Part. 1

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NARRADORA

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NARRADORA

×××

Deitados sobre a mesma cama cobertos por lençóis e uma colcha leve,  preenchidos por sentimentos e emoções corrosivas, mas também reconfortantes, o casal se encara abraçados sob uma aura inexplicável. Ambos têm seus peitos aquecido por um sentimento novo, ou nem tanto, mas também têm a sensação sufocante dos pensamentos ansiosos que os rondam.

Todo mundo diz que eu pareço feliz
Quando parece certo

— Sabe que essa é nossa última vez? — Any sussurrou para o loiro que fechou os olhos ao sentir uma pontada próximo ao coração. Ela levou sua mão ao rosto dele acariciando com seu polegar.

Eu sei que você é errada para mim
Vou desejar que a gente nunca tivesse se conhecido no dia que eu partir

— Eu não... — ele parou no meio da frase não querendo termina-la. — Não pode ser a última.

— Somos diferentes, Beauchamp, vivemos em extremos opostos e mundos completamente diferentes. — a morena sussurrou sentindo um incomodo em seu interior. — Eu luto por justiça, enquanto você para cometer males. Eu vou levar você e depois disso nunca mais nos veremos de novo.

— Eu sei dessa porra toda. — ele falou travando o maxilar, marcado pela raiva crescente. — Mas eu acreditei que seria diferente e ainda pode ser, certo? — perguntou e ela negou sentindo os olhos queimar.

Eu te coloquei de joelhos
Porque dizem que o sofrimento adora companhia

— Você sabe o que é certo. — murmurou ela com a voz afetada. — Tudo seria melhor se você ao menos se arrependesse. — ele tentou falar, porém ela continuou. — Eu sei que isso não vai acontecer.

Não é sua culpa eu estragar tudo
Não é sua culpa que eu não sou o que você precisa

— Eu me afoguei em um mar de sangue, arrependimento nenhum vai mudar o que está pra acontecer. — ele disse seriamente. — Agora que não nos veremos nunca mais, então me deixe toca-la por uma última vez.

Antes de soltar, só mais uma vez

Tire suas roupa, finja que está tudo bem

Um pouco mais de dor não vai te matar esta noite

Ela suspirou segurando as lágrimas que tanto segurava em seus olhos, que estão a ponto de escorrer. Ambos tiraram as roupas íntimas que revestiam seus corpos seminus.

— Eu quero que saiba que você foi a única que me fez sentir algo verdadeiro e romântico nessa vida. Você é minha perdição, minha redenção, é tudo aquilo que me faz repensar em tudo o que sou como um monstro sem escrúpulos. Deus sabe o quanto pedi para que tudo isso não chegasse ao meu coração, eu pedi para que te tirasse dele, mas ele não pertence mais a mim. — as lágrimas escorreram por ambos os olhos. — Você é tudo de belo que há, eu sou o fodidamente quebrado e reflito nas minhas atitudes asquerosas. Me desculpe, amor, por não ser tudo aquilo que você merece. Me desculpe por bagunçar sua vida e não poder ficar por ser incerto. Já me prendeu com seu jeito cativante, com suas algemas faça o que nasceu pra fazer, mas antes deixe-me adora-la uma última vez.

Amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo

Em um silêncio profundo eles se beijaram com uma intensidade fora do comum, com desespero e já saudades. Suas línguas deslizam uma com a outra causam tremores em seus corpos colados e arrepiados. Um feixe e as lembranças invadiram ambas as mentes.

Uma história de completos opostos, ela vem de uma linhagem justa e memorável para a nação, uma grande agente da FBI que já se tornou famosa em todo país com sua eficiência invejável. Para se tornar conhecida pelo mundo e chegar ao ponto alto pelo o que tanto batalhou, mas jamais poderia cogitar se apaixonar perdidamente pelo misterioso e perigoso criminoso, conhecido como Poison. Ela colocou suas mãos nele, mas a chegada ao topo pode ser mais dolorosa do que uma bala que atravessa o peito.

Envolvidos em um romance onde ambos estão armados um contra o outro a espera de quem puxará o gatilho primeiro. Mais doloroso do que levar um tiro é saber quem esta empunhando a arma.

Josh Beauchamp, um homem que viveu abandonado a própria sorte em busca de cura, de salvação para sua alma ferida e despedaçada. Órfão desde seu nascimento, machucado por quem achou que o amava seu destino cruel o levou para a imundícia da criminalidade. Um homem perdido e solitário que arranca corações em busca do seu, jamais imaginou encontra-lo no mesmo momento em que foi roubado.

Any Gabrielly, uma mulher forte e determinada cresceu em um lar rígido e regrado pelas leis de seus pais, quando tudo o que queria era o amor de ambos. Marcada por relacionamentos abusivos, sua vida virou de ponta a cabeça quando uma missão foi lhe entregue, em busca da chave para abrir a maior porta ela encontrou um furacão tempestuoso, ele pode não saber mas também roubou o coração no qual estava quebrado e ele colou os caquinhos.

Ela batalha pelo o que é certo.

Ele luta para ser o menos incerto.

Um amor construído em meio as ruínas se tornou um erro agonizador.

Tudo poderia ser diferente caso ela largasse tudo para fugir com ele, mas os dois sabem o quão terrível a vida pode ser, ela nunca deixaria seus sonhos e princípios para trás e  foi por  isso que ele se apaixonou por ela, mesmo já conhecendo seu destino final.

O que ambos não sabem é que são os piores criminosos, juntos roubaram corações e destruíram as paredes protetoras de seus próprios seres, cativaram e arrancaram o de melhor que poderiam ter de uma nação que os viam ás sombras sem que eles percebessem. Eles querem liberdade para serem eles mesmos, não sabendo que almejamos por isso.

Mas o mundo real é duro e cruel demais para aberturas tão reveladoras. Existem aqui os que amaldiçoam a eles, os que condenam sem saber a história.
Existe a sociedade da impiedade.

Mas todos os pensamentos foram deixados de lado para que eles pudessem se amar por uma última vez, para apreciarem um ao outro uma última vez, para ouvir os suspiros, ouvir a voz, para olhar nos olhos e mergulhar em suas imensidões, por uma última vez.

Quando ofegantes atingiram seu ápice depois de boas horas provando e redescobrindo o corpo um do outro o tempo não esperou. Às seis em ponto em frente a penitenciária os dois se abraçaram chorando por uma última vez.

Ela o algemou soluçando e ele beijou seus lábios terno.

— Leve isso com você, assim nunca se esquecerá do que vivemos, mesmo tendo sido um jogo perdido. — ela sussurrou colocando um anel prata com um pequeno desenho de lua e um sol cravejado em pequenas safiras em seu dedo anelar.

— Que você foda com a vida de muitos merdinhas por ai, senhora diretora. — ela sorriu triste e os portões foram abertos e os polícias saíram apontando a arma para ele.

— Dou minha palavra. — ela lhe lançou uma piscadela e ele foi pego por um agente que se aproximou.

To be continued???

Se vocês sofreram com a parte um então não queiram nem ver a parte dois.

 The Choice: Between Two Worlds | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora