Pink Leaves and Love Tears

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Era um dia ensolarado de um início de primavera, a brisa brincava com as folhas rosas das cerejeiras daquele bosque e o barulho só não era inexistente pois os galhos balançando nas copas delas produziam uma melodia digna de filmes de Hollywood com paisagens paradisíacas.

Estava exatamente igual ao dia em que se conheceram.

O dia em que Chan, que se julgava o mais banal dos homens, conheceu Sana, aquela que se tornou a mais preciosa das mulheres. O dia que um pintor autônomo falido encontrou a herdeira da maior multinacional Japonesa. O dia em que ambos recuperaram a vontade de viver.

Foi debaixo da cerejeira, mas não qualquer cerejeira, daquela que ficava perto de um riacho e parecia ter um cor-de-rosa mais vivo que as demais. Foi indo lá em busca de inspiração que Bang Christopher Chan achou uma obra de arte.

Ela chorava enquanto lia um romance de John Green e quando seus olhos cruzaram-se com o do pintor foi como se as asas das borboletas da barriga dele tivessem virado pincéis que faziam cócegas em seu estômago e provocavam arrepios em toda extensão de seu corpo.

Ela era linda, as folhas rosas caindo ao seu redor deixavam-na com o aspecto de uma musa saída daqueles contos que Chan adorava ler, aqueles em que humanos se tornavam heróis e os sentimentos de amor regiam os corações.

Ela estava chorando, isso era um fato, mas seu rosto iluminou-se quando um sorriso sincero cumprimentou-lhe.

– Por que a bela dama chora?

– Eu queria viver um amor igual aos romances que leio.

E foi a partir daquele dia que eles passaram a colorir o mundo um do outro. Todos os dias eles se encontravam debaixo daquela exata cerejeira. Passaram a compartilhar sobre suas vidas, foi quando Chan descobriu que a vida de Sana era controlada pelos pais que a forçavam a estudar absurdamente para herdar os negócios da família, e foi quando Chan contou que sempre seguiu seus sonhos, mas ultimamente isso estava custando-lhe caro.

O tempo passou, a proximidade aumentou e aquela cerejeira presenciou todos os passos dessa proximidade. Presenciou o dia em que eles rolaram de rir, o dia em que eles brincaram de esconde-esconde, o dia em que Sana dormiu no ombro do pintor, o dia em que se beijaram, o dia em que Chan ajoelhou-se para pedi-la em namoro, o dia em que gravaram suas iniciais no tronco e o dia que Sana convidou Chan para ir conhecer seus pais.

Dias passaram, meses, as estações mudaram e eles não voltaram àquele lugar.

Apenas quando as folhas caíram e no lugar delas a neve tomou conta que, debaixo de casacos acolchoados e cachecóis, o casal retornou ao seu típico ponto de encontro mas diferente do romance, havia ansiedade e desespero brilhando em ambas as iries.

Ficaram frente a frente com suas respirações expostas pelo frio batendo contra o rosto alheio.

– Você vai, não vai?

– Eu não tenho escolha, você sabe!

– Mas a gente jurou Sana! - sua voz elevou-se – A gente jurou que ia lutar por nós dois, eu enfrentei seus pais, eles repudiaram nosso namoro, mas eu segurei na sua mão, eu fiz tudo por você, você não pode ir embora para os Estados Unidos assim!

– Meus pais acham que com o crescimento da empresa eu deveria ter a melhor educação possível, e acham que a Universidade de Harvard é a melhor escolha e uma formação lá abriria os olhos de muitos investidores e filiais em relação a mim.

– Você sabe que eles estão fazendo isso só para nos separar.

– Sim eu sei.

– Então por que você vai?! - novamente a indignação de Chan o fez falar mais alto com a pessoa que mais amava – Por favor, me responda, você realmente me ama?

►♯UNDER THE CHERRY TREE◄⌡ Bang Chan X SanaOnde histórias criam vida. Descubra agora