A chuva caia forte pelas ruas, a ponto de levar uma árvore pelos ares. Porém, Chae Seung-Woo, um homem de trinta e oito anos, mantinha-se firme em seu estabelecimento.
Dono de uma cafeteria local bem conhecida por ser muito frequentada, principalmente por estudantes universitários, Seung-Woo trabalhava de cedo até de noite. Não era de grande necessidade que ele ficasse ali o dia inteiro, porém, ele gostava de trabalhar junto de seus funcionários.—Talvez o senhor devesse fechar! Olha essa chuva, duvido que ainda tenha algum doido pelas ruas que vá querer vir aqui tomar café—Do So-Yi, uma jovem que trabalhava como garçonete do estabelecimento disse.
Quase que como refutação do destino, poucos segundos depois de tais palavras saírem pelos belos lábios rosados da jovem, a porta do estabelecimento fora aberta com um pouco de brutalidade, fazendo com que o sino da entrada balançasse com força.
Um jovem não muito alto passou pela porta adentrando no estabelecimento.—É.. Desculpa, tem problema se eu entrar aqui molhado? A chuva tá bem forte lá fora hahaha—O garoto que estava encharcado dos pés a cabeça disse rindo nervoso.
—Sem problema algum.. Sinta-se à vontade. So-Yi, traga uma toalha para o nosso cliente se secar um pouco—Seung-Woo disse sério como sempre.
—Sim senhor! É para já!A garota então desapareceu da vista dos dois homens ali parados.
—Ha-Jun—O jovem encharcado disse.
—O que?
—Meu nome, é Go Ha-Jun! Qual o seu nome?
—Chae Seung-Woo.Seung-Woo normalmente não era do tipo de estender um assunto com um desconhecido. Até mesmo com conhecidos era difícil que ele mantivesse uma conversa que fosse além do “sim”, “não” ou “está bem”.
—Oh, Chae Seung-Woo, nome bonito! Quantos anos o senhor tem?
—E por que quer saber?
—Nada, só puxando assunto. Chae Seung-Woo, eu tenho vinte e um anos… Bem, eu vou fazer vinte e um semana que vem. Mas dá no mesmo. Quantos anos você tem Chae Seung-Woo?
—Você não vai parar de perguntar até eu dizer não é?
—É.
O homem soltou um grande suspiro e riu anasalado da grande sinceridade do jovem à sua frente. O que era surpreendente para qualquer um que conhecesse Seung-Woo, quase ninguém se quer o vira sorrir.—Trinta e oito.
—Ooh! Então é um ahjussi. Seung-Woo ahjussi!Conversaram por um curto tempo agradável, Seung-Woo havia sentido uma estranha sensação familiar ao conversar com aquele jovem, porém, resolvera não dar atenção a isso. Logo Do So-Yi estava de volta, com o exagero de três toalhas em mãos.
—Eu não sabia qual trazer, então trouxe três—A garota disse com uma expressão levemente nervosa.
—Mas as três não são iguais?—Disse Ha-Jun.
—O que? Claro que não. Uma é cem por cento algodão, outra é...—E assim uma palestra sobre tecidos e suas diferenças se iniciara.Após dez minutos, que para Ha-Jun se pareceu uma eternidade, a garota finalmente parou de falar sobre as toalhas em suas mãos.
—E então, qual vai querer?—So-Yi disse.
—Ah.. Pode ser a primeira opção. A de algodão pra caramba.A loira suspirou e entregou a toalha nas mãos do jovem, que sem muita demora, secou o resquício de água que havia em seu corpo, já que a grande maioria da umidez havia desaparecido ao decorrer das longas conversas que Ha-Jun tivera esperando a tal toalha.
—Vai querer beber algo, senhor?—A garota proferiu ao pegar de volta a toalha, agora levemente molhada.
—Ah, eu não estava pensando em beber algo… Mas, já que estou no estabelecimento, o mínimo que devo fazer é pedir algo não é?—Riu soprado levemente sem graça—Tem alguma sugestão? Eu não sou muito de beber café—O que era realmente verdade, já que a única experiência que Ha-Jun possuía com café, era o café forte que sua mãe preparava todas as manhãs, o qual ele não gostava nem um pouco.
—Bom, o que eu mais gosto é o Mocha, ele é realmente muito bom!—Os olhos tom hematita da garota quase brilhavam ao falar sobre este assunto—Ah, e essa bebida é a especialidade do senhor Chae! Ele faz um Mocha muito, muito, muito bom mesmo!
—Oh, então eu vou querer isso mesmo, do jeito que você fala parece realmente muito bom.
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Old for Love
RomanceChae Seung-Woo acreditava ser velho demais para amar novamente depois que Min-Ji, sua esposa, falecera. Até que em um fatídico dia, um estranho jovem chegou encharcado em sua cafeteria.