O andar nival
pelas escarpas abruptas,
onde a floresta petrificada
deixa entrar um raio de sol,
bainha folha de ramo
num ocre resplandecente.Respira a sequoia,
um braço cachimbo
emite sinais acima da sua copa.O vibrar das suas tranças
estica a corda
que faz suspirar
a caixa de ressonância.Nas espetadas de bisonte
com nacos de lagarta,
ardem flechas estridentes.A harmonica escorrega cadente,
sopra ainda quente
numa hecatombe de tequila
trespassando o pôr do sol
num galope selvagem.
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Ocre
PoetryDo nosso jardim ficaram as raízes e a eternidade foi condensada numa palavra minimalista, mas espera um pouco para poder sorrir, digo eu neste eufemismo, como se um dia de sol deste Inverno agreste se pudesse chamar Verão. Capa feita por: GiovanniT...