Destroyed Soul - Kaebedo

Capítulo 1: Novo

— Assine aqui, aqui, aqui e mais aqui. — Disse sereno o homem mais velho que apontava com o indicador algumas linhas em branco, indicando onde Albedo deveria marcar sua assinatura para o encerramento da compra; o mesmo o faz. — Prontinho, obrigado por comprar com a nossa imobiliária, gostaria de uma bala de goma, jovem? — O homem esticou o pote redondo com doces que descansava próximo de suas mãos, levando á altura do ombro de Albedo, oferecendo as guloseimas como forma de cortesia do estabelecimento.

— Agradeço, mas não. Não costumo comer doces. — Ele assentiu e abaixou o pote gentilmente, olhando para baixo como sinal de respeito.

O homem se surpreendeu com a etiqueta do mais baixo, sua forma de comunicação passava uma sensação de respeito e o deixava confortável.

— Não há de quê. — Disse o homem mais velho, contente. Logo colocou o pote no lugar inicial.

— Até mais, tenha um bom dia, senhor. — O loiro deu uma reverência leve com a cabeça, saindo do estabelecimento se sentindo relativamente realizado, finalmente teria um lugar fixo para chamar de lar.

O mesmo usa seu poder elemental para invocar um pequeno bloco de notas, abrindo-o na primeira página e assinando um dos quadrados que representavam os afazeres que tinha que realizar.

Ao levantar a cabeça para seguir em frente, avista uma moça com óculos redondos e pretos, cabelos verdes e feição envergonhada. Ele sorriu meigo como cumprimento.

— Olá, precisa de alguma coisa?

— Ah, eu, eu sou... — A mesma parou para respirar fundo, olhando para baixo abatida. — Me enviaram para lhe apresentar ao Quartel General dos Cavaleiros de Favonius.

— Ah sim, você é a Sucrose, certo?

— Sim! Eu sou- Ah, desculpe, eu sou Sucrose, trabalho com a criação de novas máquinas e tecnologias para a evolução da inteligência de Monstadt, ouvi falar que você trabalha com alquimia de Khaenri'ah, isso me deixou intrigada...

— Não há problema, conversamos sobre isso no caminho do quartel, vamos? — Albedo se virou para o lado, em direção á escada que subiria para o local que estavam falando.

— Vamos sim. — Sorriu meiga, ainda com rubor por não saber lidar com estranhos.

Os dois seguiram para o Quartel General sem trocarem interações, já que o local não era longe de sua estadia anterior, não demoraram muito para chegar. Albedo abre a porta e deixa Sucrose entrar antes como forma de cavalheirismo, fechando-a e seguindo para o escritório da Mestre Intendente, vulgo Jean.

— Com licença. — Disse o loiro ao entrar na sala, fazendo uma reverência discreta a Jean, que esperava o mesmo sentada em sua escrivaninha. — Srta. Jean, por que me chamou aqui?

— Gostaria de te desejar uma boa sorte na procura de uma estadia, mas acabei de receber a notícia de que você conseguiu compra uma casa.

— Sim. — Diz em uma afirmação baixa e longa, olhando em volta e percebendo a presença de Lisa. — Ah, olá senhorita Minci, perdão, não havia visto você aí.

—Tudo bem querido, como está o nosso alquimista em ascensão, hm? — Diz Lisa virando seu rosto para Albedo, dando um sorriso meigo e irônico, enquanto folheia alguns livros da estante do local.

— Senhorita Minci, você sabe que eu trabalho com Alquimia a muito tempo... — Disse Albedo relativamente confuso, o menor a questionou, não havia entendido a piada de Lisa.

— Ah pequenino, foi uma piada...Mas já havia em mente que você não entenderia. — Lisa desce em passos calmos e elegantes em direção do loiro, estendendo um livro para Albedo.

Albedo da um sorriso fraco como forma de afirmação e desculpa, recebendo o livro e lendo sua capa. Em sua capa havia figuras humanóides feitas em rascunho, no topo estava escrito "Anatomia humana avançada"; Albedo o abriu e deu uma breve investigada no conteúdo da obra.

