Capítulo IV: - O Primeiro Olá

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Capítulo IV
O Primeiro Olá

«Eunice Narrando»

O moço dirigiu-se a mim.
    
Vi o meço que chamou bastante a minha atenção se dirigindo a mim, quase fiquei sem ar vendo ele se aproximado de mim. E em simultaneamente fiquei muito contente.

Aproximou-se de mim e conversamos

Eunice: - Oi, como está?

Keven: - Estou bem e você?

Eunice: - Também estou bem!

Do nada ouvi a voz da Amélia me chamando (Amélia era uma amiga minha). Rapidamente veio e disse:

Amélia: - Eunice que fazes? Vamos, a reunião já terminou, vamos para casa...

Eu: - Espera.

Amélia: - Vamos! (Insistiu-me)

E ela puxou-me e juntas nos colocamos de saída que nem cheguei a dizer tchau ao menos.

No caminho eu não parei de pensar nele, e fiquei pensando o seguinte:

“Será que ainda voltarei a vê-lo?”

“Será que ainda posso esperar?”

“Será que o tempo vai voltar atrás. Ou será que perdi a única  chance que tive com ele hoje?”

Pensei e Amélia estava falando do seu namorado Éden, como sempre. Quase que nem se podia notar a minha presença ali.

Ela continuou falando, falando e falando e não parava de falar.

«Eu Narrando»

Tudo parece mais difícil quando achamos que tá tudo dando certo. Existem momentos que nos fazem pensar que a vitória está tão, mais tão próxima mesmo que o mundo fica parecendo virar em torno de nós. Mas aí vem o lado mau do mundo e no momento de tanta certeza ele nos tira a única esperança que temos de que tudo se porta bem.

Por vezes isso pode não demonstrar, mas fere com a gente de tal modo que ficamos paranóicos e sem chão.

Doeu tanto saber que por um segundo eu a tinha em minha mira, mas aí o vento mudou de direção impedindo-me de soltar o gatilho que definiria o fim ou o início da minha caça ao amor perfeito.

Se de facto o amor perfeito existe eu não sei, pois a única certeza da sua existência eu teria se por acaso a Amélia não interviesse naquele momento.

Alguns poderiam olhar aquilo como um sinal vindo do destino. E eu não fugi a regra, também pensei dessa forma.

Achei que o destino estivera tentando me revelar algo e que talvez ela não me merecesse, mas mesmo carregado desse pensamento, o meu sentimento por ela era inexplicável e isso sim, ditava ser amor.

Pois o amor é inexplicável, mas é real. É invisível, mas é verdadeiro e o que eu sentia era verdadeiro. - Sim eu sentia que era verdadeiro!

Temi não ter sido oportunidade de poder me expressar, temi não ter a chance de falar.

Temi não dizer o que sentia, eu temi que fosse a última vez que nos víamos. Temi que ela não sentisse o mesmo que eu.

No caminho para casa não parava de se lamentar pelas oportunidades falíveis que perdi. Lamentei não poder ser tão astuto que chegara a chamá-la sem me importar com quem estivesse ao meu redor.

Lamentei não poder ignorar os obstáculos e seguir a voz do meu coração. Eu lamentei!

«Kátia Narrando»

Enquanto espera pela chegada do Keven em sua casa, eu fiquei refletindo na minha vida.

Fiquei pensando se de facto aquilo fosse certo, ter um namorado e ainda apaixonada por outro.

Tomei a decisão de terminar o meu relacionamento com o Júnior e me dedicar, eu acreditei que com o Keven as coisas seriam diferentes e que se ambos quiséssemos poderíamos ter um lindo relacionamento.

Esperei pela sua chegada bem contente para o contar a grande notícia e que a única coisa que nos deixava separados era o simples facto de eu estar em um relacionamento com um homem que eu não amava. Pelo menos foi o que pensei!

Um Sentimento Não ReveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora