Paris, um conto de amor

Capítulo 2

        Logo após eu ter arrumado todas as minhas coisas, me lembrei de que havia pegado o diário de minha mãe para Paris, junto comigo. Assim como foi prometido á ela.

Sentei-me á varanda daquele prédio e iniciei a leitura:

"18 de setembro de 1997. Desculpe-me por gastar todo o seu dinheiro em cadernos, a Millie sempre rasga 10 folhas de cada caderno, assim eu nem consigo escrever direito. Mas bem, tudo vai ficar como lembrança para minha filha, meu sonho era ter um menino e uma menina, Noah e Amber" Pelo menos ela acertou que teria uma menina, mas isso me deixou com uma duvida: será que eu tenho mesmo um irmão que eu não conheço?'

Deixei isso de lado, talvez aquilo fosse apenas um pensamento, algo que todo mundo tem. Deixei o diário em cima da cômoda e fui até a padaria, seguindo o endereço escrito em um papel.

Era bem perto, logo fui á pé, mais ou menos três quarteirões, chegando lá, a padaria estava em um perfeito estado. Ela funcionava mesmo sem a chefe, incrível.

De primeira vista, percebi uma moça ruiva e com o cabelo preso em coque, com um crachá vermelho escrito: Diana:

–Boa tarde senhorita – ela se auto interrompeu– Amber Leblanc?

–A própria, sou eu mesma! Amber Leblanc

–Seja bem vinda, chefe!– Ela me guiou até a cozinha, bem organizada até.

Tinha paredes cinza claro e apenas uma á direita rosa, a parede rosa era cheia de prateleiras com farinha, fermento, chocolate e mais alguns ingredientes que não pude identificar.

Ao lado dessas prateleiras havia mais coisas, como geladeiras, acho que umas duas no máximo, na parede contraria eu podia ver uma parede cheia de fogões, quase todos cheios.

A moça me direcionou á um escritório no segundo andar, era ainda com o mesmo estilo fofo do primeiro andar, em cima havia alguns assentos, se no caso o primeiro andar ficasse lotado.

No meu primeiro dia, até que foi mais movimentado do que o esperado, não fiquei tanto tempo no escritório. Fiquei a maioria do meu tempo no balcão, ajudando lá.

Como cheguei à padaria por volta das 16:00 horas, não consegui aproveitar muito o tempo, logo, fui para casa.

Chegando lá, deitei-me á cama logo quando cheguei, estava totalmente cansada. Nem tive tanta coragem de ler o diário, estava muito cansada. Tive que dormir.

Depois de um tempo eu acordei e tomei a coragem de ler o diário:

"Querido diário, hoje encontrei Mark, um menino da escola municipal, na verdade ele não é tão popular, mas se ele é um gatinho, ah se ele é! Voltando, é um cara legal, bem nerd sabe... do jeitinho que eu gosto... É, acho que estou apaixonada..."Que fofo! Ela estava apaixonada, será que em algum momento eu já estive totalmente apaixonada por alguém?

Acho que meu primeiro amor foi por Bradon no ginasial, ele era o típico de crush de romance americano. Alto, loiro e popular, eu sei que ele nunca tinha ligado para mim e sim para minha "amiga", ela sempre queria os crushes que tinha.

Desde quando percebi isso, parei de me apaixonar pelos meninos da escola, meu ultimo crush foi Jaden, parecia com o garoto descrito no caderno de minha mãe.

Novamente, coloquei o diário em cima de minha cômoda, mas resolvi passear um pouco pela cidade, tudo parecia ser magnífico.

Primeiramente resolvi ir ao Arco do Triunfo, que pelo o que me lembro das aulas de história, ele foi construído em 1806, por ordem de Napoleão Bonaparte, e inaugurado em 1836.

Chegando lá, tive a sorte de ter chegado mais cedo, por isso não havia muitas pessoas lá. Só tinha avistado um garoto com os cabelos loiros e uma pequena mecha azul ao lado.

Resolvi me aproximar dele e ele tinha os olhos azuis, assim como o mar, ele era lindo demais, nem eu tinha resistido.

Ele se parecia muito com o menino que encontrei na barraquinha de tortas do aeroporto, em uma correntinha que ele carregava em seu pulso estava escrito "Luka".

Com certeza era ele:

–Luka?

–Quem?

–Sou Amber Leblanc, uma menina que foi até a sua...– Ele me interromper

–Sei, me lembrei! Eu já estava sentindo sua falta!–Ele me abraçou e eu não pude recusar o abraço.