— Obrigado senhorita Mini, guardarei com carinho.

— Não é pra guardar, é pra ler, bobo. — Lisa da um peteleco na testa de Albedo e se vira rindo, caminha até mesa de Jean e se aconchega no colo da loira, que estava escrevendo calmamente. Albedo está quieto esperando uma ordem da Mestre Intendente, já que agora, trabalha pra ela.

— Lisa, pelo amor de Barbatos, eu estou trabalhando... — Jean exclama e olha para Albedo envergonhada. — Desculpe Albedo, não tenho nenhuma ordem, pode continuar fazendo suas coisas...Ah! Sucrose, apresente Monstadt para Albedo.

Sucrose, que esse tempo todo estava esperando o loiro, finalmente se despertou de sua pequena crise de pânico, ajeitando seus óculos desajeitadamente e se despedindo de suas superiores. Albedo faz o mesmo e sai junto da menor.

— E-eu sinto muito Senhor Albedo, agora que Jean assumiu seu relacionamento com Lisa, Lisa está se sentindo a vontade em ter suas intimidades com pessoas em volta... — Quando Sucrose fecha a porta, solta suas desculpas.

— Está tudo bem, eu realmente não me importo. — Albedo diz seco, mas sorrindo; analisou que dizer essa frase seria grosseiro, então juntou a ação para descontrair.

— Okay... — Ela cora, logo continuando com o diálogo. — Bom, a próxima parada é a Catedral, Bárbara e suas irmãs estão nos esperando para te dar boas-vindas com os outros integrantes dos Cavaleiros de Favonius.

Albedo acena com a cabeça, fazendo um gesto como "prossiga".

Após vários degraus de estada e olhares de moradores aleatórios, os alquimistas chegaram ao penúltimo lugar de visita: a catedral.

A porta se abre, impressionando Albedo. De onde vinha não haviam lugares com foco estrutural, as construções, detalhes meramente esculpidos o passavam tranquilidade e sentimento de saudade.

— Irmã Rosaria...por favor, evite fumar dentro da catedral... — Uma voz doce e suave, com tom preocupado faz um pedido.

A suposta "Rosaria" olhou para a loira, dando de ombros e saindo. Ao passar do lado de Albedo, a mesma para por um milissegundo, curiosa sobre o indivíduo de expressão neutra. Albedo não é bobo, percebeu o exitar da moça desconhecida.

— Ah...mil desculpas pela situação embaraçosa, olá Sucrose! Você deve ser o Senhor Albedo, não é? Meu nome é Bárbara, sou a Dirconista sou Idol daqui. Seja bem-vindo á Igreja dos Cavaleiros de Favonius! — Bárbara se aproxima saltitante, pegando as mãos de Albedo com delicadeza, balançando-as como uma forma de cumprimento; logo fez o mesmo com Sucrose.

— É um prazer conhecer uma moça tão adorável, obrigado por me receber tão bem. — Respondeu Albedo, dando um sorriso em forma de respeito.

— Não há de quê. Gostaria de algo além de conhecer a Catedral? Ou vai visitar os outros locais antes?

— Eu adoraria, aqui é um lugar realmente agradável, acredito que passarei aqui com frequência. Mas vou passar na Presente dos Anjos antes de terminar meu dia, obrigado pelo agradável convite.

— Entendo...Sucrose querida, se importa de pedir a Rosaria para aparecer na reunião de amanhã? Ela provavelmente foi pra Presente dos Anjos, se não estiver lá, Kaeya provavelmente vai saber onde ela está. — Bárbara ajeita seu livro, em sua cintura, posando docemente, seu jeito manhoso de fazer pedidos a deixa radiante.

— Sim, pode deixar comigo. — Sucrose parece mais a vontade ao conversar com Bárbara, Albedo analisou que elas são boas amigas.

Todos se despedem. Albedo olha para trás, receoso em deixar o lugar.