Capítulo 02 - Já que é pra tombar...

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Novo dia, novos ares, novos fracassos.

Leon inicia hoje seu emprego integral como segurança da mansão.

- Luan, você chegou! - o velho sorriu amistoso para ele.

- Leon*, senhor.

- Bem, Luan... A minha governanta irá te mostrar tudo a partir de agora. Seu contato comigo será mínimo. - o velho passou por ele junto ao seu segurança particular e seguiu para seu carro luxuoso, mas parou por um momento, se lembrando de algo. - Ah, sim! A Ritinha não fala igual gente normal, ela tem sotaque nordestino tadinha.

Leon olhou para a mulher. Ritinha, aparência de alguém que tá na casa dos 40 com cara de 30. Cara debochada para o carro que agora partia. Até que partiu por completo e ela mostrou o dedo do meio.

- Véiote desgraçado... "Igual gente normal" ele acha que eu sou o quê? Hmpf!

Ritinha ia entrando furiosa para a mansão, mas voltou ao perceber que esqueceu do novo funcionário.

- Esqueci de docê... Eai? Me falaram q tu tem as vista arejada. - A moça examinou o novo funcionário de cima a baixo - Então, vumbora que eu tenho mais o que fazer.

Ela o guiou até os quartos de funcionários e explicou algumas regras da casa enquanto Leon guardava suas coisas nos guarda-roupas.

- Pronto, deixa seu ver se faltou alguma coisa... AH, É!! - Ela checou os corredores pra ver se não tinha ninguém e continuou em seguida - Não chama a atenção do pirralho mais novo do veiote não, aquele guri é um demônio. Deve ser por isso que vivem sequestrando ele.

Dados os avisos, ela saiu. Leon fez uma nota mental de não interagir muito com essa pessoa dal qual Ritinha falou.

Seu trabalho era basicamente ficar pacientemente vigiando a mansão, impedir de entrar invasores, coisa que não aconteceu nessa primeira manhã de trabalho.

Estava dando a hora do almoço, Leon parou as patrulhas nos jardins e estava indo de volta para a mansão.

Até que sua visão falhou com ele novamente, quando ele deu de cara com uma pessoa. Na verdade, as testas se estapearam uma na outra e os dois caíram pra trás, na grama enlameada.

- Aí, buceta! - A outra pessoa berrou com a mão na testa vermelha.

- Foi mal. - Leon ainda nem conseguiu raciocinar o evento. Ele já não enxergava bem, e depois dessa testada não vai mesmo.

O sujeito se levantou antes dele e estendeu uma mão para ajudar Leon a levantar.

O que não aconteceu, já que Leon não enxergou a mão durante as suas várias tentativas de agarra-la.

- Mano, tu é cego?

O sujeito começou a rir infantilmente enquanto Leon tentava achar a mão.

Leon não falou nada, ele já não é de conversar muito, ainda mais com seu crânio afetado pelo impacto com outro crânio.

Parando de rir e percebendo que Leon não ia conseguir segurar sua mão sozinho, o outro rapaz o ajudou a se levantar.

- Você sofreu mais o impacto do que eu. Pra quê tanto corpo se não aguenta uma cabeçadinha de nada?

- Meu crânio quase lascou. - Murmurou Leon sobre a palavra "cabeçadinha", até que finalmente começou a ter sua visão ruim, mas funcional de volta.

Na sua frente estava um rapaz ruivo e agora com lama em sua roupa em cores pastel. Suas sardas e pintas se misturaram com a lama e Leon não conseguia diferenciar o que era sarda e o que era lama.

- Você... - o rapaz Olhou de repente para Leon e o encarou nós olhos.

- Eu?? - Leon olhou de volta sem entender o olhar.

- Você... - o ruivo parou novamente, pôs a mão no ombro de Leon, e então continuou sua sentença: - Você... Tá pisando no meu pé, caralho!

- Ah tá...

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⏰ Última atualização: Dec 04, 2021 ⏰

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O Guarda-costas [BL] Short StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora