Spider Gwen - Guerra Civil

Capítulo 1

— Peter querido... Vem jantar...

May fala do enquanto da leves batidinhas na porta do quarto do sobrinho. Ele por sua vez, apenas apertou o cobertor com mais força e puxou cobrindo a cabeça.

— Olha... Eu vou deixar no forno, a hora que você quiser pode comer. Ok...?

May fala e quando não recebe uma resposta do mais novo suspira e se vira voltando para a cozinha. Peter concerteza foi o que mais foi afetado pela perda, afinal, além de ser sua namorada, Gwen era sua parceira e acima de tudo, amiga. A situação era ainda pior quando ele se culpava. O garoto se alimentava mal, não falava muito e só saia da cama de noite, quando ia as ruas procurar por sua amada. Reunia todas as informações que julgava serem úteis e tentava encontrar alguma lógica ou ligação nas poucas pistas que tinha conseguido.

Todos estavam a procura da garota, a equipe não fazia nenhuma missão que fosse demorar mais que um dia e olhe lá. Saiam por Nova York rondando a cidade inteira. A S.H.I.L.D também a procurava, não tanto já que tinha mais  problemas para lidar. Tony vasculhava a internet, câmeras de segurança tudo que achava que teria algum resultado e todos os dias checava os rastreadores na esperança de algum sinal.

Mas não é como se o mundo girasse em torno da garota, outros problemas grandes também tinham que ser solucionados e isso inclui o Tratado. Os Vingadores estavam a pouco de se separar devido as discussões internas causadas pelo Tratado.

Do outro lado do planeta, Wade Wilson, o "salvador da pátria" continuava agindo as escondidas. Ele não poderia voltar aos Estados Unidos com todo aquele caos que se instaurava no país. Falava com Gwen sempre que possível por chamadas de voz ou vídeo, o que fosse possível no momento. O mercenário era o único que Gwen podia contar o que fosse no momento, falava sempre sobre como sentia saudades dos amigos e principalmente do namorado. Wade sempre a enchia de piadas para conseguir ao menos um leve sorriso da garota.

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~Gwen~

Depois das crianças irem dormir, eu sempre ia em uma "reunião" com Colossus para tentarmos descobrir o que tinha acontecido, na realidade nós apenas ficávamos olhando a gravação de novo e de novo inúmeras vezes e pensando em alguma teoria. Normalidade não chegavamos em lugar algum.

Bufei levemente irritada jogando a cabeça pra trás na cadeira em que eu estava sentada e dei play novamente na gravação. Eu já tinha decorado aquela gravação, cada segundo. Escuto a porta sendo aberta e Colossus entra na sala com duas canecas enormes que eu sabia que estavam cheias de café. Ele deixa uma ao meu lado em um porta copos que ele insistia em usar e se senta logo a minha frente dando um gole no próprio café. Me sento direito na caveira, pego o café, bebo um pouco e faço menção de colocar de volta na mesa, Colossus fica me encarando sério até eu largar em cima do porta copos, então ele da um leve sorriso satisfeito.

— Alguma novidade? - Ele pergunta mesmo já sabendo a resposta.

— O que você acha? - Respondo sem animação nenhuma enquanto a gravação acaba e começa a passar de novo. Coloco em algumas teclas aleatórias do computador a minha frente distraída quando acabo colocando algum filtro na gravação e percebo que por um instante, quando eu ainda estava caindo a imagem do meu corpo tremeluziu. Olho para o teclado e percebo que tinha deixado a gravação em slow, aumento o máximo possível e pauso no exato momento em que a imagem pisca.

— Mas o que...? - Falo curiosa e dou zoom na imagem pausada me surpreendendo com o que vejo.

Não era eu. Quer dizer, era, mas não eu, eu. Por um mísero instante, quase imperceptível, quem estava caindo parecia ser uma outra eu. De cabelos longos, maquiagem e roupas definitivamente mais bonitas do que as que eu costumo usar.

— Colossus, olha isso... - Falo ainda surpresa erguendo a mão para virar o computador, porém, quando tiro os olhos da tela. Bem na minha frente, no meio da mesa, flutuando no ar, estava alguma coisa muito estranha. Parecia um espelho quebrado, mas em cada pedaço havia uma imagem tremeluzindo. Cada imagem parecia comigo, mas diferente de alguma forma. E bem no centro onde todas as imagens flutuantes encostavam havia um pequeno ponto de luz brilhante, uma bolinha reluzente.

Naquele momento, não sei o que se passou pela minha cabeça. Eu era como um inseto sendo atraído para a luz. Me levantei, subindo com um joelho em cima da mesa e ergui meu braço esticando meus dedos em busca de tocar naquela luz que parecia tão atratqiva aos meus olhos. Fui chegando cada vez mais perto até finalmente tocar na luz. Por um instante foi como se eu apenas tivesse encostado em água, então senti uma leve pontada no dedo, como uma agulha. No segundo seguinte, fui atingida por uma explosão que me jogou contra a parede, fiquei um pouco tonta e quando tentei me mover, senti inúmeras dores lascinantes pelo meu corpo, vindo de dentro e tentando sair. Sair de dentro de mim.