Montaria Exige Pulso Firme

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Notais iniciais:

Oi oi! Segundo cap e confesso que to gostando de reler os primeiros caps dessa fic pra postar aqui kkkkk

Boa leitura!

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Taehyung não se lembrava da última vez que sentira-se tão relaxado e dolorido, tudo ao mesmo tempo. Seus músculos imploravam por descanso, e ele conseguiria cair no sono novamente com um mísero piscar de olhos. Encarava o próprio reflexo no espelho em completo estado de inércia. Deus, estava horrível. Os olhos pesavam e a cabeça latejava. Suas lembranças eram embaçadas e misturavam-se cada vez mais à medida que avançava no número de copos vazios levados pelo garçom.

Se forçou a terminar de pentear o cabelo. Este estava tão desordenado quanto os fios desbotados. Jogou um punhado de água no rosto e fez o mesmo com o cabelo. Acordaria de qualquer jeito. Detestava se sentir tão petrificado.

Penteou-se e tornou a encarar o espelho. Parecia um pouco melhor. Não completamente, mas era o bastante. O suficiente para que pudesse dizer à mãe que virara a noite mexendo no celular.

Andou até o quarto para guardar seus pertences. Jimin digitava no celular, concentrado demais para se dar conta de sua presença. O loiro tinha um biquinho nos lábios, o mesmo que sempre fazia quando dedicava sua total atenção a algo. 

Deixou o cômodo e foi à cozinha. Encontrou Jeongguk xeretando na geladeira. Ele assoviava alguma melodia familiar. Podia jurar que conhecia a música; a letra estava na ponta de sua língua, embora não se recordasse do nome.

— Bom dia flor do dia – desejou com um bocejo, se apoiando na mesa.

Jeongguk o olhou por cima do ombro e tornou a se voltar para a geladeira.

— Bom dia, TaeTae – replicou enquanto apanhava uma jarra de suco e a colocava na mesa.

Taehyung torceu os lábios num sorrisinho grogue. Ouvi-lo usando o apelido consigo soava estranho, mas não de todo ruim. Só um pouco sorrateiro, igual ao sorriso afiado do Jeon.

Jeongguk fechou a geladeira e buscou dois copos no escorredor de louças. Encheu-os e entregou um ao Kim.

— Quer um café? – ofereceu, e Taehyung negou bebendo o suco. – Acho que você deveria. Parece que vai cair cada vez que arrasta as pantufas – se escorou à beirada da pia.

— Curou sua ressaca como? Café? – ele o questionou arqueando as sobrancelhas enquanto mordia a beirada do copo.

Jeongguk riu nasalado.

— Eu não bebi tanto. Você tomou um porre de vinho branco – relatou.

Taehyung assentiu, fixando seu olhar em um móvel aleatório da cozinha por alguns segundos.

— O que os olhos não veem o coração não sente – soltou indiferente. – A regra pra beber é: se eu não lembro, então nunca existiu – disse sorrindo diminuto. O quanto sua dor de cabeça o permitia sorrir. – Ah, tem um remédio? Minha cabeça vai explodir.

Jeongguk pigarreou e largou o copo na pia. Abriu um dos armários e pegou um comprimido. Entregou-o sem erguer os olhos.

— É, nunca existiu – o Jeon murmurou com uma risada nasalada, mas os lábios não chegaram a formar um sorriso.

O Kim pegou o comprimido e ergueu o copo como se brindasse.

— Isso – fez uma pausa para engolir o remédio. – Tem alguma coisa pra comer?

Jeongguk apontou para o pote de biscoitos sobre uma das bancadas e saiu da cozinha.

Taehyung o fitou com estranheza. Bufou. Que ótimo anfitrião. Mas pegou um biscoito.

O Caminho Mais LongoOnde histórias criam vida. Descubra agora