Sobre sensações que nos deixam sem fôlego.

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SOBRE O CAPÍTULO: com 9k de palavras eu queria deixar explícito o amorzinho das meninas, esses anos juntas e tudo que construíram no relacionamento "secreto", mas o que eu consegui expressar no final: 😳🤨 KAKWKWKW oDIO, sério. Mas já fiz e refiz tantas vezes e já estava ficando brava com a demora. Por isso vamos assim mesmo. 🤡

[♡]

SANA ACORDOU MAIS cedo do que o esperado na folga que havia ansiado por tanto tempo. 

Tentou voltar a dormir, fechou os olhos e ficou bons minutos daquele jeito sob as cobertas e abraçada aos travesseiros, mas um aperto constante no peito a fez se manter desperta e gemendo de desconforto.

Ela afastou a gola apertada da camiseta, arrastando a palma da mão ao tórax, sentindo um incômodo irritante que estava lhe perseguindo a semana toda desde que o tempo ensolarado havia mudado drasticamente. Era irritantemente odioso e tentava acreditar que não iria agravar. 

Antes que viesse a se preocupar com isso, se recordou: Mina estava com ela.

Sana quase teve um treco e neste instante perdeu de vez o resquício de sono; Mina estava com ela!

Rolou o corpo com ansiedade no colchão, querendo ver se a namorada também havia acordado – conseguiu conferir no relógio sobre a mesa de cabeceira, que ainda nem tinha passado das nove. 

Mas então ficou indignada ao ver Ray ocupando o seu lugar.

Demorou um bocado para compreender completamente a cena da companheira abraçada com o corpinho peludo do Golden Retriever, para enfim rir da cena, porque Ray já estava acordado e era quase expressivo enxergar a soberania dele em estar ali.

Mina ainda estava dormindo e o fato dela possivelmente ter pensado que havia abraçado-a no meio da noite, quase fez a loira acordá-la com uma risadinha. 

— Ei, garotão, você pegou o meu lugar — Sana murmurou baixinho para não acordar Mina, fazendo com que o cachorro inclinasse a cabeça ao escutá-la rouca e dramática. — Eu também quero abraçar a mamãe que mora longe...!

Mas Ray sequer moveu um músculo, ainda encarando a Minatozaki com superioridade, que, dispersa totalmente do sono, ergueu a cabeça à procura do seu celular para gravar o momento com uma foto, encontrando na mesinha de cabeceira o de Mina. 

Ela abriu o aplicativo da câmera, centralizando os dois na tela e apertando o botão algumas vezes para ter certeza de que pelo menos uma não saísse tremida. Quando olhou as fotos e se viu nelas (embora estivesse com o cabelo loiro bagunçado e o rosto visivelmente inchado), foi quase que imediato a vontade de postá-las. 

Mina não era a maior fã de redes sociais, o que era total oposto de Sana, que normalmente – para tentar esquecer um pouco do desespero da vida corrida – passava seu tempo rolando a tela do celular no instagram, tanto que a Myoui reconhecia isso e tinha baixado o aplicativo no próprio celular, apenas para ter certeza de que ela teria onde descarregar o estresse (e Sana sempre sentia as bochechas quentes ao se lembrar, porque, puxa, sua  namorada era tão atenciosa!).

Por isso, assim que decidiu postar as fotos, apenas procurou o aplicativo, sabendo que sua conta já estava vinculada no sistema e isto a faz sorrir mais enquanto via o carregamento completo acompanhada de uma frase melosa e sincera em comemoração aos quatro anos juntas (ignora que o aniversário de namoro será apenas no dia seguinte, porque não passarão juntas).

Então observa com atenção cada detalhe daquela cena, querendo gravar na sua cabeça; era absurdamente aconchegante ter Mina com ela, como a fazia se sentir realizada e confortável quando dividiam mais do que encontros ligeiros em alguma hora do dia, de tê-la perto. Tê-la

Candy Girl (misana)Onde histórias criam vida. Descubra agora