II

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...

- Maria pia? - Vitor perguntou levantando da cama. - Meu amor, ei, você tá bem? Me assustei com seu choro, tá tudo bem com o bebê? - Colocou a mão na barriga de sete meses de Maria pia, preocupado.
- O mesmo pesadelo de sempre - Respirou fundo pegando a mão de Vitor e levando até seu rosto suado.
- Que eu vou embora com os dólares?
- Sim, só que dessa vez eu já estava grávida, seu cretino - Empurra Vitor.
- Doida - Vitor rir - Você tem tanto medo assim de me perder?
- Idiota, você é um idiota. - Tenta se levantar.
- Onde você vai?
- Estou com sede.
- Eu pego. - Dá um selinho na loira. - Você está mesmo chateada com um sonho?
- Me deixa Vitor, vai pegar minha água vai.
- É doida mesmo. - Vitor rir.
Enquanto Maria Pia pensava no sonho frequente, com as mãos na barriga, sua mente viajava em todos os acontecimentos daquele ano que ja findava. Sorriu de canto, Vitor estava a cinco meses livre, e com toda certeza tinha sido os melhores dias de sua vida.
Todos os amanheceres sendo acordada com um "eu te amo", todos os olhares em que ela se sentia a mulher mais linda do mundo, nunca, jamais imaginou ser amada daquela maneira, não sabia muitas vezes reagir, tinha tanto medo de perder todo aquele amor; com Vitor além de amada ela sentia proteção, em sua vida inteira ela se sentiu a mercê de qualquer pessoa, qualquer problema, qualquer amor, e com ele, ah com ele, se imaginava em uma redoma de vidro impermeável, eram só os dois, se amando, sendo felizes.
- Pensando em como se vingar de mim? - Vitor já estava na cama novamente, ela em meio aos seus pensamentos não percebeu. - Sua água.
- Eu te amo tanto.
- Eu sempre soube dessa sua bipolaridade, mas depois de grávida, piorou muito.
- Amo seu humor patético, amo esse seu jeito de me olhar, como se eu fosse a única mulher que existe. - Colocou o copo de água no criado mudo, do lado do celular.
- Pra mim você é. - Vitor levou sua mão até os cabelos loiros da mulher. - A minha mulher. - Maria Pia o olhava de forma encantada, passeando os dedos pelo peito desnudo de Vitor. - Maria Pia, você não tem noção do quanto eu sonhava, em viver isso tudo aqui, com você. Eu só aguentei ficar naquele lugar porque você estava aqui fora me es.... - A loira avança nos lábios de Vitor de forma brusca.
- Na primeira frase você já deveria estar tirando minha roupa.
Vitor sorriu, se ajeitou na cama, sentando e puxando sua mulher para si, estavam com as pernas entrelaçadas, se olhando como se os olhos tivessem milhares de coisas a se dizer, o moreno passeava os dedos pela coxa de Maria Pia, sentia o arrepiar de sua pele, ela com uma das mão acariciava a nuca do homem e com a outra decorava com o toque cada parte daquele rosto que amava.
- Você é linda... - Vitor sussurrou. - Desde que eu te vi, eu sabia...
As mãos de Vitor agora acarinhavam os cabelos de Maria Pia, ele cortou a distância restante beijando o pescoço da mulher que fechou os olhos sentindo seu corpo tremer.
- Sabia que seria minha. - Sussurrando ao chegar mais perto do ouvido de Maria, mordiscando e sentindo ela se contorcer contra seu corpo.
