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Bônus

— E em seguida, você puxa pelos lados e... Ta-da! Combinou com você. — Jimin dava uns ajustes finais na gravata borboleta de Namjoon, que estava se preparando para um encontro.

Sim, um encontro que ele marcou sem nem ao menos consultar com o Park. Não que fosse a obrigação de Jimin saber de absolutamente tudo e marcar na sua agenda como se Namjoon estivesse sobre sua tutela, porque ele não estava, era um homem que apenas pedia ajuda à um secretário em questões de trabalho e outros pedidos que estivessem ao alcance de Jimin.

Mas era estranho, apesar de tudo. Namjoon sempre te contava todos os seus compromissos... E desta vez, ele simplesmente não o comunicou nada.

— Sabe o que irá pedir quando chegar? — Namjoon fechava o cinto, ouvindo a pergunta do mais novo.

— Não sei, você sugere algo? — ele perguntou pois realmente queria saber o que Jimin gostava de comer, queria ter ideias para si mesmo.

— Hm... De acordo com o restaurante que você vai, existem vários pratos que eu gosto bastante por lá. — Jimin avaliava os pratos que ele mais gostava enquanto mexia no seu iPad, dado por Namjoon para que ele pudesse gerenciar melhor seu trabalho.

— Isso é bom, é bom ter sua recomendação. — o carro avançava da garagem e ia em direção ao centro da cidade, repleto de restaurantes caros e chiques.

Jimin também não fazia ideia do que Namjoon iria fazer neste restaurante, o que indicava naquele atual momento era que ele se encontraria com alguma mulher, afinal, aquele restaurante era conhecido por abrigar popularmente casais que queriam se conhecer, era raro que pessoas entrassem ali para conversar sobre negócios, até porque o ambiente era completamente diferente de algo daquele jeito.

E isso certamente machucou seu coração. Nunca se importou realmente com aquilo pois achou a sua vida inteira trabalhando ao lado do Kim, que ele nunca namoraria ninguém por sua postura e comportamento usual de sempre, mas estava completamente enganado e sabia que a culpa era sua por acreditar em algo que era uma possibilidade, não algo que seria eterno. Namjoon era gente como ele, certamente ele pode se apaixonar por alguém.

Mas algo dizia que Namjoon pertencia á ele e agora ele teria que lidar por dias, meses ou anos com a dor de não poder tê-lo.

O caminho se prosseguiu em silêncio, Jimin pesquisava em seu iPad restaurantes e bares em que ele poderia ficar enquanto Namjoon ficasse no que havia escolhido. De cabeça baixa, apenas deixava os olhos se encherem de lágrimas, para apenas em uma hora limpá-los e dar a desculpa de que um cisco caiu em seus olhos e os irritaram.

— Está tudo bem?

Pela primeira vez Namjoon fez uma pergunta informal em todos os seus anos de trabalho. Aquilo o assustou, mas de certa forma o deixou tanto feliz quanto triste. Seu coração estava se dilacerando a medida em que ficava ao lado do Kim sabendo de tudo o que poderia acontecer naquela noite. E ainda mais com aquela pergunta, ele se sentia tão pior, pelos sentimentos se intensificarem cada vez mais.

— Está sim. Venha hyung, irei te guiar lá dentro, após isso eu te deixarei a sós. — respondeu Jimin, adentrando ao local sem nem olhar nos olhos do mais velho.

Namjoon estava confuso com o que Jimin havia falado, deu dois passos e puxou levemente sua mão para frente de seu corpo e ficaram um de frente ao outro, próximos demais. Jimin estava de cabeça baixa, provavelmente seu rosto denunciava que havia chorado e ele não sabia porque Namjoon havia o puxado para frente de si.

— Achei que, se estivesse nós dois dentro do carro, você saberia que era com você quem eu quero jantar hoje. — respondeu simples, com a voz calma e tranquila de sempre.