Capitulo 1

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Como eu posso definir aqueles dias em que parece que tudo vai dar errado? Isso já aconteceu ou vai acontecer com todos.
Por exemplo, esse dia aconteceu quando eu tinha 13 anos, foi o dia no qual minha mãe faleceu em um acidente de carro. Ela era uma mulher "boa, educada, simpática, fofa" e muitos mais comentários, tudo dito de acordo com meu avô.
Além disso, antes dela falecer, ela me fez o pedido por uma carta pedindo para que eu continuasse com sua padaria, em Paris, "para que eu possa desfrutar tudo de que ela desfrutou com a minha idade". E também me deu um diário, e pediu para que eu o lesse na varanda do apartamento que ela comprou para mim.
Faziam dois meses desde a morte de minha mãe, nesses passados meses, eu fiz 14 anos, mais ou menos a idade em que ela se mudou para Paris por 5 meses. Eu estava esperando naqueles banquinhos que tinha no aeroporto, eles eram tão duros. Por sorte me deu fome, avistei uma barraquinha de tortas e não hesitei a ir até lá.
A barraquinha era simples, mas as tortas que via no expositor pareciam estar tão suculentas! Quando cheguei lá me deparei com um menino, mais ou menos com minha idade. Ele sorria enquanto colocava seus cabelos loiros com uma mecha azul para trás. Me aproximando dele percebi que ele tinha um aparelho fixo azul:

—Bom dia senhorita! O que deseja?— ele me entregou o cardápio

—Bom dia, deixe-me ver...— Por uns 10 segundos me encontrei em um total silencio

— A torta de frango é muito boa, quase todos os dias esgota, por sua sorte tem esses aqui—Ele colocou a luva e pegou 1 pedaço e meio da tal torta

—Pode ser então, dez reais?

—Não, para você é por 8 reais— o garoto cujo nome eu descobri que era Luka sorriu e me entregou as tortas

—Muito obrigada moço!

—Nem precisa agradecer! Caso venha novamente me chame, meu nome é Luka. Boa viagem moça!—Ele acenava para mim de longe com um grande sorriso no rosto, que eu possa o encontrar novamente.

Realmente, aquela torta estava muito boa, foi uma ótima escolha ter ouvido Luka. Fui até um banquinho e comecei a comer aquela belíssima torta, valeu muito a pena aquele dinheiro que gastei nessa comida.
     Terminei de comer, joguei o pratinho fora em um lixo reciclável que estava perto de mim, peguei minhas malas e embarquei no avião, aquela foi a melhor viagem em que fiz, com certeza, a viagem perfeita...

     Pensando bem, o lugar em que eu desembarcaria seria melhor ainda do que a viagem de avião. Após uns minutos da embarcação, uma aeromoça começou á distribuir um fone de ouvido para todos, no qual se conectava a pequena televisão que havia em todos os bancos, eu aproveitei muito aquela viagem de sete horas até Paris, a tal dita "a cidade do amor".

    Acabei dando uma sonequinha, mais ou menos umas 2 horas, mas consegui aproveitar bem o avião, que até parecia ser de luxo.

     Chegando em Paris, me deparei com um taxista. Eu ainda não sabia tanto de francês, logo nesse momento o taxista me perguntou:

–Où tu veux aller?– Primeiramente fiz uma cara de duvida, novamente, o taxista me perguntou, com um tom de voz mais calmo:

–Désolé je ne connais que les bases du français. – Respondi em um tom firme de voz, mas não sendo grosseira– je suis Américain.

–Americana? Eu sou americano também! Bem, aonde deseja ir?

–Á este apartamento, por favor. – Mostrei-o o papel do apartamento, ele me olhou e disse:

–Vamos lá! Cinco minutinhos já chegamos.

Realmente, foram cinco minutos, exatamente. Chegando naquele apartamento me despedi do taxista e entrei, tudo parecia ser tão antigo, mas tão bem conservado.

Paris, um conto de amorWhere stories live. Discover now