝚘 𝚊𝚖𝚊𝚗𝚑𝚎𝚌𝚎𝚛 Onde histórias criam vida. Descubra agora