Maria Pia amava o sexo com Vitor, desde a primeira vez, tinham tido química, ia além da atração, era algo mais, como se os corpos deles se conhecessem a vida toda. A loira era insaciável, com todos aqueles hormônios todo seu desejo tinha dobrado, ele não reclamava, mas Vitor morria de medo depois do quinto mês de gestação da mulher, era o mais bobo dos pais, em todas as consultas perguntava se não machucaria o bebê, o médico afirmava que não, mas ele evitava penetração o máximo que podia, e nesse período encontrou maneiras de saciar a mulher que agora estava o olhando ofegante enquanto ele fazia um caminho de carícias ate seu sexo, o olhar dela de paixão o deixava louco. Umedeceu os lábios para começar a dança solo pelas partes da esposa, Maria pia agarrou os lençóis cor cinza da cama gemendo fraco, com a respiração acelerada, ele sabia como dar prazer, como sabia. Após segundos de uma invasão gustativa, trouxe seus dedos das coxas da mulher até a entrada de seu prazer, fazia movimentos com eles enquanto olhava a loira suada, gemendo para ele, era uma das mais belas cenas do mundo. Maria Pia gozou procurando pelos olhos do amado, que se deitou ao lado dela, se virou no aconchego de uma "conchinha", Vitor beijava os ombros da amada sentido o cheiro de seus cabelos quando sentiu as mãos quentes da mesma querendo retribuir todo aquele prazer. Maria de costas sentia a respiração ofegante do moreno enquanto ela se esforçava nos movimentos com as mãos, Vitor demonstrava sua excitação mordiscando o lóbulo da orelha de sua mulher, queria tanto olhar para ele, era como se não estivesse perto o suficiente, então depois de sentir que seu homem havia gozado, virou de frente para ele buscando seus lábios.
A barriga obrigava uma certa distância dos dois, Vitor acariciava os cabelos de Maria Pia que se aconchegou o mais próximo possível sentindo o cheiro daquele homem, o seu homem.
- Promete pra mim Vitor?
- O que você quiser .
- Promete que nunca vai me deixar? - Se aconchegou mais ainda, seguia achando que não estava perto o bastante.
- Maria Pia, você é minha vida, você e o nosso moleque que tá aí. Eu nunca poderia deixar vocês, eu sei que esse tempo todo que você ficou sozinha, com seus pais presos, sem que eu pudesse estar aqui, te fez mal, mas confia em mim, confia na gente, vamos seguir sendo felizes assim. - Buscou o rosto dela. - Eu te amo.
- Eu também te amo!
*
Maria Pia abriu os olhos com dificuldade, olhou pro lado e não viu o marido, apenas o bilhete de bom dia que ele deixava todos dias, sempre acordava muito cedo para atender os hóspedes. Sorriu, respirando fundo sentido o perfume daquele quarto, tinha cheiro de paixão. Levantou cheia de fome, estava a duas semanas sem trabalhar, queria estar 100% focada no bebê, já não era nenhuma menina. Se arrumou e antes de sair de sua suíte viu uma mensagem de Bebeth no celular.

"Aconteceu uma coisa, precisamos conversar!"

Ficou curiosa, e preocupada desceu até a recepção, antes de ligar para Bebeth pretendia comer alguma coisa. De cima das escadas avistou polícias junto a Vitor, sua mente paralisou, lembrou de tudo que passou na prisão do marido.

- Maria Pia? - Vitor a viu, a conhecia e sabia muito bem o que atormentava a mulher, foi até ela. - Está tudo bem?
- Está? tudo bem?
- Sim... Vai ficar.
- Como assim? Vitor o que foi que você fez? - Os olhos da mulher se encheram de água.
- Precisamos que o senhor assine o recebimento da intimação, senhor Vitor Aguiar. - Os oficiais seguiam esperando na parte de baixo.
- Intimação?
- Vamos descer, vem.
- Eu consigo sozinha Vitor! - Ela desceu até os oficiais. - Intimação de que?
- O senhor Vitor Aguiar é suspeito de um sequestro.
- Que?
- Parece que a Luiza sumiu, e a última pessoa a falar com ela, fui eu. - Vitor assinava o papel
- Você o que?

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⏰ Última atualização: Nov 09, 2022 ⏰

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